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oneway.exe: horror em primeira pessoa chega para PCs em outubro

A Disordered Media lançou nesta quinta-feira, 18, o primeiro capítulo de oneway.exe, um jogo de horror e quebra-cabeças em primeira pessoa que transforma cantos sombrios da cultura da internet em pesadelos concretos. A estreia está prevista para terça-feira, 7 de outubro, para PC e Mac via Steam, marcando o início de uma experiência episódica em que a linha entre mundo digital e realidade se desfaz. Confira os detalhes!

Sobre oneway.exe

Em oneway.exe, o jogador fica preso dentro de um projeto inacabado — um jogo criado por três desenvolvedores cujas vidas tomaram rumos trágicos. A ambientação explora um prédio virtual chamado UNTITLED.EXE, cujos corredores e arquivos escondem horrores digitais que transbordam para o mundo real. A proposta brinca com nostalgia e pavor: fóruns antigos, animações Flash, creepypastas e vídeos assustadores são reimaginados como ameaças tangíveis.

Uma das maiores apostas de oneway.exe é a simulação de um sistema operacional completo dentro do jogo. Os jogadores podem abrir programas, vasculhar arquivos e interagir com elementos do “computador” de forma verossímil — ações que afetam o ambiente 3D e desbloqueiam novas áreas. Essa fusão entre interface e cenário transforma tarefas aparentemente banais (abrir uma pasta, executar um arquivo) em mecânicas de puzzle e gatilhos narrativos que avançam a história.

Personagens e antagonistas: rostos da internet que ganham carne

O elenco reúne oito personagens inspirados por lendas e histórias da internet, cada um com motivações e passados perturbadores. Figuras como Spiderface, Mikey e Ophelia emergem do código e perseguem o jogador por corredores virtuais e salas físicas. Esses antagonistas são mais do que monstros estáticos: eles reagem, corrompem arquivos e alteram regras do mundo conforme a narrativa se desenrola, criando encontros imprevisíveis e tensos.

Além disso, oneway.exe promete não ser linear. O capítulo de estreia já apresenta sete caminhos diferentes que o jogador pode seguir, com ramificações que afetam tanto a história quanto o final. Essa estrutura incentiva a exploração e a experimentação: decisões aparentemente pequenas podem abrir trilhas alternativas, revelar segredos e alterar a identidade dos personagens que perseguem o protagonista. Para quem gosta de descobrir todos os finais, a promessa é de muita rejogabilidade.

Combinação de horror ambiental e quebra-cabeças psicológicos

O salto de oneway.exe está na combinação de puzzles ambientais com terror psicológico. Em vez de sustos rápidos e previsíveis, o jogo aposta em tensão crescente: sons indistintos sob portas, pistas deixadas em arquivos corrompidos e situações que forçam o jogador a escolher entre sacrifício e sobrevivência. A necessidade de vasculhar o sistema operacional fictício integra raciocínio lógico e coragem — muitas vezes, a solução exige enfrentar o desconhecido.

Trilha sonora e identidade sonora: composição por Marcy Nabors

A trilha sonora fica por conta de Marcy Nabors, conhecida por trabalhos em projetos como DELTARUNE. A música e os efeitos sonoros são usados como ferramentas de imersão, intensificando atmosferas claustrofóbicas e guiando o ritmo dos momentos de tensão. Em encontros com inimigos ou durante descidas por caminhos corruptos, a sonoridade altera a percepção do ambiente e aumenta o impacto emocional das descobertas.

Os criadores afirmam que oneway.exe é uma ode às subculturas que definiram a internet para gerações: animadores amadores, sites infantis ruinosos, fóruns sombrios e vídeos virais que marcaram épocas. Em vez de reproduzir esses elementos como mera nostalgia, o jogo os transforma em matéria-prima para um terror que dialoga com memórias digitais coletivas — o que amplia o apelo entre jogadores que viveram essas eras online.

Álvaro Saluan

Completamente apaixonado por videogames, escreve e pesquisa sobre o tema há uns bons anos. Vê os jogos para além do entretenimento, considerando todo o processo como uma grande e diversificada arte. Vai dos jogos de esporte aos RPGs tranquilamente, admirando cada experiência. Seu maior ídolo dos jogos é Hideo Kojima.