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Bayonetta 3 | Review

Lançado dia 28 de outubro deste ano, exclusivamente para o Nintendo Switch, Bayonetta 3 é o mais novo hack and slash da famosa bruxa Umbra. O jogo foi desenvolvido pela nipônica PlatinumGames, responsável também por Nier: Automata, The Wonderful 101 e Vanquish, em parceria com a empresa do encanador bigodudo, Nintendo.

Prove que você é a bruxa mais malvada do mundo lutando contra um mal misterioso que está empenhado em mergulhar a humanidade nas profundezas do caos. Em Bayonetta 3, você usará as armas perversas de Bayonetta e a nova e poderosa habilidade Demon Masquerade para explodir, pisar e bater nos inimigos com emocionantes combos exagerados e poderes demoníacos.

Foram oito anos do lançamento de Bayonetta 2 para o terceiro jogo da série, e será que essa longa espera valeu a pena? Se ficou curioso, vem comigo, pegue lá na geladeira aquela pizza geladinha de ontem e vamos conferir em mais um review do Pizza Fria!

Bayonetta no multiverso da loucura

Bayonetta 3 tem início em um grande confronto, onde a glamorosa bruxa Bayonetta, enfrenta uma misteriosa força conhecida como Singularity, que planeja viajar entre as diferentes realidades do Multiverso, matando as Bayonettas de cada um deles, para roubar o poder das bruxas e levar para o Alphaverse, sua realidade.

Ao testemunhar a inevitável derrota da heroína, Viola, uma bruxa Umbra em treinamento, é enviada para um universo diferente, localiza e alerta a Bayonetta de lá, sobre os Homunculis que são controladas pelo vilão, e pede ajuda para localizar cinco diferentes mecanismos conhecidos como Chaos Gears, que se encontram espalhadas pelo Multiverso.

Bayonetta 3
Bayonetta como sempre, linda e cheia de personalidade (Imagem: Reprodução)

E assim, as bruxas partem em uma jornada entre os Multiversos, encontrando e interagindo com diferentes Bayonettas, cada uma com seu próprio estilo e personalidades.

Um universo para cada jogador

Bayonetta 3 é um game que irá agradar a todos os públicos e felizmente pode ser jogado em 3 modos de dificuldade distintos:

  • O casual, que é recomendado para jogadores casuais, aqueles que geralmente não passam muito tempo jogando e preferem apreciar a história sem enfrentar dificuldades. Mas atenção, neste modo as suas pontuações não subirão para lista de rankings.
  • O Standard, que como o próprio nome sugere, é a dificuldade padrão. Ela é recomendada para jogadores que estiverem a fim de aproveitar a história passando os perrengues básicos das batalhas, mas sem passar com desafios extremos.
  • Por fim a dificuldade Expert que é a recomendada para jogadores veteranos. Para aqueles que curtem uma ação mais frenética e querem desafiar suas próprias habilidades, esse é um prato cheio.

Além disso, caso você esteja comprando Bayonetta 3 para um menor de idade, ou mesmo se você não quiser ver cenas de sangue e violência, o game conta com o Naive Angel Mode, ou Modo Anjo Ingênuo em tradução livre, que diminuirá a violência do game, mas deixará o conteúdo principal intacto.

Bayonetta 3
O Naive Angel Mode deixa o jogo mais suave, caso você queira menos violência ou cenas com exposição (Imagem: Reprodução)

A arte de cortar, massacrar e conjurar em Bayonetta 3

Com relação no que se diz à jogabilidade de Bayonetta 3, temos comandos simples e precisos, mas nada muito fora do padrão hack and slash.

Basicamente, pressione o botão X para soco, o botão A para chute, pressionar Y faz com que Bayonetta atire e B pula. Analógico direito trava a mira nos inimigos, é o botão que abre o menu e o + é o botão de pausa, onde felizmente temos um Photo Mode para registrar os melhores momentos da heroína.

