Prince of Persia: The Lost Crown – Mask of Darkness | Review

Mask of Darkness é o mais recente conteúdo adicional de Prince of Persia: The Lost Crown, metroidvania lançado em janeiro deste ano pela Ubisoft. Chegando nesta terça-feira, 17, tanto como parte do Passe de Temporada quanto para aquisição separada, a expansão promete concluir a história iniciada no jogo base.

O Pizza Fria teve acesso ao conteúdo adicional e conta tudo para vocês agora, em mais uma análise antecipada!

Um pouco de história, um tanto a mais de plataforma!

Mask of Darkness nos leva para uma nova região em Prince of Persia: The Lost Crown, chamada Palácio da Memória de Radjen. Este local, como o próprio nome diz, é dentro da mente de Radjen, uma das Imortais que aparece no jogo base, mas cuja história não tem uma conclusão no game original. Agora, os jogadores podem terminar a saga dos Imortais que foram corrompidos pelo Monte Qaf.

Acontece que, ao contrário do jogo base, que faz mais uso de pequenas cutscenes, diálogos e afins para explorar sua narrativa, Mask of Darkness não segue por esse caminho. Praticamente toda a narrativa da DLC, tirando seu início e sua conclusão, é desenvolvida por meio de documentos que os jogadores encontram ao explorar o local. É algo que destoa bastante do game principal, já que a missão que devemos cumprir faz parte das atividades secundárias – que em Prince of Persia: The Lost Crown foram bem desenvolvidas e corroboram com o restante do jogo.

Prince of Persia: The Lost Crown - Mask of Darkness
Desafios de plataforma são a principal atração de Mask of Darkness (Imagem: Divulgação)

A sensação que tive ao concluir a expansão, que não é longa e não deve levar mais do que quatro horas para finalizar – a depender da sua habilidade com o jogo – é que o foco ficou muito mais em desafios de gameplay do que em realmente oferecer uma expansão narrativa, como nos foi prometido no anúncio do conteúdo. Há algumas novas mecânicas e poucos amuletos para serem equipados, já que nosso progresso é praticamente resetado ao acessar a DLC, e o novo conteúdo se foca em explorar mais sobre o que Prince of Persia: The Lost Crown fez de melhor em seu lançamento – a jogabilidade.

Dito isso, Mask of Darkness é praticamente um enorme trecho de desafios de plataforma, onde devemos superar os dois lados do palácio, depois acessar uma área central e, por fim, enfrentar Radjen em uma batalha criativa e com um razoável nível de dificuldade. Ao derrotar a Imortal, o jogador sequer pode acessar a área da DLC novamente, então os complecionistas precisam ficar bem atentos antes de partir para a batalha final. Inclusive, um aviso sobre isso teria sido válido aqui do meu lado.

Seguindo a onda do jogo base

A expansão Mask of Darkness acompanha introduz inimigos inéditos, com um design que vai ao encontro daquilo que já vimos no jogo base. Os desafios de plataforma são apresentados em cores diferenciadas que sinalizam as interações disponíveis. De modo geral, o ambiente é bem elaborado, com gráficos atraentes, embora não utilize uma paleta de cores muito vibrantes, o que parece ser intencional na expansão. Na parte sonora, a qualidade sonora se mantém fiel à versão original, apresentando novas falas bem dubladas em inglês, a maioria delas “narrando” os documentos que encontramos. A localização em texto para o português brasileiro segue bem feita e é um atrativo do game.

Eu joguei Mask of Darkness com a versão de PC da DLC. Na review do jogo base, joguei no PlayStation 5. Através do sistema de salvamento em nuvem da Ubisoft, consegui continuar minha aventura exatamente onde havia terminado originalmente. O título oferece suporte à resolução 4K a 120 FPS na maior parte do tempo, com leves quedas durante as transições de mapa, com uma RTX 2080. E como já havia dito, o ponto negativo foram os crashes no aplicativo. Só na batalha final, o game crashou três vezes. Tenho a noção de que é uma análise pré-lançamento, eu joguei no começo de setembro, mas aconteceu foi reportado para a Ubisoft. Espero que o problema não ocorra para o jogador final.

Prince of Persia: The Lost Crown – Mask of Darkness
Sargon tem seu progresso resetado ao entrar na área da DLC (Imagem: Divulgação)

Vale a pena comprar Prince of Persia: The Lost Crown – Mask of Darkness?

Prince of Persia: The Lost Crown – Mask of Darkness é uma DLC focada em desafios de plataforma, com foco narrativo totalmente secundário, apenas para concluir o ciclo dos Imortais iniciado no jogo base. Dito isso, você deve ponderar sobre algumas coisas antes de tomar a decisão de compra. Se gostou dos elementos de plataforma e metroidvania de Prince of Persia: The Lost Crown, Mask of Darkness pode ser para você. Se não, passe longe. Os desafios não são complicados se você platinou, mas são complexos para um jogador casual. Além disso, como o preço ainda não foi divulgado, fica ainda mais complicado recomendar somente a expansão.

Mas Mask of Darkness chegará em Prince of Persia: The Lost Crown junto com a Complete Edition, que inclui o jogo base, a skin Immortals, o amuleto Prosperity bird, a skin Warrior Within, o guia digital de aventura, a DLC e duas novas skins para Sargon inspiradas em Prince of Persia: The Two Thrones. Se este for seu primeiro contato com o jogo, talvez valha a pena investir na versão completa, pois assim você vai evoluir junto com Sargon.

Prince of Persia: The Lost Crown está disponível para Ubisoft+, Nintendo SwitchPlayStation5, PlayStation 4Xbox Series X|S, Xbox One e PC, via Epic Games StoreUbisoft Store e Steam.

*Review elaborada em um PC equipado com uma RTX, com código fornecido pela Ubisoft.

Prince of Persia: The Lost Crown – Mask of Darkness

6.9

História

6.0/10

Gráficos e Sons

8.5/10

Gameplay

8.0/10

Extras

5.0/10

Prós

  • Desafios de plataforma bem elaborados
  • Combate contra Radjen criativo e desafiador
  • Ambiente e design visual

Contras

  • Foco narrativo fraco
  • Poucos extras e novidade
  • Curta duração

Lucas Soares

Jornalista e fã de videogames desde criança. Já teve Mega Drive, Game Boy Color, PS1, PS2, PS3, PS4, PSVR, PS Vita, Nintendo 3DS e agora tem "só" um PS5, um Nintendo Switch e um PC Gamer. Para ele, o melhor jogo da história é Chrono Trigger, mas Metal Gear Solid 3, Final Fantasy X, The Last of Us Part II e Red Dead Redemption 2 completam o Top-5.