Teenage Mutant Ninja Turtles: The Cowabunga Collection | Review

Teenage Mutant Ninja Turtles: The Cowabunga Collection é o mais novo lançamento da Konami. O título nada mais é que o compilado de 13 jogos que marcaram época das tartarugas mais famosas do mundo: Michelangelo, Donatello, Rafael e Leonardo.

Recentemente, a Dotemu nos “brindou” com e excelente jogo Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder´s Revenge, que fiz a review aqui no Pizza Fria. O título, que agradou a maioria da crítica, “bebeu da fonte” de boa parte destes 13 jogos aqui representados, a saber:

  • Teenage Mutant Ninja Turtles (Arcade)
  • Teenage Mutant Ninja Turtles: Turtles in Time (Arcade)
  • Teenage Mutant Ninja Turtles (NES)
  • Teenage Mutant Ninja Turtles II: The Arcade Game (NES)
  • Teenage Mutant Ninja Turtles III: The Manhattan Project (NES)
  • Teenage Mutant Ninja Turtles: Tournament Fighters (NES)
  • Teenage Mutant Ninja Turtles IV: Turtles in Time (Super Nintendo)
  • Teenage Mutant Ninja Turtles: Tournament Fighters (Super Nintendo)
  • Teenage Mutant Ninja Turtles: The Hyperstone Heist (SEGA Mega Drive)
  • Teenage Mutant Ninja Turtles: Tournament Fighters (SEGA Mega Drive)
  • Teenage Mutant Ninja Turtles: Fall of The Foot Clan (Game Boy)
  • Teenage Mutant Ninja Turtles II: Back From The Sewers (Game Boy)
  • Teenage Mutant Ninja Turtles III: Radical Rescue (Game Boy)

Como notado, todos os jogos produzidos pela Konami na era do Arcades, consoles de 8 e 16 bits foram compilados em um único título, o que por si só traz muito conteúdo e nostalgia. É importante destacar que os produtores tiveram o zelo de trazer não só uma versão de cada título, como também trouxeram as “variantes” de um mesmo título que foi adequado para diversas plataformas.

O contexto

As Tartarugas Ninja há muito são uma espécie de ícone da cultura pop e geek, sobretudo para os que cresceram no fim da década de 80 e 90. Permeados por HQs, quadrinhos e TV, o simpático quarteto sempre gerou fãs e diversão, não somente produtos áudio visuais a exemplo de desenhos animados, como também em jogos que foram “evoluindo” juntamente com a qualidade dos hardwares.

Falando em “qualidade dos hardwares”, o primeiro título, Teenage Mutant Ninja Turtles, já trazia uma identidade visual muito marcante, como o uso de paleta de cores vivas e traços fiéis aos desenhos da época, “embalado” pela “força” de um Arcade. O título foi um marco na categoria dos jogos beat ‘em up pois, até àquela época, o mais comum era vermos jogos deste estilo com franquias “novas”, como Golden Axe, Streets of Rage, Final Fight, Double Dragon, dentre outros. Contudo, com Tartarugas Ninja, tínhamos a “cereja do bolo”, o estilo de “briga de rua” que marcou época agora com personagens carismáticos e conhecidos.

Como tudo que é sucesso se reproduz, a Konami foi reproduzindo a fórmula de sucesso de colocar as tartarugas para brigar em diversos consoles, como no nostálgico Nintendinho (com três boas sequências do game no estilo beat ‘em up e uma versão de luta ao velho estilo Street Fighter), no portátil Game Boy com mais três títulos, passando pelo Mega Drive, com uma versão beat ‘em up e uma de luta e também com duas memoráveis versões no Super Nintendo, além das duas versões de arcade.

Teenage Mutant Ninja Turtles: The Cowabunga Collection
Os jogos de arcade contam com suporte para quatro jogadores (Imagem: Divulgação)

Bem, caro leitor, como esse jogo é um compilado de jogos já consolidados e em “grande número”, creio que não cabe aqui falar todos os pontos de cada título, uma vez que, se não todos, a maioria deste jogos já é conhecido pelo público alvo desta coletânea que visa brindar os nostálgicos das Tartarugas Ninja e dos retro games sem necessariamente recorrer a todos os títulos e consoles originais e/ou a emulações e outros “caminhos alternativos”.

Contudo, gostaria de deixar um registro: que vos escreve, um cara nascido exatamente no meio da década de 80, ficou marcado com a maioria deste jogos, mas sobretudo por três títulos: Teenage Mutant Ninja Turtles do Arcade, a versão homônima do NES e, especialmente, pelo Teenage Mutant Ninja Turtles IV: Turtles in Time, do Super Nintendo, que considero, sem dúvidas, uma das maiores obras primas do estilo na geração 16 bits, rivalizando diretamente com Streets of Rage do Mega Drive.

Tudo neste jogo foi bem feito: trilha sonora, “fala” dos personagens, escolha do roteiro , a ideia da viagem no tempo, a utilização da maioria dos inimigos, enfim… êê nostalgia! Turtles In Time foi tão impactante que tinha outra versão também, bem similar, para Arcade. E seu sucesso foi tão claro que, nos idos da geração do PS3, a Ubisoft, em posse do direito à época de lançar jogos das Tartarugas Ninja, fez um “remake” do título que, de tão similar, foi retirado pouco depois das “stores” em virtude de ter replicado fielmente o roteiro original da Konami.

Teenage Mutant Ninja Turtles: The Cowabunga Collection
Teenage Mutant Ninja Turtles IV: Turtles in Time é meu favorito! (Imagem: Divulgação)

Voltando à 2022, esta coletânea nos reconecta com estes diversos títulos (alguns mais, outros menos marcantes) como toda boa coletânea moderna: Sem alterar a gameplay, somente podendo aplicar filtros e adequações da resolução/tamanho de tela para os padrões atuais… ou, deixando o mais “old school” possível… deixando, claro, a gosto do jogador.

