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Red Solstice 2: Survivors | Review

A continuação do aclamado Red Solstice, lançado oficialmente em 2015, está entre nós! Red Solstice 2: Survivors, game da Ironward e distribuído pela 505 Games, foi lançado exclusivamente para PC, via Steam e segue os eventos do jogo anterior, mantendo a mesma jogabilidade e sua visão isométrica, mas com algumas melhorias. E nesta análise, contarei todos os detalhes do game. Vem comigo!

A história de Red Solstice 2: Survivors

Ao entrar em Red Solstice 2: Survivors, o ano é 117, e você encarna o Executor, uma espécie de super soldado que dá conta de ondas e ondas de mutantes de vários tipos sedentos por sangue. Logo depois de cumprir sua missão no planeta Terra, será a vez de você ir para outro desafio mais difícil, sendo despertado para liderar a força-tarefa secreta intitulada Cell, reunida com o objetivo de repelir a invasão da espécie mutante STROL.

Esta deixa da narrativa coloca você para comandar o esquadrão, que pode ser formado por jogadores ou bots, contra esses mutantes, além também de ter como objetivo encontrar uma possível cura para o vírus. O roteiro é meio clichê e traz uma narrativa de ficção científica bem simples, mas até que a ideia até funciona muito bem ao longo de inúmeras missões primárias e secundárias, sendo cada uma parte de modalidades como exploração, infiltração e sobrevivência.

Red Solstice 2 Survivors
O mapa-múndi da campanha. Infelizmente foi possível explorar apenas esta pequena área. (Imagem: Reprodução)

Jogabilidade refinada e outros detalhes

Mantendo a jogabilidade com visão isométrica da versão anterior, Red Solstice 2: Survivors segue sendo divertido e desafiador, fazendo o jogador se atentar ao seu posicionamento, sobretudo se estiver sozinho em campo. Digo isto pois em diversos momentos, você terá de recarregar sua arma, e caso os inimigos cheguem perto, o risco de morte é grande. Desta forma, a cada momento em campo, as ondas de inimigos crescem continuamente, sendo cada vez mais difícil lidar com tantas ameaças. Isso é bom, pois deixa o jogo desafiador na medida certa.

Red Solstice 2: Survivors até tem alguns momentos de calmaria, mas o que prevalece são constantes ataques de hordas inimigas, onde todo o preparo faz a diferença. Seja plantando minas, se protegendo atrás de barricadas ou até mesmo colocando torretas para auxiliar na defesa, o jogo requer uma certa habilidade e costume com os vários atalhos de itens e habilidades. No entanto, ao ativar a opção “Overwatch”, o seu personagem automaticamente executa os ataques (com dano reduzido), o que é uma mão na roda. Porém, alguns momentos vão precisar de ações feitas manualmente. Por sorte, tudo isso é explicado em um ótimo tutorial no início do jogo.

Red Solstice 2 Survivors
Essa é a visão do jogo e do HUD. Tudo é bem explicadinho… (Imagem: Reprodução)

Sendo possível de se jogar sozinho ou com até sete amigos (o que deve ser maravilhoso, mas não dei sorte de encontrar salas durante o período da review), Red Solstice 2: Survivors consegue trazer, mesmo não adotando uma visão em primeira pessoa, uma certa sensação de tensão. Inimigos podem surgir sem nenhum aviso prévio, correndo por todos os lados ou surgindo do chão, algo que nos obriga a ficar sempre de olhos abertos. Aliás, a ambientação do jogo é bem rica, colocando os jogadores em mapas relativamente grandes e totalmente exploráveis. Para quem tem paciência, é algo que vale a pena, rendendo experiências e alguns itens e munições.

Há também algumas características similares a jogos de RPG em Red Solstice 2: Survivors. De uma árvore de habilidades passivas que servem para auxiliar no aprimoramento do Executor a uma ramificação focada em dar um upgrade em sua equipe, o game traz também aspectos como customização do personagem (ainda que de forma limitada nesta versão), classes predefinidas como ‘Assalto’, focado em ataques e ‘Médico’, que já é autoexplicativo. E, por fim, há também a possibilidade de ser escolher armas, itens e outros tantos acessórios que fazem a diferença na criação do seu avatar.

Red Solstice 2 Survivors
O menu de personagem é bem simples. (Imagem: Reprodução)

Vale a pena comprar Red Solstice 2: Survivors?

Red Solstice 2: Survivors me deixou bem animado, mas o jogo fica um pouco repetitivo com o tempo, onde as incursões por diferentes localidades acaba tendo o mesmo efeito. A ideia de manter a jogabilidade fiel ao primeiro jogo, mas aprimorando gráficos e outras características, foi muito boa e se torna uma marca da franquia (juntamente com a ideia de destroçar muitos inimigos, claro).

De uma maneira geral, ele é um jogo bonito e com boa execução, tendo desafios gradativos em todos os modos disponíveis e algumas novidades interessantes como, por exemplo, a escolha de uma classe específica e toda a customização do personagem. Indo além da campanha, o Modo Escaramuça deve dar uma sobrevida ao título, sobretudo se jogado com outros jogadores. No entanto, não consegui encontrar salas para jogar, o que foi decepcionante.

Para os fãs de jogos de estratégia em tempo real, RPG e muita ação, o jogo pode agradar bastante, mas não espera lá um grande AAA. Particularmente, esse aspecto não faz a mínima diferença pra mim, mas entendo que o mundo gamer anda muito exigente e, por isso, Red Solstice 2: Survivors pode ser criticado. Para fechar, o game é legendado para nossa língua, um ponto bem positivo e que pode influenciar bastante na escolha de alguns jogadores. E aí, vai encarar?

*Review elaborada em um PC equipado com uma GeForce RTX, com código fornecido pela 505 Games.

Red Solstice 2: Survivors

R$ 89,10
7.8

História

7.5/10

Jogabilidade

8.0/10

Gráficos e sons

8.0/10

Extras

7.5/10

Prós

  • Jogabilidade divertida e cheia de ação
  • Características de RPG e customização são interessantes
  • Legendado em português brasileiro

Contras

  • Pode ficar um pouco repetitivo ao longo da campanha
  • Não havia salas online com jogadores no período da review

Álvaro Saluan

Historiador e cientista social de formação, é completamente apaixonado por videogames e escreve sobre o tema há uns bons anos. Vê os jogos para além do entretenimento, considerando todo o processo como uma grande e diversificada arte.