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SYNDUALITY Echo of Ada | Review

SYNDUALITY Echo of Ada é um extraction shooter, utilizando nossos amados mechas, em terceira pessoa, desenvolvido pela Game Studio Inc. e publicado pela Bandai Namco. Nele, assumimos a ingrata função de explorar um mundo devastado em busca de cristais de energia enquanto lidamos com monstros, bandidos e uma chuva super tóxica e nada agradável. E aí, ficaram curiosos? Pois venham saber se essa aventura vale a pena em mais uma análise caprichada do Pizza Fria!

Pane no sistema

Robôs gigantes, leitores e leitoras deste belo cantinho da internet. Como não amá-los, em toda sua gloriosa massa titânica de sonhos, alegrias, metal e armamento pesado? De fato, toda pessoa de cultura sabe que a receita para o sucesso de qualquer obra é adicionar uma boa quantidade de máquinas tunadas em sua composição.

Bom, ao menos é o que penso. Como todos sabem, acredito, sou um camarada simples. Se temos mechas, já me interesso em ver ou conhecer um pouco mais. Tal como foi com Gundam e Armored Core, SYNDUALITY Echo of Ada entrou em meu radar por propor uma pegada mais mecanizada de um gênero que está ganhando força hoje em dia: o extraction shooter.

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Vamos acessar o Pizza. (Imagem: Divulgação)

Antes de começarmos, vale dizer que também me interessei pelo fato de ter assistido o agradável Synduality Noir, um anime lançado em 2023 que faz parte do mesmo universo de nosso querido de hoje. Portanto, admito que iniciei minha jogatina com certas expectativas criadas em cima dos bons momentos que tive assistindo à animação que, aliás, recomendo. Dito isto, vamos que vamos.

História

SYNDUALITY Echo of Ada se passa em 2222, uma boa quantidade de anos após uma chuva tóxica começar a cair e, como era de se esperar, tornar a maioria do mundo inabitável e recheada de monstros devoradores de gente. Como é comum nesses casos, o que restou para a humanidade foi construir refúgios subterrâneos e dar no pé, fugindo dos bichões bolados.

Nessa nova sociedade, uma classe de pessoas conhecidas como drifters começa a ganhar a vida subindo até a superfície para procuras recursos e uns cristais estranhos chamados de AO. Para isso, nossos destemidos pilotos contas com seus robôs tunados, chamados CRADDLECOFFINS, enquanto são apoiados por inteligências artificiais chamadas magus, customizadas por nós.

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Me conte mais sobre você. (Imagem: Divulgação)

Partindo daí, SYNDUALITY Echo of Ada vai nos dando pequenos pedacinhos de narrativa e construção de mundo através de algumas missões solo, mais focadas em acontecimentos que botam as coisas para andar, e outros elementos e documentos que encontramos em nossas andanças. Achei bem básico, e admito que senti que foi uma oportunidade perdida. Principalmente considerando todo o potencial já explorado em outras mídias.

Jogabilidade

Em essência, SYNDUALITY Echo of Ada é um extraction shooter em terceira pessoa no qual exploramos mapas abertos em busca de recursos enquanto enfrentamos inimigos controlados pelo computador e, ocasionalmente, outros drifters. Tudo que coletamos deve ser levado de volta para base para, eventualmente, ser utilizado para melhorias ou como entrega de alguma missão.

A jogabilidade é puxada para um tiro em terceira pessoa, no qual controlamos nosso robô e lidamos tanto com os perigos dos monstros quanto da chuva que, ocasionalmente, cai e dá dano na resistência de nosso mecha. Podemos equipar duas armas diferentes (com munição de energia ou comum), habilidades em nosso Magus e, por fim, peças em nosso robô. Elas podem ser o frame central, braços, um extrator para os cristais AO, e por aí vai.

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Chumbo nele! (Imagem: Divulgação)

SYNDUALITY Echo of Ada possui controles bem responsivos, além de ser bem legal explorar e trocar tiros com os inimigos que, infelizmente, não possuem tanta variedade. Contudo, o combate é bem mais lento e vagaroso do que jogos como Armored Core, por exemplo. Além de termos uma barra relativamente pequena de boost para acelerarmos, que diminui conforme o peso que carregamos aumenta, nossos robôs não são lá muito rápidos ou ligeiros. Contudo, não vi como um problema e acredito que funcione bem para o tipo de jogo.

Outro ponto bem legal são os jogadores que encontramos, devo acrescentar. Quando vi meu primeiro drifter admito que fiquei preocupado de levar um tiro nas costas, como costuma ser nesses casos, mas fiquei positivamente surpreso ao ver que o camarada me deu um alô e seguiu com sua vida. Isso me fez aproveitar bem mais o jogo, principalmente por garantir que eu conseguisse fazer minhas coisas em paz. Ainda que diminua a tensão, admito que ver comunidades com menos griefers me deixe até que bem contente.

