Open Country | Preview
Prometendo tirar os jogadores de ambientes agitados com as grandes cidades do mundo, Open Country, título desenvolvido pela FUN Labs e publicado pela 505 Games para PC, via Steam e Epic Games Store, Xbox One e PlayStation 4, é uma aventura e simulação que nos coloca para viver em meio a cenários naturais repletos de animais selvagens.
O game tem o lançamento previsto para o dia 3 de junho e promete uma experiência única. Jogamos o título antecipadamente e destrinchamos alguns detalhes do título, que traz consigo uma proposta bem diferente do que observamos no mercado. Vem ver o que achamos em mais uma preview do Pizza Fria!
Uma proposta bem diferente
Open Country traz consigo uma proposta bem fora da curva, sendo um jogo onde você terá a missão de cumprir uma série de tarefas dadas pelos moradores de uma região um tanto silvestre, repleta de natureza e muitos animais. O patrulheiro irá precisar de orientações de habilidoso conhecedor da natureza. Já Gary, dono do Chalé Cume de Neve, te dará uma série de atividades que servirão para pagar sua estadia no lugar.
Desta maneira, o jogador terá de encarar tarefas como montar um acampamento, caçar um determinado número de animais, andar de ATX, etc. O jogo apresenta uma infinidade de coisas para serem feitas, misturando alguns aspectos de sandbox, algo que nos permite criar barracas, fogueiras e outros itens tão úteis. Sendo assim, você cria um personagem que sai andando pela floresta com sua mochila e um rifle carregado, pronto para desbravar territórios até então desconhecidos. Inicialmente, as coisas são bem tranquilas, mas animais perigosos (e famintos) também espreitam pela natureza. Portanto, cuidado!
Um pouco de simulação
Um aspecto visível ao jogar Open Country é o aspecto de simulação. Um tombo de uma altura mediana pode causar uma torção no calcanhar, dificultando a corrida do protagonista. Caso ele não coma ou beba água, ficará fraco. E se beber água parada de lugares sujos, ele se infecta. E para melhorar, o personagem não poderá correr loucamente pelo mapa, pois há também a questão do vigor. Por último, é necessário dormir para que o nosso querido desbravador não fique exausto. E tudo isso é avisado por meio de mensagens na tela, que facilitam bastante a nossa vida.
Aliás, o jogo se inicia com uma espécie de tutorial sobre as tarefas mais executadas de criação de itens e caça, sendo este um aspecto relevante e que apresenta todo o menu de criação, o inventário, técnicas de caça e exploração e muito mais. Desta maneira, é possível afirmar que Open Country é um jogo relativamente fácil de se aprender. Todavia, se locomover e guiar pelo mapa não será uma tarefa tão simples…
Já caça apresentada no game é bem comum, mas funciona. Ao alternarmos a câmera para dar o tiro, sentimos uma movimentação natural da mira, simulando os movimentos naturais do corpo do personagem. Ao atingirmos o animal, podemos ativar uma espécie de sentido de caça, que nos permite encontrar os corpos, o que é de grande ajuda. No entanto, ainda acho que falta algo na emoção da caça. Talvez algo mais aproximado de Hunting Simulator 2. Mas claro, a proposta de Open Country vai além dessa experiência de caça. Portanto, caso sua vontade seja a de caçar, procure outro título.
Um jogo inacabado
Logo ao iniciar Open Country pela primeira vez, já fui logo surpreendido com uma mensagem de erro, que automaticamente fechou o jogo. Até aí, tudo bem. Afinal de contas o jogo está em fase de testes e pode melhorar muito. Aliás, ele deve muito melhorar. Embora criar e caçar sejam tarefas fáceis, suas missões são muito mal especificadas, algo que me fez ficar um tanto quanto perdido ao prosseguir a aventura. Esse aspecto, em especial, precisa de um fino trato para poder agradar aos jogadores mais exigentes. Eu particularmente senti que isso deixou bastante a desejar, me frustrando muito.
Outro ponto do jogo que me dá a sensação de inacabado são alguns glitches nítidos nas cinemáticas e ao longo das caminhadas na floresta. Embora tenha gráficos e sons bem razoáveis, e uma trilha sonora boa, Open Country acaba soando meio tosco em alguns momentos. Sua jogabilidade também é bem simplória, não fazendo frente a uma série de jogos indie muito mais bem acabados que ele. Por exemplo, subir em pedras minúsculas se torna uma tarefa difícil, pois parece que o comando automático simplesmente não vai. Em um dado momento, pelejei para conseguir chegar em um objetivo por conta disso. Foi terrível e desanimador.
A movimentação do personagem que controlamos e dos animais encontrados também é um pouco estranha. Os pulos que podemos dar são esquisitos e em alguns momentos não são possíveis. Já os animais, até que se movimentam do jeito que podem. Porém, as animações deles são bem engraçadas. Em diversos momentos via os bichanos adentrando do lado de buracos na terra, e não no próprio buraco. Ou seja, eles atravessavam a textura de forma bem mal feita.
O que esperar de Open Country?
No geral, a ideia de Open Country de fugir da bagunça das cidades e nos colocar para executar tarefas em um mapa que parece ser grande, é realmente muito promissora, e eu espero muito que a versão final corrija esses problemas e deixe os menus mais refinados. No entanto, se o jogo seguir como está, vai ser difícil prender os jogadores, mesmo com um modo multijogador. Com uma série de jogos indies de qualidade no mercado, os jogadores certamente implicarão com alguns dos problemas que apresentei aqui, e isso realmente desanima o prosseguimento em qualquer título.
Portanto, repito aqui que esta não é uma versão finalizada do jogo, portanto podemos ter uma série de correções em seu lançamento e até mesmo posteriormente, já que os patches de correção estão aí para isso mesmo. O que nos resta é esperar para ver o que a versão final de Open Country nos reserva. Espero ser surpreendido, mas desta vez de forma bem mais positiva…
*Prreview elaborada em um PC equipado com uma GeForce RTX, com código fornecido pela 505 Games.