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Crash Bandicoot 4: It’s About Time | Preview

Após 22 anos de espera, finalmente, estamos próximos de jogar a tão aguardada continuação do nosso marsupial favorito em Crash Bandicoot 4: It’s About Time. O game, desenvolvido pela Toys For Bob, será publicado pela Activision no próximo dia 2 de outubro, e trata-se de uma continuação direta dos acontecimentos da trilogia original Crash Bandicoot, desenvolvido pela tão conhecida Naughty Dog em 1996, que foi responsável também pelo Crash Team Racing, o jogo kart da franquia.

Já sob domínio da Activision, em 2018 tivemos o remake da trilogia original, que foi um sucesso de vendas trazendo todo peso nostálgico nos moldes da atual geração. Graças ao sucesso do remake, a Activision viu uma grande oportunidade de desenvolver uma continuação direta dos acontecimentos do terceiro jogo, entretanto o desafio não seria nada fácil. Nós do Pizza Fria tivemos a oportunidade de jogar a demo de Crash Bandicoot 4: It’s About Time antecipadamente, e como um grande fã da série, já vou adiantando que gostei bastante do que pude jogar.

A linha tênue entre a nostalgia e a novidade

Crash Bandicoot 4: It’s About Time tem uma grande responsabilidade de dar uma continuação digna a tão amada e aclamada franquia Crash Bandicoot. Parte disso se dá pois os desenvolvedores não podem destoar muito do universo do jogo, incluindo a jogabilidade, mas também não podem repetir o que já foi feito no passado. Ao adentrar na primeira fase disponível da demo, confesso que a nostalgia chegou forte e foi incrível poder controlar o Crash novamente, porém o que mais me chamou atenção foi o cenário em que eu estava, não pelos gráficos serem bonitos (o que de fato é) e sim pela atmosfera que o jogo entrega.

Juntando a trilha sonora que combina com os acontecimentos durante a fase, os cenários e a atmosfera em geral, pode-se dizer que a desenvolvedora conseguiu trazer a tona a essência do mundo de Crash Bandicoot que nós já conhecemos. E logo após essa enxurrada de nostalgia, que dura apenas segundos para se perceber, já fui apresentado a algumas novidades do jogo, e posso dizer que não são poucas.

A modelagem dos personagens como o próprio Crash Bandicoot, Coco Bandicoot, Dr. Neo Cortex e etc, estão um pouco diferentes do remake de 2018 e essas diferenças não atrapalham em nada no jogo. Em resumo, as grandes novidades mesmo vem no gameplay, mas já posso falar que o jogo não ofende em basicamente nada a trilogia original.

Crash Bandicoot 4: It’s About Time
Imagem: Reprodução

O gameplay e suas novidades

Crash Bandicoot 4: It’s About Time mantém conseguiu trazer a jogabilidade original da franquia, onde podemos andar, pular, rodar para quebrar caixas e derrotar inimigos, pular e se jogar de cara no chão, deslizar, andar agachado e também dar o famoso double jump. Basicamente, essas são as mecânicas base em Crash Bandicoot 4: It’s About Time. Entretanto, podemos perceber que a movimentação do Crash está um pouco mais rápida e sólida que o remake, e que o double jump está alcançando uma distância maior, e tudo isso tem um motivo. O jogo está mecanicamente difícil e suas ações precisam ser executadas com maior precisão e rapidez.

As plataformas e os inimigos encontrados no caminho, são estrategicamente colocados em locais onde o jogador precisa de uma ação mais conclusiva. Um dos problemas que o remake tinha, era de não passar ao jogador uma noção de profundidade para onde ele esta pulando, já em Crash Bandicoot 4: It’s About Time fica um pequeno marcador no chão mostrando onde você irá cair após o pulo. Por estar mecanicamente mais difícil, a desenvolvedora colocou dois modos de jogo, o primeiro é o modo clássico, que consiste em perdermos vida após cada morte até culminar no game over, e o segundo modo é o moderno, onde sempre iremos voltar no checkpoint depois de cada morte, e terá também um contador de mortes.

Crash Bandicoot 4: It’s About Time
Imagem: Reprodução

Se tratando ainda do gameplay, tivemos mais duas mecânicas inéditas apresentadas na demo de Crash Bandicoot 4: It’s About Time, a primeira é uma skill onde vamos poder desacelerar o tempo para superar os obstáculos, e a outra skill irá alterar as dimensões, dessa maneira alguns objetos e obstáculos irão para outra dimensão permitindo assim sua passagem. Ambas são obtidas através de máscaras, equipáveis aos personagens. Posteriormente, teremos acesso a essas habilidades em momentos especiais nas fases, e não se engane achando que elas são fáceis de se utilizar corretamente, as vidas que perdi falam por si só.

E a grande surpresa pra mim em Crash Bandicoot 4: It’s About Time foi poder jogar uma fase com o vilão da franquia, o famoso Dr. Neo Cortex. Seu gameplay diverge das mecânicas do Crash, com ele podemos pular, usar um dash que é um rápido deslocamento pra frente em uma distância maior e utilizar também uma arma para fazer os inimigos virarem uma plataforma para podermos pular. O mais legal é que as histórias tanto o Dr. Neo Cortex quanto do Crash Bandicoot acontecem simultaneamente, então podem esperar diversos encontros entre eles em seu gameplay.

Crash Bandicoot 4: It’s About Time
Imagem: Reprodução

O que esperar de Crash Bandicoot 4: It’s About Time?

Algumas pessoas e me incluo nisso, torceu um pouco o nariz para Crash Bandicoot 4: It’s About Time, talvez por ser um pouco saudosista e ter o receio do novo jogo “estragar” a franquia. Entretanto depois de jogar o demo, a minha visão sobre o game é totalmente diferente do que era antes. Admito que foi divertido, nostálgico e desafiado pela dificuldade que o jogo propõe.

Se esse Crash Bandicoot 4: It’s About Time vai ser melhor que algum da trilogia original, só jogando o game completo para saber, mas baseado na experiência que tive posso afirmar que ele aparenta ser uma sequência digna de carregar o nome Crash Bandicoot. O jogo será lançado no dia 2 de outubro para PlayStation 4 e Xbox One e a demo é exclusiva para quem realizar a compra antecipada.

*Preview elaborada em um PlayStation 4 Slim, com código fornecido pela Activision.

Igor Emídio

    Estudante de ciências sociais, foi introduzido muito cedo no mundo dos games. Sua preferência consiste em jogos com boa história e uma ótima narrativa. Seu jogo preferido é The Last Of Us. Contudo ele não recusa um bom multiplayer.