Relic Hunters Legend | Preview

Por vezes, gosto de jogar games mais confortáveis. E quando vi a proposta de Relic Hunters Legend, decidi dar uma chance. O game desenvolvido pela Rogue Snail e distribuído pela Gearbox Publishing, que está em acesso antecipado para PC, via Steam, tem uma proposta simples (e bem colorida). A ideia é mesclar uma espécie de looter-shooter com uma jogabilidade rápida, focado na diversão, tendo uma narrativa simples, mas que nos guia ao longo da jogatina.

Seus gráficos cartunescos, misturados com uma jogabilidade simples e personagens “engraçadinhos” nos promete uma aventura épica, em busca de memórias e relíquias roubadas, nos colocando contra os malvados patos espaço. Contudo, será que o jogo é realmente divertido, ou acaba sendo mais do mesmo? Nesta preview, apresentaremos o que foi visto ao longo do acesso antecipado. Vem ver!

O mundo de Relic Hunters Legend

A trama de Relic Hunters Legend é descomplicada e até tem uma história em quadrinhos digital. Na história, o principal antagonista, o pato Duque Ducan, de alguma forma conseguiu se apossar do passado e está propagando a ideia de que é o responsável por todos os eventos positivos que já ocorreram, justificando assim seu regime galáctico opressor perante todos. Desta forma, a jogabilidade se desdobra, nos levando a diferentes fases do tempo, apresentadas em um mapa disponível no menu.

Liderados por Pinkyy, os Relic Hunters terão a tarefa de viajar por toda a galáxia em busca de ruínas e… relíquias, tal como o próprio nome do jogo deixa a entender. Assim, a ideia de se reencontrar esses artefatos tem como objetivo restaurar a memória do verdadeiro passado. Portanto, a aventura levará Pinkyy e sua tripulação – Jimmy, Ace, Raff, Bui e Panzer, ao encontro de um personagem de gênero indefinido (o que é bem importante ressaltar, sendo um ponto bacana, inclusive), nomeada como Seven.

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Os gráficos são bem bonitinhos. (Imagem: Divulgação)

Porém, a narrativa acaba sendo meio algo meio secundário e pouco importante para a jogabilidade. No entanto, vale ressaltar que os personagens do game são cativantes, tendo cada um características de personalidade bem definidas, embora esse não seja o foco principal do jogo.

Gráficos, conteúdos e outras coisas

Relic Hunters Legend tem um estilo de gráfico bem interessante que mistura pixel art com elementos mais modernos. Nisso, o jogo traz uma proposta meio retrô, que acaba sendo agradável. A jogabilidade acaba corroborando com essa ideia, tendo comandos muito básicos, que vão sendo explicados com o tempo. Porém, tal como muitos jogos antigos, a proposta acaba sendo meio limitada a fazer quase sempre as mesmas coisas. Eu particularmente acabei achando a experiência de jogabilidade repetitiva, algo que acaba sendo meio que um padrão entre vários looter-shooters. Então, vai muito de gosto mesmo…

Eu esperava mais do jogo, é verdade. Senti que nesse primeiro momento, Relic Hunters Legend não tem lá muito conteúdo para oferecer. A quantidade de níveis, inimigos e armas disponíveis é ainda meio limitada, ratificando a questão da repetitividade citada acima, tornando a experiência em algo meio entediante após um período relativamente curto. É basicamente matar patos, fazer missões simples e sem muito objetivo… e é isso.

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O mais próximo que o jogo tem de um RPG… (Imagem: Divulgação)

Outra coisa que pude perceber em algumas situações é a falta de equilíbrio no jogo. Alguns personagens e armas são claramente mais exagerados do que outros, tornando o jogo em uma experiência meio desigual. É claro, isso deve ser ajeitado na versão final, mas ainda assim acaba sendo um problema a ser observado. Por fim, mesmo contando com um estilo RPG em seus menus, isso não salva o looter-shooter de ser apenas um… looter-shooter. A ideia de se equipar com itens melhores e ter algumas missões a serem cumpridas não transformam, de forma alguma, o título em um RPG.

O que esperar de Relic Hunters Legend?

Em resumo, Relic Hunters Legend é um jogo simples e até um pouco divertido, mas ao longo desta prévia, não se mostrou como um game de grande diferencial, mesmo com gráficos bonitos e diferenciados. A jogabilidade é muito simples e repetitiva e seus conteúdos ainda são limitados. Além disso, a narrativa é pouco envolvente e acaba sendo apenas um pano de fundo para a ação. Desta forma, a impressão que tive ao jogar, é a de que falta algo no jogo para que ele se ressalte, sendo uma experiência simples demais. Tão simples, que acaba não prendendo nossa atenção.

A proposta do jogo, realmente, é de ser bem simples. Mas imagine repetir incontáveis vezes corridas de looter-shooter que parecem não resultar em muita coisa? Pois é, essa é a sensação que fica. Contudo, ainda é cedo para cravar uma opinião sobre o jogo. A experiência talvez seja ampliada em modos online, que tive bastante dificuldade em desfrutar, pela falta de jogadores. Mas, mesmo assim, fica a sensação de que está faltando algo. Enfim… por enquanto, Relic Hunters Legend é um jogo pouco envolvente e, mesmo com sua beleza, deixa bem a desejar.

*Preview elaborada em um PC equipado com uma GeForce RTX, com código fornecido pela Gearbox Publishing.

Álvaro Saluan

Historiador e cientista social de formação, é completamente apaixonado por videogames e escreve sobre o tema há uns bons anos. Vê os jogos para além do entretenimento, considerando todo o processo como uma grande e diversificada arte.