Horizon Forbidden West: Burning Shores | Review
A espera finalmente terminou. Anunciada no The Game Awards de 2022, a expansão Burning Shores, de Horizon Forbidden West, foi finalmente lançada em abril deste ano, trazendo mais conteúdo para uma das franquias mais queridinhas da PlayStation. Para aqueles que se apaixonaram pelo mundo exuberante e cheio de mistérios do game base, a promessa de novas terras para explorar e desafios para superar é inegavelmente atraente. Mas a questão é: a nova expansão, exclusiva para a versão de PlayStation 5 do jogo, consegue cumprir o que promete? A resposta eu te trago agora, em mais uma review do Pizza Fria!
O Litoral Ardente
Antes de começar a falar sobre Burning Shores, é importante ressaltar que a expansão só pode ser acessada após o término da campanha principal de Horizon Forbidden West. E, por tudo que se desenrola nela, creio que será fundamental para a conclusão da já confirmada trilogia. O cenário é o sul das Terras dos Clãs Tenakth, onde Los Angeles, que sofreu com um colapso ambiental, passando por erupções vulcânicas e atividade sísmica, serve de palco para a nova aventura. Aloy, a protagonista da franquia desde Horizon Zero Dawn, recebe um alerta de Sylens sobre atividades suspeitas nessa região, dando início à trama de Burning Shores.
Na busca por soluções, uma população Quen decide enviar uma Expedição ao Leste com o objetivo de obter dados do antigo centro tecnológico de San Francisco, que poderia ajudar a reverter a situação crítica de sua terra. Seyka, juntamente com sua irmã mais nova, Kina, é selecionada para essa missão. No entanto, um problema ocorre durante a viagem e, após uma violenta tempestade, a frota se divide, e a metade que Seyka fazia parte é levada para as ruínas de Los Angeles.
Desprovida de informações sobre o paradeiro do restante da expedição e sem meios de retornar para casa, Seyka segue adiante com a missão, formando um assentamento no Litoral Ardente. É neste ponto que Aloy cruza seu caminho, unindo suas forças na jornada. Durante a aventura, os jogadores terão a oportunidade de conhecer mais sobre o povo Quen, em especial sobre Seyka, uma guerreira que desafia as normas de seu clã em busca de respostas. Aloy terá a missão de ajudá-la, enquanto também recebe apoio para seus próprios objetivos.
E assim como é uma “tradição” em jogos com o selo PlayStation, a narrativa é um dos pontos fortes. Burning Shores adiciona uma nova camada de profundidade à história, expandindo a trama do jogo de maneira orgânica. Além de conhecermos uma área costeira desconhecida, temos alguns personagens intrigantes, uma nova ameaça de máquinas e, claro, um novo vilão. O ritmo da narrativa é bem equilibrado, misturando momentos de ação intensa com outros de exploração tranquila. Apesar de curta – levei menos de 4 horas para terminar a linha de missões principais – o conteúdo muito bem construído.
Voando pelos mares
Como disse acima, o enredo é breve, de certa forma até previsível, mas conta com uma boa variedade de gameplay. A área de Burning Shores é relativamente extensa, com segredos a serem descobertos, novas máquinas a serem convertidas, incluindo a Asa Marinha, que podemos usar para voar pelo arquipélago, além de algumas missões secundárias que acrescentam um valor extra de gameplay ao DLC. A expansão também traz habilidades adicionais, eleva o nível máximo para 60, traz novos trajes, armas e até um novo tipo de arma – apelona demais, na minha opinião. De uma forma geral, Burning Shores segue o padrão do jogo base.
O grande destaque da expansão pra mim, sem sombra de dúvidas, foi a batalha final. Foi uma das coisas mais absurdas e empolgantes que joguei nos últimos anos e que acende um alerta de que isso, de fato, é o que a geração atual de consoles pode entregar, se explorada de forma positiva pelas desenvolvedoras. Além de um deleite visual e de desempenho, a batalha em si é variada, estimulante e bastante desafiadora.
Deslumbrante
O visual de Burning Shores é, sem dúvida, deslumbrante. As paisagens costeiras são retratadas com riqueza de detalhes, desde as ondas quebrando contra os penhascos até a vegetação única da região. A iluminação dinâmica e a alta resolução dos gráficos permitem que cada cena seja uma obra de arte por si só. Voar com a Asa Marinha, que permite inclusive mergulhar nos mares, ou alcançar grandes altitudes, é realmente incrível.
No quesito sonoro, Burning Shores segue o padrão estabelecido no jogo base, com efeitos sonoros, especialmente os rugidos das novas máquinas, sendo realistas e aumentando a sensação de imersão, especialmente se o conteúdo for jogado com o PULSE 3D. A dublagem em português do Brasil dos novos personagens também é extremamente cativante.
Vale a pena comprar Horizon Forbidden West: Burning Shores?
Burning Shores é uma ótima adição ao mundo de Horizon Forbidden West. A DLC combina uma narrativa envolvente, gameplay refinado e aprofundado, gráficos deslumbrantes e som imersivo para criar uma experiência excepcional. No fim, Burning Shores não é apenas uma expansão de conteúdo, mas uma expansão da própria essência de Horizon Forbidden West e do que podemos esperar para o futuro da franquia. Visitar o Litoral Ardente é uma das atividades fundamentais para aqueles que terminaram a campanha Horizon Forbidden West e querem saber o que esperar, e qual rumo a história de Aloy vai oferecer no futuro.
Burning Shores está disponível exclusivamente para PlayStation 5, somente em formato digital, e para seu conteúdo ser acessado, é necessário que a campanha do jogo base seja terminada. No Metacritic, a expansão ficou com média de 83 pontos.
*Review elaborada em um PlayStation 5, com código fornecido pela Sony.