O botão ZR é o de esquiva, pressionar o botão ZR pouco antes de um ataque inimigo acertar a Bayonetta, ativa o Witch Time, uma arte defensiva que concede às bruxas Umbra uma velocidade incrível e torna o mundo ao redor lento. Quanto mais precisa for a esquiva, maior será a duração do Witch Time.

Bayonetta 3
A jogabilidade é responsiva e intuitiva e o sistema de combos é bem divertido (Imagem: Reprodução)

Além dos comandos básicos, Bayonetta conta com uma imensa gama de habilidades que se diferenciam pelas armas equipadas. Com o conjunto de pistolas Color My World equipado, por exemplo, é possível segurar B no ar para planar, enquanto o G-Pillar faz com que Bayonetta de um salto impulsionado e Ignis Araneae Yo-Yo transforme-a em uma aranha lançadora, por exemplo.

O sistema de combos em Bayonetta 3 é simples e responsivo, podemos equipar e alternar entre 3 demônios para invocar e é possível alternar entre duas armas previamente equipadas, o que faz com que as possibilidades de combo sejam quase infinitas.

Bayonetta 3
Neste exemplo de clímax, devemos pressionar A até atingir a máxima pontuação (Imagem: Reprodução)

Além disso, após a luta contra certos inimigos o clímax poderá ser ativado. Esse ataque geralmente acionado com botão X+A consiste em um grande ataque massivo, realizado muitas vezes durante uma sequência de Quick Time Event.

Mecânicas exclusivas do terceiro jogo

O combate de Bayonetta 3 recebeu ótimas novidades e o Demon Slave é uma delas. Agora é possível usar invocações demoníacas diretamente nos combates, segurando o botão ZL, Bayonetta é capaz de chamar um Demônio Infernal. Durante essa invocação, Bayonetta não pode se mover, ao invés disso, controlamos e atacamos com o próprio demônio.

Além dessa, temos também a Demon Masquerade, um poder das Bruxas Umbra onde elas podem canalizar as almas dos demônios para se transformar e ganhar habilidades físicas muito aprimoradas. Os ataques da Demon Masquerade são ativados no final dos combos, liberando golpes finais devastadores. É possível usar esse poder para se mover mais rápido durante as batalhas, para isso, basta pressionar o botão ZR duas vezes.

A união das bruxas Umbra

As mecânicas acima citadas em sua maioria já são conhecidas do primeiro e segundo jogos da série e são voltadas à bruxa Bayonetta. Porém temos outra excelente, ousada e muito bem vinda novidade nesse terceiro game. Além de Bayonetta, controlamos Jeanne e Viola e cada uma delas possui seu próprio estilo e jogabilidade.

A bruxa de platina, como é conhecida Jeanne, é uma bruxa Umbra, que sobreviveu à caça às bruxas de 500 anos atrás, juntamente com a protagonista. Ela é responsável por algumas missões paralelas do game e sua jogabilidade é a que mais se difere entre as três personagens, pois é ao estilo Elevator Action, ou seja, Jeanne se infiltra em um prédio como espiã e deve atravessar pelos andares em um ambiente em duas dimensões, subindo e descendo elevadores e entrando por portas para se esconder e coletar itens.

Essa ousada ideia da Platinum foi muito bem implementada e quebra um pouco a jogabilidade frenética e o ritmo desenfreado do hack in slash de Bayonetta e Viola.

Bayonetta 3
A ideia aqui foi muito bem implementada e quebra um pouco a jogabilidade frenética e o ritmo desenfreado do hack in slash de Bayonetta e Viola (Imagem: Reprodução)

Viola por sua vez, mantém-se no mesmo ritmo frenético da Bayonetta, porém com uma diferença na jogabilidade que altera completamente a gameplay. Para iniciar o Witch Time com ela, ao invés de desviar do ataque pressionando o botão ZR no momento certo, você deverá bloquear o ataque pressionando R no momento certo.

Apesar de não parecer, essa pequena mudança na jogabilidade fez toda a diferença e até me acostumar com o tempo da defesa e com a mudança de botão, tive de gastar um bocado de itens de cura.

Sejam bem vindos ao portão do inferno!

