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Jotunnslayer: Hordes of Hel | Review

Jotunnslayer: Hordes of Hel é um roguelike de ação, com visão isométrica focado em ataques automáticos ao estilo de Vampire Survivors, desenvolvido pela Games Farm em conjunto com a ARTillery e publicado pela Grindstone. Nele, controlamos uma série de guerreiros e guerreiras que saem na mão com diversos seres da mitologia nórdica enquanto tentam provar seu valor aos deuses. Que trampo, não é mesmo?

E aí, será que vale a pena encarar essa missão? É o que saberemos agora, em mais uma análise divina do Pizza Fria!

Trabalhos dos infernos

Cá estamos mais um dia, leitores e leitoras, para darmos nossas opiniões totalmente necessárias e impactantes acerca de obras essenciais do universo dos videojogos. De fato, é um momento importante que passamos juntos e que eu não trocaria por nada nesse mundo. A não ser que fosse um caminhão de ouro entregue em minha porta ou uma viagem para a lua. Sabem como é, certo? Prioridades.

De toda forma, hoje iremos falar de um certo jogo que oferece uma proposta bem simples e direta: somos guerreiros que precisam cumprir objetivos e sobreviver aos terrores dos Deuses para nos provar e ganharmos bençãos e outras coisas legais. Do que mais precisamos, não é mesmo? De fato, Jotunnslayer: Hordes of Hel vai direto ao ponto, sem enrolações.

Me interessei bastante pelo estilo do jogo, daqueles isométricos no qual controlamos um boneco que ataca sozinho enquanto nos movimentos por entre hordas de inimigos, e a estética nórdica também caiu como uma luva. Como o título é mais focado na ação que na narrativa, me focarei mais na primeira e farei meu melhor para deixar vocês por dentro de tudo que curti ou não. Prontos? Vamos nessa.

Jotunnslayer: Hordes of Hel
Indo buscar nossa review. (Imagem: Divulgação)

Jogabilidade

Jotunnslayer: Hordes of Hel, em essência, é um jogo de sobrevivência de hordas misturado com um pouquinho de roguelike. Nossa experiência, na maioria das vezes, gira em torno de controlar nosso boneco enquanto ele realiza ataques automáticos e tentamos cumprir uma série de objetivos que aparecem de acordo com a fase que estivermos jogando. Tudo isso, devo adicionar, em um tempo específico que varia de acordo com a dificuldade que selecionamos. Cada missão, e alguns monstros, concedem ouro que pode ser coletado para melhorar nossos bonecos após morrermos.

Temos alguns bonecos diferentes para escolher, cada qual com suas próprias habilidades de classe, atributos e estilos de jogo que variam bastante de um para o outro. A irmã do fogo, por exemplo, é mais focada em queimar inimigos e esquivar de ataques, enquanto o bárbaro oferece um dano elevado que se potencializa quanto menos vida ele tiver. Eu achei essa dinâmica bem legal, principalmente porque nos dá mais possibilidades e, também, ajuda para que o jogador consiga encontrar um estilo de jogo que mais lhe agrade.

Uma fase em Jotunnslayer: Hordes of Hel, normalmente, nos coloca para controlar nosso boneco em um mapa, até que pequeno, enquanto tentamos sobreviver ao ataque de um monte de inimigos que, ao serem abatidos, nos dão experiência necessária para subir de nível. Cada nível permite ganhar uma habilidade de classe (única do personagem que controlamos) ou dos Deuses (podem ser utilizados por todos). Fora sobreviver também precisamos realizar algumas tarefas que, após serem resolvidas, nos dão acesso ao chefão daquele lugar.

Essas missões, geralmente, são bem simples e não vão muito além de ficar em um ponto específico por X segundos ou matar uma quantidade Y de inimigos dentro de um período de tempo. Elas tendem a ser mais complexas nas fases finais, que também contam com suas próprias mecânicas, como portões que precisamos abrir ou zonas de dano por exemplo. Uma variedade maior seria bem vinda, principalmente porque os estágios não são tão grandes e podem se tornar enjoativos em seções mais longas de jogatina.

Jotunnslayer: Hordes of Hel
Uma missão nos pede para derrotar tantos inimigos dentro de uma zona específica. (Imagem: Divulgação)

As habilidades, contudo, são o ponto mais divertido de Jotunnslayer: Hordes of Hel. Como falei, cada personagem conta com uma quantidade específica de passivas e ativas que somente ele pode acessar. Ainda que o elenco não seja tão extenso, temos uma boa variedade de focos e estilos para deixar com que o jogador possa achar seu nicho. Eu, por exemplo, me foquei na boneca que aplica queimaduras e esquiva com frequência, além de uma maga que causava dano aos inimigos sempre que pegava cristais de experiência.

Os outros poderes que podemos selecionar são de uso geral, cada um representado por seu respectivo Deus. Cada um deles nos oferece uma série de habilidades passivas e ativas que, geralmente, causam diversos tipos de dano com efeitos específicos como envenenamento, congelamento, e por aí vai. Saber qual pacto fazer, para qual personagem, faz toda a diferença. Um combo correto chegou a deixar minha personagem batendo na tela toda, praticamente, com uma taxa de evasão de 60%! Bem quebrado, não é?