É fato que, em certos momentos e em certos títulos (sobretudo os de Game Boy), vemos que certos jogos estão datados, ou seja, “envelheceram mal”. Contudo, outros ainda estão “show de bola” não perdendo em nada para jogos do estilo na nova geração, e o melhor: com aquela pitada de nostalgia. Dito isso, vale ressaltar que a franquia Tartarugas Ninjas tem ainda mais um monte de jogos que foram sendo lançado nas gerações seguintes de console, todavia, nenhuma com o brilho dos principais títulos desta coletânea.

E o que há de novo?

Bem, como dito, como toda boa coletânea o que temos em termos gerais é um “apanhado de jogos”, com a mesma essência de sempre. No sentido nostalgia e no sentido quantitativo, isso por si só já é ótimo. Contudo, seria realmente pouco convidativo se não tivéssemos algum extra, ou algo “algo a mais” que pudesse cativar ainda mais o público a qual Teenage Mutant Ninja Turtles: The Cowabunga Collection se destina. Sendo assim, a Konami deu um verdadeiro show nos extras: em uma parte do menu do jogo, podemos acessar HQs das tartarugas, frames do desenho animado, raffs de arte…

E, além disso, temos as capas e contracapas de todos os jogos da franquia, artes conceituais, bem como todos seus manuais originais! Se não bastasse, temos uma sessão que retoma a nostalgia usando um símbolo de fitas K7 de áudio para podermos selecionar qualquer faixa de som dos jogos! Se ainda isso não bastasse, temos no “in game” possibilidade de acessar tipo uma “revista com dicas”, emulando aquela sensação das décadas de 80/90.

Teenage Mutant Ninja Turtles: The Cowabunga Collection
Cowabunga Collection também conta com jogos de luta (Imagem: Divulgação)

Ainda como “novo”, temos a função de retroceder alguns segundos para alterar alguma jogada errada, bem como temos um botão de “inserção de fichas” para amenizar as dificuldades desumanas das versões de arcade, onde nós, pobres mortais na infância dos anos 90, voltávamos sem o troco do pão e sem o próprio pão para casa!

Multiplayer

Talvez, um dos pontos altos dos títulos aqui compilados é a possibilidade de “perder” horas e mais horas esmagando alguns botões junto com um amigo, como nas “antigas”. Seja em coop, nos beat ‘em up, ou versus, nos jogos de luta (vide as versões Tournament Fighters). O mais interessante é que, na época, os consoles nos propiciavam a possibilidade de fazer isso com somente um amigo ao mesmo tempo. Contudo, nos títulos de arcade podemos jogar com até 4 amigos!

O importante é dizer que os produtores tiveram a sensibilidade e dedicação de, se não todos, deixar ao menos alguns títulos com a opção do multiplayer online! Assim, a escolha se deu pelos dois títulos do arcade (até em virtude de comportar quatro jogadores), a versão Tournament do Super Nintendo (apostando no cenário competitivo e fãs de jogos de luta) e, talvez para não gerara antiga rivalidade de SEGA x Nintendo, o título The Hyperstone Heist, do Mega Drive, também teve o online possível.

Teenage Mutant Ninja Turtles: The Cowabunga Collection
Mas o maior foco da coletânea é nos jogos beat ‘em up (Imagem: Divulgação)

Vale a pena comprar Teenage Mutant Ninja Turtles: The Cowabunga Collection?

Como dito no decorrer da review, Teenage Mutant Ninja Turtles: The Cowabunga Collection é basicamente um compilado de 13 games nostálgicos da “era de ouro” dos arcades, 8 e 16 bits. Pegando em cheio os corações dos “velhos gamers” e fãs de Tartarugas Ninja, sendo um título obrigatório para estes grupos. Apesar de não ter, por obvio, nenhum título novo, cumpre o seu papel: Juntar um monte de jogo divertido em um só “lugar”. Trazendo, de quebra, uma grande quantidade e qualidade de extras pra fã nenhum botar defeito.

Pois bem, a coletânea cumpre o prometido e traz incrementos, deixando muitos fãs felizes! Todavia, talvez o preço  de lançamento  (R$ 199,50 para Nintendo SwitchXbox One, Xbox Series X|SPlayStation 4, PlayStation 5 e R$ 169,90 no PC, via Steam) não seja tão “saboroso” quanto uma pizza para as Tartarugas, ainda mais sendo mais caro que há pouco lançado Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder´s Revenge, que traz toda essa nostalgia em um novo jogo. Neste sentido, talvez o “timing” de ter sido lançado após o novo título pode ter sido um pouco ruim… mas claro, que nada tira o brilho desta maravilhosa reunião nostálgica das tartarugas! COWABUNGA!

Teenage Mutant Ninja Turtles: The Cowabunga Collection ainda conta, para os mais fanáticos, com uma versão física limitada com muito material bacana também. Mas para nós, meros mortais, uma cópia digital em nossos consoles já é uma satisfação e tanto!

*Review elaborada em um Xbox Series S, com código fornecido pela Konami.

TMNT: The Cowabunga Collection

9

História

9.0/10

Gameplay e Sons

9.0/10

Gráficos

8.0/10

Extras

10.0/10

Prós

  • 13 jogos em 1
  • Extras espetaculares
  • Nostalgia pura
  • Adição do modo online em 4 dos 13 títulos

Contras

  • “Mais do mesmo”
  • Alguns títulos “envelheceram mal”
  • Pode não agradar novos jogadores
  • Não ter modo online em todos os títulos