Em se tratando de customização, podemos montar nossos Magus da maneira que quisermos, bastando apenas escolher um tipo de personalidade base e, daí, as roupinhas e cabelos que bem entendermos. Essa é uma das partes mais legais do jogo, e a interação entre A.I e jogador são um dos pontos altos da experiência. Foi algo trazido do anime, acredito, que caiu muito bem.

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Como vão vocês? (Imagem: Divulgação)

SYNDUALITY Echo of Ada também nos permite melhorar nossa base, construindo coisas como estações de crafting, maior espaço no armazém (que é bem pequeno), e por aí vai. A mecânica é bem legal, mas acaba por falhar por conta dos pontos negativos que veremos agora e, na real, acabam por diminuir consideravelmente nosso aproveitamento.

O título, me parece, foi construído quase como vemos esses gratuitos de celular. Por isso, entendam que temos passes de batalha, missões repetitivas com poucas recompensas, tudo tendo que ser comprado após MUITO grind ou gastando dinheiro real, os melhores itens presos atrás de etiquetas, e por aí vai. A lembrança de que o dinheiro pode acelerar o processo é algo constante e que, admito, mata o jogo. Fora isso, a maior parte do tempo em que estamos nas missões é passado andando, visto que poucos inimigos populam os mapas.

Por exemplo, SYNDUALITY Echo of Ada coloca as melhores roupas e customizações de nossos Magus por trás de seu sistema de passe, bem como boas armas e equipamentos. Além disso, precisamos esperar um bom tempo para que nossa base termine de construir (ao menos que paguemos), as missões são bem repetitivas, e por aí vai. Isso é algo bem enjoado que, admito, não me parece ser muito coerente em jogos que são vendidos a preço cheio.

Sons e Visuais

SYNDUALITY Echo of Ada possui visuais bem legais, principalmente em seus mapas abertos. Além disso, os robôs são bem legais, saindo do padrão que vemos normalmente em obras do tipo, e achei os Magus muito bem feitos e animados. No geral, gostei da apresentação e de como a terra devastada pela chuva tóxica é representada.

A trilha sonora também é muito legal, ainda que boa parte das músicas seja utilizada em momentos de menor tensão ou, ainda, enquanto estamos arrumando nossas coisas na base. Ponto extra, aqui, por usarem músicas do anime também! Contudo, nada de português para nós. Que lástima!

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Que vista. (Imagem: Divulgação)

Vale a pena jogar SYNDUALITY Echo of Ada ?

Devo admitir, leitores e leitoras, que me decepcionei um pouco com SYNDUALITY Echo of Ada. Em parte por achar que o título pouco explorou a premissa interessante por trás de seu universo e, também, por conta das obras auxiliares que compõe seu universo. Mas, sendo sincero, a dor maior foi de ver como algo que poderia ser bem divertido foi amassado por travas comerciais e passes de temporada um tanto quanto predatórios.

Claro, é super legal customizar nossos Magus, o combate até que é divertido e a comunidade é maneira. Além disso, explorar e coletar recursos pode ser bem relaxante. Contudo, a lentidão para liberar novas mecânicas, a lembrança constante do passe de temporada, a necessidade de espera ou pagamento para construir, e outras coisas mais, puxam muito da experiência para baixo.

Sendo assim, fica um pouco complicado de recomendar SYNDUALITY Echo of Ada. Claro, fãs de extraction shooters e mechas poderão achar algo para aproveitar, mas ainda se pagarem os devidos tributos. Contudo, fica difícil de aproveitar o jogo quando pensamos o tanto que precisamos “trampar” para conseguir coisas básicas, algo que em títulos pagos como esse, infelizmente, não deveria acontecer.

Por fim, vale ressaltar que o game já está disponível para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC via Steam

*Review elaborada em um PlayStation 5, com código fornecido pela Bandai Namco.

SYNDUALITY Echo of Ada

R$ 121,87+
6.5

História

6.0/10

Jogabilidade

7.0/10

Sons e Visuais

8.0/10

Extras

5.0/10

Prós

  • Os outros jogadores são bem legais
  • Combate é bem divertido, e atirar nos monstros sempre é legal
  • Boa customização de nossos Magus
  • Possui alguns cenários bem legais

Contras

  • Grind constante e pouco interessante
  • Ter de esperar, ou pagar, para construir coisas é tenso
  • Muitos itens legais presos atrás do passe de temporada ou custos em dinheiro real
  • Mapa pouco populado faz com que a maior parte do tempo seja gasto andando, sem emoção
  • Demora muito para liberarmos novas mecânicas e funcionalidades, fazendo o começo do jogo ser muito maçante

Matheus Jenevain

    Redator de idade não especificada e habilidade excepcional (segundo o próprio, acredite se quiser). Curte Metroidvanias, RPGs e jogos de luta. Reza toda noite, intensamente, para receber um remake de God Hand. Nunca foi atendido.

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