Além de experiência, cada missão e certos inimigos nos dão moedas de ouro que podem ser convertidas em pontos de habilidade após terminarmos uma fase. Eles podem ser usados, com refund gratuito para conseguirmos experimentar o quanto quisermos, em melhorias passivas que podem ser exclusivas de um certo personagem ou para todos em conjunto. Também podemos comprar poderes que, uma vez liberados, também podem aparecer na nossa seleção pós level up.

Jotunnslayer: Hordes of Hel
Qual escolher ou banir, será? (Imagem: Divulgação)

O único chato disso é que não podemos ver todas as habilidades de um Deus na hora que vamos selecionar, o que pode ser um pouco confuso quando estamos entendendo a especialidade de cada um. Isso seria legal porque temos um limite de Deuses que podemos usar, e precisamos pensar logo no começo de cada partida qual build iremos usar para podermos construir o personagem da maneira correta.

Em se tratando de desafios, Jotunnslayer: Hordes of Hel oferece algumas dificuldades diferentes com modificadores que podem nos atrapalhar bastante, deixando inimigos mais fortes ou com escudos por exemplo, em troca de uma maior quantidade de recursos. Elas são bem divertidas de enfrentar e, no geral, nos dão boas razões para revisitar as fases.

O modo infinito, sem tempo para completarmos uma fase ou um chefe para derrotar, é bem divertido e utiliza as forças do jogo de uma maneira bem interessante. Além dos objetivos, também temos uma série de penalidades que vão sendo aplicadas de X em X minutos e que, após uma certa quantidade de tempo, deixam a experiência bem tensa. Ao menos, com isso, ganhamos uma série de recursos que além de habilidades nos permitem comprar armas com novos efeitos ativos e passivos para nossos heróis.

Jotunnslayer: Hordes of Hel
A chapa tá esquentando. (Imagem: Divulgação)

Sons e Visuais

Visualmente, Jotunnslayer: Hordes of Hel tem texturas bem construídas que conseguem passar a ideia nórdica do título, além de funcionar de maneira satisfatória e não ter nenhum lag nem nos momentos mais caóticos da experiência. Contudo, acho que a identidade visual não faz muito para se destacar dos outros do mesmo estilo, e não temos cenários muito marcantes ou interessantes.

A trilha sonora segue o mesmo embalo, com músicas que impulsionam bem a ação e efeitos que vendem o caos e o impacto das batalhas de maneira bem eficiente. Ah, e temos legendas em português! Algo que é sempre bom e deve ser comentado, não é mesmo?

Jotunnslayer: Hordes of Hel
Dragões amaldiçoados.(Imagem: Divulgação)

Vale a pena jogar Jotunnslayer: Hordes of Hel?

Jotunnslayer: Hordes of Hel prometeu uma experiência caótica e divertida de sobrevivência de hordas, com um gostinho nórdico, focada em missões e chefes para viking nenhum botar defeito. Seja com ajuda divina ou da boa e velha sagacidade humana, temos ferramentas o suficiente para dar conta do que quer que apareça em nosso caminho. Mas, será que a jornada vale a pena? Vamos recapitular e descobrir.

O título entrega uma jogabilidade rápida e divertida, com uma seleção de personagens que, embora pudesse ser maior, dá uma boa variedade de opções de build e jogo para nós. Além disso, as habilidades dos Deuses também são legais de combinar e testar, o título oferece um bom desafio e é uma boa forma de conhecer o gênero. De negativo, acho que ele poderia ter maior variedade de fases e uma forma mais rápida e fácil de ver o que cada divindade oferece ao longo de nossas runs.

Ao fim e ao cabo, eu curti meu tempo com Jotunnslayer: Hordes of Hel e acredito que ele entrega mais do que suficiente para poder agradar aos jogadores do gênero e, até, aqueles que não conhecem o estilo e querem dar uma conferida. Ainda que ele tenha alguns tropeços, acho que eles não tiram o brilho da coisa e que ele vale, muito, a oportunidade. Recomendo.

Jotunnslayer: Hordes of Hel está disponível em sua versão completa para PC, via Steam e Epic Games StorePlayStation 5 e Xbox Series X|S, após ficar um período em acesso antecipado para computadores.

*Review elaborada em um PC equipado com uma GeForce RTX, com código fornecido pela Grindstone.

Jotunnslayer: Hordes of Hel

BRL 39,99
8.7

Gameplay

9.0/10

Gráficos e Sons

8.0/10

Extras

9.0/10

Prós

  • Boa variedade de habilidades passivas e ativas
  • Diferenças entre personagens e divindades dão uma boa variedade de builds, assegurando que sempre tenhamos algo no nosso estilo
  • Jogabilidade frenética e divertida
  • Modo infinito é bem legal
  • Legendado em português

Contras

  • Poderia ser mais fácil ver as habilidades de uma divindade quando vamos escolher
  • As fases poderiam ser mais elaboradas e diferenciadas

Matheus Jenevain

    Redator de idade não especificada e habilidade excepcional (segundo o próprio, acredite se quiser). Curte Metroidvanias, RPGs e jogos de luta. Reza toda noite, intensamente, para receber um remake de God Hand. Nunca foi atendido.