Die by the Blade | Review
Sou apaixonado em lutas de espadas, samurais e todas essas coisas. Desta forma, fui facilmente atraído por Die by the Blade game lançado para PC, via Steam e Epic Games Store e que chegará para Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X|S em outubro deste ano. No jogo, a premissa é simples: faça um duelo contra amigos ou o PC em rounds, tal como em jogos de luta. No entanto, em Die by the Blade, apenas um golpe pode ser crucial para vencer, tal como nos embates de samurais. Ou mais ou menos isso…
Sendo assim, confira nossas opiniões sobre este título que, ao que tudo indica, tem uma proposta bem atraente. Mas será que isso se consolida, ou fomos enganados? Confira nossa review aqui, no Pizza Fria!
História? Mas que história?
Bem… vamos lá. Em Die by the Blade, não temos história para dar contexto às lutas, tal como em Street Fighter ou Mortal Kombat. É claro, embora não seja essencial, faz falta. Ainda mais com um tema como esse, que pode ter diversos panos de fundo. Eles até tentam criar algumas descrições genéricas dos sete personagens disponíveis (cinco deles demoram para serem desbloqueados, o que é um problema), mas isso não resolve. Ou seja, o negócio é porrada e pronto. Ou melhor, golpes de espadas e outras lâminas variadas.
Não necessariamente sobre a história, mas sobre a proposta em si, de ser “morto pela lâmina”, a tradução literal do nome do jogo, soa um bocado estranho ter rounds; afinal, não é um jogo de morte instantânea, onde você decapita um inimigo em um traje de samurai e depois ele aparentemente volta, como se NADA TIVESSE ACONTECIDO. É claro, não dá para cobrar realismo de um jogo, e eu concordo plenamente com isso. Aliás, eu entendo que, para ter um pouco mais de ação, os desenvolvedores tomaram essa escolha. Afinal, que chato seria simplesmente dar um golpe e acabou a luta. Vida que segue… No entanto, é isso que acontece em Die by the Blade.
Jogabilidade explicada
Die by the Blade é um jogo relativamente simples de se entender, contando com tutoriais básicos explicando cada detalhe da jogabilidade. No entanto, ele também apresenta algumas ideias interessantes, que acabam requerendo um pouco mais de prática. Em suma, é isso: você seleciona seu personagem, entra em um dos cenários e tenta desferir um golpe mortal. É isso. Não tem muito mistério. Ponto. Neste aspecto, as lutas trazem uma mecânica bem parecida com For Honor, contando com três posturas essenciais para você atacar e defender. Você alterna entre alto, baixo e médio, e deve ler a intenção do seu oponente, que pode blefar um golpe.
Contra a IA, a coisa é mais fácil, é fato, sendo a ideia do jogo mais voltada para partidas contra outros jogadores. Porém, é de se imaginar que no modo online, a latência pode ser um baita problema, já que os duelos são definidos no detalhe. A ideia é bem simples e é simplesmente isso. Não tem magia, não tem o famigerado hadouken. É só pancada de lâmina. No máximo, existem algumas sequências para aprender, mas que são muito complicadas e pouco responsivas no controle. Assim, o combate soa um bocado desajeitado, fugindo total da fluidez que acreditei que o jogo tinha através dos trailers. É, fui tapeado.
Ainda sobre a jogabilidade, existem diferentes habilidades e estilos nas armas que você escolhe, não do personagem. Aqui, Die by the Blade deu um baita vacilo, podendo variar mais suas opções e desanimando o jogador a desbloquear os outros personagens. No entanto, existem estatísticas associadas a cada um. Mas não senti a diferença na prática, confesso. Sobre as armas, existem cinco variações de espadas samurais como a Katana e a Nodachi, mas o jogo insiste no modelo de jogar para desbloquear, demorando muito para conseguir obter todas. E olha, não me senti desafiado a continuar a desbloquear. Die by the Blade desanima o jogador antes disso.
Gráficos e outros detalhes
Die by the Blade é um jogo sem graça. E os gráficos e sons fazem parte disso. Tudo bem, é um jogo indie e tudo mais, mas sério… é complicado. Parecia ser algo tão lindo e fluido e, quando vi, a coisa era totalmente diferente. É tudo muito simplório e pouco natural. Não tem emoção, graça, sei lá. Os personagens são sem graça, a demora para desbloquear armas é chata, os cosméticos não são tão interessantes e, por fim, a jogabilidade é muito monótona. Até com os amigos o jogo não fica tão bacana assim, e olha… “EU TENTEI”, mas o tédio venceu.
O jogo poderia ter explorado muito, mas muito mais, dando abertura para mais aparadas, fluidez nos controles e movimentos. Os combos poderiam ser mais responsivos e interessantes para os jogadores, e algumas partes do corpo poderiam não ser cortadas imediatamente, dando um pouco mais de emoção ao duelo. Mas não, não tem nada disso e soa totalmente raso para quem veio cheio de expectativa, como eu. E, bem, acho que o vacilo foi meu de acreditar em trailers e sonhar alto. Enfim, faz parte.
Vale a pena jogar Die by the Blade?
Acho que esta crítica diz por si só minha sensação com Die by the Blade. No papel e nos trailers, o jogo parecia ser algo totalmente diferente, com uma proposta ousada e atraente. Mas não. Um jogo de luta baseado em armas, com uma mecânica de morte instantânea, acabou me trazendo uma experiência monótona, com problemas gráficos, de jogabilidade e sem alma nenhuma, sendo algo bem desanimador e que não cativou em nada a dar continuidade.
Resumindo, Die by the Blade é frustrante, vazio e, assim, fica extremamente difícil indicá-lo para você, leitor ou leitora. Existem tantos jogos bons no mundo, que esse infelizmente (infelizmente mesmo, pois eu estava muito empolgado), esse pode passar batido na sua vida. E é isso, não há muito mais o que falar do jogo da Grindstone.
*Review elaborada em um PC equipado com uma GeForce RTX, com código fornecido pela Grindstone.