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AWAKEN – Astral Blade | Review

Awaken – Astral Blade é um metroidvania de ação, com uma pegada futurista bem sci-fi, desenvolvido pela Dark Pigeon Games e publicado pela ESDigital Games. Nele, somos colocados no controle de uma garota robótica chamada Tania, enviada para uma floresta em busca de uma equipe de campo que parou de responder. Contudo, o que deveria ser uma missão bem rápida acaba se tornando algo bem mais complicado.

E aí, ficaram curiosos? Venham comigo e vamos ver como ficou essa belezinha, em mais uma análise adorável do Pizza Fria!

Pane no sistema, alguém me desconfigurou

Estou sentindo aquela vibração no ar, leitores e leitoras deste que pode ser considerado o site mais super cool das interwebs. Aquela velha dor nas juntas, que precede três eventos canônicos em minha vida. O primeiro, que o tempo da friagem começa a se aproximar destas terras. Segundo, que provavelmente fui abduzido novamente. E terceiro, mais importante para nosso papo de hoje, que um novo metroidvania está dando as caras na praça.

Que momento para se estar vivo, não é mesmo? Como é de praxe, devo dizer que sou tomado de uma alegria descomunal sempre que cai um jogo desse estilo tão maravilhoso em minha lista de jogos do momento. E, desta vez, o grande escolhido foi AWAKEN – Astral Blade, um título que chega prometendo unir uma narrativa intrigante com visuais bonitos e uma jogabilidade refinada.

A mais bela trindade, não é mesmo? De fato, um metroidvania construído em bases sólidas quase sempre acaba se tornando uma pedida obrigatória ou, no mínimo, um jogo que merece algumas das horas finitas de nossas vidinhas passageiras. Mas, será que esse é o caso de nosso queridão do dia? É o que vamos descobrir juntos agorinha mesmo, acreditem se quiserem.

AWAKEN – Astral Blade
Corre, tem review nova no pedaço! (Imagem: Divulgação)

História

AWAKEN – Astral Blade nos coloca para acompanhar as aventuras e desventuras de Tania, uma garota biônica que é enviada por seu “pai”, ou criador, para buscar pessoas perdidas em uma floresta. O tal lugar é repletos de ruínas de uma civilização perdida, e nossa amiga terá que lidar com muito mais do que a fauna e flora corrompida pela magia que domina a região.

Contudo, descobrir a origem dessa civilização perdida e lidar com os perigos da energia corruptora, chamada de Karpas, é apenas uma das metades do problema. O outro ponto crucial da experiência lida com a forma que Tania enxerga o mundo a sua volta e a si mesma. Será que ela foi criada apenas para seguir, cegamente, os desejos e ordens de seu criador? Ou ela é dotada de razão e vontade própria?

Essa temática, e todos os questionamentos vindos dela, é um dos pontos altos da narrativa de AWAKEN – Astral Blade. Ainda que todo esse lance de seres sintéticos e humanidade seja mais antigo que andar para frente, a forma que o título aborda a questão é bem interessante e nos engaja com facilidade. A existência de múltiplos finais também serve para dar aquele valor extra para o pacote.

AWAKEN – Astral Blade
Não recebo o suficiente para isso. (Imagem: Divulgação)

Jogabilidade

AWAKEN – Astral Blade, em sua essência, é um metroidvania raiz. Portanto, esperem passear por mapas em 2D cheios de lugares inacessíveis, que se abrem conforme ganhamos novas habilidades e equipamentos. Além disso, enfrentamos uma série de malvadões com uma seleção de armas e habilidades que podem ser aprimoradas através de itens de criação e um recurso chamado Éter.

O jogo também incorpora algumas ideias soulslike através de seu sistema de cura e descanso. Temos três poções para nos regenerar, que podem ser aprimoradas com determinados itens e recarregam sempre que descansamos em um círculo de flores. Contudo, parar significa fazer todos os inimigos já derrotados voltarem a vida. A mecânica é básica, mas interessante para deixar a ação um pouco mais diferenciada.

Além das habilidades de movimentação, podemos realizar ataques com diversos tipos de armas diferentes, aparos e uma esquiva que faz o tempo ficar lento. A fundação aqui é sólida, mas demora para mostrar seu potencial e, até determinado momento da experiência, é muito repetitiva e pouco emocionante. Somado ao fato dos inimigos não variarem tanto, acabamos por ter uma primeira ou segunda hora um tanto quanto mundanas.

