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Touken Ranbu Warriors | Review

Touken Ranbu Warriors é um jogo de ação dentro do belo balaio dos musou, desenvolvido pela KOEI TECMO e publicada pela própria em parceria com a DMM Games. Ambientada dentro do universo do já conhecido Touken Ranbu, ele nos coloca no controle de um grupo de guerreiros que devem lutar contra um exército de monstros que buscam mudar o curso da história do Japão.

Ora ora, será que vale nosso tempo? É o que veremos agora, em mais uma análise do Pizza Fria!

Lá e de volta outra vez

Hohoho leitores, lá vamos nós outra vez. Estava sentado meditando outro dia, pensando na vida, quando senti um cheiro delicioso no ar. Que me encheu de alegria, de dar água na boca. Curiosamente, não vinha do cachorro quente que eu comia no momento. Não, corações. A origem era mais um jogo no meu amado estilo Musou, e que irei falar um pouco sobre agora: Touken Ranbu Warriors.

Duas coisas me surpreenderam, por motivos diferentes. Primeiro, pela franquia que estava sendo colocada dentro do formato Warriors. Segundo, porque posso jurar ter visto uma cópia de mim, do futuro, me entregando o código para que pudesse jogar e fazer essa review para vocês. Os mais céticos dirão que foi apenas uma ilusão causada pela quantidade copiosa de maionese e molho de cachorro quente em meu sistema, mas ambas sabemos a verdade.

Seja como for, tive a oportunidade de passar um tempo de qualidade com Touken Ranbu Warriors e entender de onde veio, como é e para onde vai. Para os que não conhecem (como eu até então não conhecia), Touken Ranbu é um jogo gratuito para celulares lançado em meados de 2015 com o nome de Touken Ranbu -ONLINE-, que teve sua história adaptada e a jogabilidade turbinada.

Touken Ranbu Warriors
Um de nossos heróis. (Imagem: Divulgação)

Touken Ranbu Warriors conta a história de um grupo de guerreiros que tem a missão de defender a linha temporal, e seus acontecimentos, de um grupo de individuais adoráveis chamados de History Retrograde Army. O objetivo destes bacanas é mudar os acontecimentos da história do Japão, bagunçando os eventos para poder alcançar seus próprios objetivos.

Contra eles temos nossos destemidos Touken Danshi. Esses camaradas são, na verdade, espíritos de armas que tomaram a forma humana. Eles vivem em uma base chamada Honmaru, da qual os enviamos nas missões e outros eventos, e são comandados por uma entidade chamada Saniwa. Nossos amigos não possuem um, mas uma raposa chamada Konnosuke decide quebrar o galho.

Achei a trama bem interessante, admito. Apesar de alguns clichês na personalidade dos Touken Danshi, a ideia de alterar eventos do passado foi muito bem explorada. Além disso, é legal ver as diversas eras do Japão representadas em uma série Warriors sem as maiores liberdades tomadas pela vertente Samurai. Por exemplo. Aliás, se gostar do estilo Musou não deixe de conferir Samurai Warriors 5.

Touken Ranbu Warriors
As interações entre os touken danshi são parte da experiência. (Imagem: Divulgação)

Agora, falemos da cobertura desta bela torta chamada Touken Ranbu Warriors: o musou. Como de praxe, vou colocar um rápida explicação do que vemos, geralmente, nesse estilo de jogo. Se liguem:

Esse estilo ficou famoso pelos jogos da série Dinasty Warriors, ao que sei, e se baseia em um personagem forte controlado pelo jogador que é colocado em mapas semi-abertos, mas pequenos, para enfrentar exércitos enormes. Nesses jogos não é incomum se derrotar 1000 inimigos em uma missão de vinte minutos, e grande parte da diversão vem da repetição e da sensação de poder que vem de ser uma máquina de destruição e aniquilação total. Até você enfrentar algum general inimigo ou jogar em dificuldades mais altas, e ver que era tudo um doce sonho de verão. Clássico choque de realidade.

MESMO, Eu (2021)

Touken Ranbu Warriors, por se dizer, é como uma versão de entrada para aqueles que queiram conhecer esse mundo. Ele tem, de fato, o combate contra centenas. Mas não são tantos inimigos assim, e as fases curtas não incentivam contadores de K.O astronômico como em outros títulos da série. Contudo, cada uma delas conta com o que chamamos de investigações: objetivos que devem ser alcançados para garantir que a linha temporal e seus eventos se mantenha em ordem.