Um antigo conhecido de Bayonetta está de volta, Rodin, o Armeiro Supremo, uma figura musculosa e misteriósa, dono de um bar decadente conhecido como The Gates of Hell, escondido em um canto isolado da cidade.

Ao encontrar um gramofone antigo flutuando durante os estágios não pense em passar batido. É no The Gates of Hell que o grandalhão nos fornece uma grande variedade de itens e serviços, desde comida a armas e até mesmo tesouros aparentemente sobrenaturais.

É aqui que podemos dar uma parada para respirar um pouco, salvar o progresso durante a aventura e gastar as seeds e halos coletadas durante a jornada.

Bayonetta 3
Imagem: Reprodução

E por falar em itens, outra boa novidade em Bayonetta 3 é que os itens de cura em estoque não são limitados como nos jogos anteriores e é possível comprar de Rodin, quantos itens suas seeds deixarem.

O trabalho audiovisual em Bayonetta 3

Apesar de não ser perfeito, Bayonetta 3 parece aproveitar ao máximo o hardware do console da Nintendo, é possível perceber nos detalhes dos cenários e nos efeitos visuais, todo o esforço feito pela PlatinumGames para otimizar e inserir tudo isso no console híbrido.

O jogo funciona extremamente bem, tanto no modo dock quanto no portátil, e apesar das quedas de frame que não incomodam, mas ocorrem em certos momentos e das aparentemente baixas resoluções nos cenários, os diretores cinematográficos Yuji Shimomura, que trabalho em Metal Gear Solid V: The Phantom Pain, Bayonetta 1 e 2 e Devil May Cry 4, e Masaki Suzumura, também de Devil May Cry 4 e Babylon’s Fall fizeram um excelente trabalho e Bayonetta 3 é quase uma produção holliwoodiana.

Bayonetta 3
Apesar dos serrilhados, Bayonetta 3 é lindo e a ação frenética desenfreada faz com que os problemas técnicos do game desapareçam (Imagem: Reprodução)

A trilha sonora que acompanha a obra está impecável, as músicas perfeitas para cada momento, e apesar da polêmica envolvendo Hellena Taylor, antiga dubladora, é impossível dizer que a voz da canadense Jennifer Hale não caiu como uma luva para dar vida a nossa heroína.

Vale a pena jogar Bayonetta 3?

De uns meses para cá, tem sido difícil a tarefa de poupar dinheiro, quando se é proprietário de um Nintendo Switch. O console tem recebido os melhores lançamentos exclusivos, Xenoblade Chronicles 3, Mario + Rabbids Sparks of Hope e agora, Bayonetta 3, que é mais um desses título obrigatórios.

A PlatinumGames acertou em quase todos os aspectos e a única ressalva que eu faria aqui, é a ausência de legendas em Português do Brasil. Porém, se isso não for um incômodo para você, sem dúvidas Bayonetta 3 é um prato cheio, bem recheado de muita diversão.

Bayonetta 3 foi lançado dia 28 de outubro para Nintendo Switch e está sendo vendido por R$ 299,00 na Nintendo eShop do Brasil.

*Review elaborada com código fornecido pela Nintendo.

Bayonetta 3

R$ 299,00
9

História

8.0/10

Gameplay

9.5/10

Gráficos e Sons

9.0/10

Extras

9.5/10

Prós

  • Game frenético e cheio de ação.
  • As variações de jogabilidade.
  • O sistema de combates ficou muito divertido.

Contras

  • Ausência de legendas em Português do Brasil.

Filipe "Bdama" Villela

    Aficionado por jogos desde cedo, de Bomberman, Zelda, Sonic ou Mário, indo dos clássicos das gerações passadas, até os indies e mais variados AAA atuais. Viciado em desafios, colecionador de platinas e consoles antigos, para mim não importa a plataforma ou gráficos de um jogo, sou movido pela emoção da aventura de conhecer e desbravar novos mundos, uma viagem única que apenas cartuchos e cd's podem nos levar. Embarque comigo nesse mundo de possibilidades infinitas e venha descobrir novos mundos e maneiras de se aventurar!