AWAKEN – Astral Blade
Combo! (Imagem: Divulgação)

AWAKEN – Astral Blade, contudo, não nos oferece tanto no departamento de combos. Ainda que possamos utilizar alguns golpes únicos de certas armas, que podem ser combinados com certas sequências, nada é muito variado e acaba caindo na mesmice com facilidade. A árvore de habilidades também não é muito emocionante, contando mais com pequenos efeitos passivos e uma ou outra de uso realmente prático.

Além disso, passaremos boa parte de nosso tempo em AWAKEN – Astral Blade pulando de um lado para o outro, enquanto desviamos de armadilhas e descobrimos os diversos segredos espalhados pelo mapa. Esse aspecto de plataforma é competente o suficiente, com um bom nível de desafio e apenas alguns momentos nos quais as coisas se tornam levemente frustrantes.

No geral, acredito que a jogabilidade do título conseguiu me manter suficientemente engajado. A pancadaria é divertida, a luta contra os chefes consegue ser bem desafiadora em alguns momentos e tudo funciona de uma forma satisfatória. Contudo, devo dizer que fui perseguido o tempo todo por aquela sensação sempre presente de que as coisas poderiam ter sido ainda maiores e melhores, sabem? Não há nada errado em entregar uma fundação sólida, mas acredito que o título poderia ter ousado e expandido mais alguns de seus elementos.

AWAKEN – Astral Blade
Os chefes são bem legais de encarar. (Imagem: Divulgação)

Sons e visuais

AWAKEN – Astral Blade possui visuais bem legais e coloridos, com mérito especial para seus diversos cenários e paisagens. Os mundos parecem vivos, e uma boa variedade nas localidades que exploramos ajuda o título a se manter mais interessante. Além disso, temos animações muito bem feitas e com fluidez, fazendo com que o conjunto da obra seja agradável aos olhos.

A trilha sonora é um pouco menos brilhante, sem muitas músicas que se destaquem ou prendam em nossa cabeça. Além disso, achei os efeitos sonoros um pouco leves demais, o que contribui para que o combate aparente ter menos impacto do que deveria. Ah, e temos legendas em português! Contudo, elas são um pouco estranhas em alguns momentos e com erros de escrita que aparecem com certa frequência.

AWAKEN – Astral Blade
Fascinante. (Imagem: Divulgação)

Vale a pena comprar AWAKEN – Astral Blade?

Devo dizer, leitores e leitoras mais sensacionais do multiverso, que AWAKEN – Astral Blade foi uma experiência mista para mim. Ainda que tenha me divertido bastante com seu combate e me envolvido na narrativa, senti que o título deixou muitas boas oportunidades passarem batidas e, com isso, acabou por não realizar todo seu potencial.

Como falei, a ideia de todo o dilema moral da Tania é muito interessante, e as melhorias nas habilidades de combate e nas diversas armas, somado ao esquema de controles simples e direto, diverte bastante. Contudo, achei que o título demora muito para mostrar tudo que possui, e depois acaba caindo muito no lugar comum. Isso pode, em alguns momentos, acabar por nos afastar.

De toda forma, ainda acredito que AWAKEN – Astral Blade seja uma boa experiência tanto para aqueles que curtem o gênero e buscam algo interessante para passar o tempo quanto para aqueles que nada conhecem. Ainda que o título nos deixe naquele sentimento de quero mais, o que nos é entregue é suficientemente bem feito e implementado para nos entreter sem problemas. Recomendo.

AWAKEN – Astral Blade chega nesta terça-feira, 22, para PC, via Steam e Epic Games Store, e PlayStation 5.

*Review elaborada no PlayStation 5 com código fornecido pela ESDigital Games.

AWAKEN – Astral Blade

BRL 59,99
7.8

História

8.0/10

Gameplay

8.0/10

Gráficos e Sons

7.5/10

Extras

7.5/10

Prós

  • Boa variedade de habilidades e armas para utilizar
  • Combate simples e divertido
  • Trama intrigante
  • Visualmente bonito
  • Legendado em português

Contras

  • Combate poderia ser mais impactante
  • Demora para mostrar tudo que tem para oferecer
  • A simplicidade de algumas mecânicas pode tornar a ação repetitiva, em alguns momentos
  • Erros na tradução são algo corriqueiro

Matheus Jenevain

Redator de idade não especificada e habilidade excepcional (segundo o próprio, acredite se quiser). Curte Metroidvanias, RPGs e jogos de luta. Reza toda noite, intensamente, para receber um remake de God Hand. Nunca foi atendido.

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