Touken Ranbu Warriors
As animações de ataque são boas, no entanto. (Imagem: Divulgação)

O combate se desenrola com o uso de um botão para ataque fraco, outro forte, um para combinações que usam ataques especiais, um golpe super forte que acerta a tela inteira e um ataque em conjunto com seu parceiro. Tudo é muito bonito de ver, e tem uma boa quantidade de opções. Mas, pelo tamanho dos estágios, acabamos enfrentando apenas um punhado de inimigos por vez.

Fora isso, passamos um tempo colocando nos touken danshi para realizar tarefas no Honmaru. Ele é composto por vários ambientes, como a cozinha e varanda por exemplo, que dão recompensas para os heróis que são alocados neles. Aumento de níveis, de união entre um e outro (o que libera novas cenas e áudios) e, até, alguns mini-games.

Esses minigames são bobinhos, como girar um botão ou correr por um campo coletando recursos, mas servem para quebrar um pouco a monotonia do combate. Uma pena que sejam tão simples e resolvidos em questão de poucos segundos. Inclusive, isso é uma sensação que me perseguiu durante toda a experiência. Fora a história e diálogos, tudo tende a ser muito curto e apressado.

Touken Ranbu Warriors
Parecem muitos, mas não são. (Imagem: Divulgação)

Sons e Visuais

Touken Ranbu Warriors me agradou no departamento visual, tudo em tudo considerado. O gráfico estilo anime é bonito e bem feito, e as animações de combate são fluídas. Os especiais, também, são um mimo. Um negativo, contudo, é que contamos com pouca variedade nos personagens e seus movimentos. Muito devido ao fato de que, salvo um ou outro, a maioria de nossos intrépidos heróis usarem espadas. (Afinal, eles são as espadas!) Um outro ponto interessante é que os personagens possuem modelos diferentes, sendo que alguns ataques destroem parte das roupas que usam.

A parte sonora foi satisfatória, sem um efeito bombástico mas sem me decepcionar. A atuação de voz é bem feita, os sons de combate são impactantes e a trilha sonora ajuda muito a deixar as coisas rápidas ou lenta conforme o necessário. Curti.

Touken Ranbu Warriors
Quase todos são espadachins. (Imagem: Divulgação)

Vale a pena comprar Touken Ranbu Warriors?

Touken Ranbu Warriors, enfim. Bom, como disse, sou um grande fã do estilo do jogo que temos aqui. Portanto, o musou por si só já ganha pontos. Ainda que seja uma versão bem mais simples, ele diverte e pode ser uma boa porta de entrada. A trama também me agradou, e a ideia de pular entre eras corrigindo distorções temporais é bem legal.

Mas, ainda assim, um pouco mais de profundidade nas mecânicas cairia bem. Temos poucas armas, embora tenhamos muitos personagens, os cenários se repetem e sao curtos demais. Caso não se interesse pelo que é contado, provavelmente não se sentirá amarrado por muito tempo. A ideia de investigações nas fases é interessante, mas também muito simples.

Ao fim e ao cabo, eu até que curti meu tempo com Touken Ranbu Warriors. Como disse, a trama foi o suficiente para me manter amarrado, mais do que qualquer personagem ou pancadaria. Diria que é uma boa pedida para quem curte musou, ou quer colocar um pézinho delicadamente no estilo para ver do que se trata. Mas, dada a simplicidade geral do título, pode ser que o apreciador raiz saia um pouco decepcionado.

Touken Ranbu Warriors foi lançado no dia 24 de maio e está disponível para PC, via Steam, e Nintendo Switch.

Agora, meus queridos, devo realizar a minha própria tarefa como Touken Danshi e ir levar o código do jogo para o eu do passado. Avante!

*Review elaborada em um PC equipado com uma GeForce GTX, com código fornecido pela Koei Tecmo.

Touken Ranbu Warriors

+ R$ 109,99
8.1

História

8.5/10

Jogabilidade

7.0/10

Sons e Visuais

8.0/10

Extras

9.0/10

Prós

  • História interessante
  • Animações bem feitas
  • Bom jogo para quem ainda não conhece o gênero

Contras

  • Um pouco fácil demais
  • Mecânicas muito simples
  • Poderia ter uma variedade maior de armas para os personagens

Matheus Jenevain

    Redator de idade não especificada e habilidade excepcional (segundo o próprio, acredite se quiser). Curte Metroidvanias, RPGs e jogos de luta. Reza toda noite, intensamente, para receber um remake de God Hand. Nunca foi atendido.