Dying Light 2 Stay Human | Review

Dying Light, lançado em 2015, é um dos meus jogos preferidos de todos os tempos. Lembro que, à época, eu havia adquirido meu PlayStation 4 há alguns meses, e foi um dos primeiros jogos que terminei no meu, então, novo console. E ainda pude jogar com amigos, em uma experiência cooperativa que indico para qualquer um que me perguntar. Logo, era bastante natural minha expectativa pela sequência, que foi anunciada na E3 2018, ganhou um novo trailer na E3 2019, e depois… desapareceu. Foi aparecer publicamente apenas em 2021, já com o nome oficial de Dying Light 2 Stay Human, ganhando data de lançamento para o mesmo ano, mas sendo adiada para o começo de 2022.

Felizmente, minha ansiedade pelo jogo não precisou esperar tanto. Com lançamento marcado para a próxima sexta-feira, 4 de fevereiro, a Techland nos enviou uma cópia antecipada e eu tive tempo suficiente para terminar a história uma vez, explorar muito o mapa, fazer muitas sidequests e, já adianto, ficar com um gostinho de quero mais. Sem mais delongas, vamos para mais uma review antecipada do Pizza Fria!

Continue humano

Se você jogou o primeiro Dying Light, esqueça o clima “leve” (apesar do iminente fim do mundo) e as piadinhas que nortearam boa parte da narrativa do jogo. Dying Light 2 Stay Human é um jogo sombrio, que representa exatamente aquilo que se espera do comportamento humano anos após o apocalipse, pois não há mais espaço para fracos.

Você é Aiden Caldwell, um peregrino que, assim como Kyle Crane do primeiro game, se infecta com o vírus Harran no começo da narrativa. Essa é a primeira explicação para o Stay Human (continue humano, em português) do título do game. Você deve sobreviver, mesmo com o natural avanço da infecção. A segunda está na série de escolhas que você deve tomar, que afetarão diretamente o futuro de Villedor, a cidade do jogo.

Dying Light 2 Stay Human
Os Sobreviventes são o primeiro contato dos jogadores em Villedor na história de Dying Light 2 (Imagem: Divulgação)

Essas decisões são postas à prova em praticamente todos os momentos do game. Em quase toda missão principal, você deverá escolher um lado. Em muitas das missões secundárias, também. E muitas dessas escolhas poderiam ser consideradas egoístas, pois Aiden tem seus próprios objetivos em Villedor. Agir em prol da comunidade, ou manter o foco apenas naquilo que procura? O que você faria no fim do mundo?

Gerenciando Villedor

Mais do que isso, essas decisões vão afetar diretamente o futuro de Villedor e de seus habitantes. E essas decisões que você toma afetam diretamente quem controla a cidade, e a consequente linha de missões que você vai seguir. Isso porque a cidade é dividida em duas áreas: a velha Villedor, e o Anel Central, uma área enorme, com arranha-céus que fazem Harran, a cidade do primeiro game, parecer um parquinho infantil. Segundo a Techland, o mapa de Dying Light 2 Stay Human é 4 vezes maior do que o do primeiro jogo, e isso ficou evidente ao jogar. Seja na horizontal ou na vertical, há muito o que fazer.

Dying Light 2 Stay Human
A velha Villedor está em constante transformação em Dying Light 2 (Imagem: Divulgação)

São três facções que disputam o território de Dying Light 2 Stay Human, que é dividido em distritos: os Sobreviventes, os Pacificadores e os Renegados. Ao jogar, você poderá escolher o lado apenas dos dois primeiros, sendo que o último grupo são os antagonistas da história. E quanto eu digo escolher o lado, é literalmente isso que você vai fazer. Isso porque Villedor tem áreas desativadas, as Torres de Água, de Rádio e as Centrais Elétricas. Ao cumprir missões nessas Instalações, você deve dar o controle delas para umas das duas primeiras facções que citei, e o consequente controle do distrito em questão.

Os Sobreviventes, bom, como o próprio nome diz, são pessoas sem afiliação militar, que buscam continuar vivos no fim do mundo. Já os Pacificadores são uma unidade formada por ex-militares, que acreditam que que é preciso ordem em meio ao caos para que as coisas mantenham uma normalidade. E não há nenhum lado certo ou errado nessa história. Você pode tomar decisões controversas, e depois descobrir que agiu de uma forma equivocada pois julgou antecipadamente o caráter de um personagem, sem saber todos os lados da história. Assim como é a vida.

Dying Light 2 Stay Human
Já o Anel Central é uma metrópole em ruínas (Imagem: Divulgação)

Isso aconteceu comigo. No começo, decidi confiar em um dos personagens que se apresentou à mim. Mas, ao continuar fazendo missões com um foco maior na outra facção, eu fui obrigado a “trair” esse personagem, que acabou sendo deixado à mercê da morte. Só que ele retornou, em péssimas condições de saúde, e uma das missões opcionais seguintes era sobre salvá-lo ou não.

Só que o personagem em questão tinha cônjuge e filhos, que eram contra o tratamento medicinal que o jogo propôs. No fim, uma série de decisões sequenciais precisaram ser feitas, sendo que minhas escolhas poderiam matá-lo. Mas a morte do dito personagem poderia ser benéfica para as escolhas que eu tinha feito até então, pois ele poderia identificar Aiden como culpado por um dos problemas que eles tiveram no passado. Complexo, mas dá para ter uma ideia do nível de decisões morais que é preciso tomar em Dying Light 2.

Dying Light 2 Stay Human
Os Renegados são o grupo de antagonistas de Dying Light 2. Mas será que são mesmo? (Imagem: Divulgação)

Muitos anos depois…

O vírus Harran dizimou boa parte do mundo e só restaram poucos humanos, que agora tentam sobreviver como podem em uma sociedade em ruínas. E para sobreviver durante todo este tempo, é preciso que mudanças sejam feitas. A principal delas é que a Villedor de Dying Light 2 não conta com armas de fogo em seu gameplay! Os desenvolvedores chegaram a falar em Moderna Idade das Trevas e a explicação está em uma das missões secundárias. Essa missão, inclusive, sugere que há um estoque de armas de fogo em algum lugar da cidade, mas eu não encontrei. Mas também não procurei ativamente, então não duvido que exista como um belo easter egg, pra ser sincero.

E, além dessa transformadora mudança no gameplay, a ambientação de Dying Light 2 é de “tirar o chapéu”. É possível ver que a natureza recuperou aquilo que era dela, principalmente com vegetação nascendo em muitos dos telhados de Villedor, e da própria ruína de uma cidade bombardeada. Há carros abandonados destruídos pelo tempo, ou pela ação humana, assim como há regiões inteiras intactas. O trabalho da Techland foi realmente incrível aqui.

Dying Light 2
A era das trevas voltou! (Imagem: Divulgação)

Mais do que a ambientação, isso gerou profundas mudanças nos próprios infectados. Se o vírus Harran, no primeiro jogo, gerou poucos tipos de infectados, a variedade é bem maior após anos de evolução. São infectados de diferentes tamanhos, força e habilidades. Isso sem contar uma militarização do vírus, que é um dos pilares da narrativa do game, mas guardaremos os spoilers.

A evolução do gameplay

O primeiro Dying Light introduziu a mescla de parkour e sobrevivência, mas de uma forma mais branda. Apesar de termos movimentos interessantes, a maioria deles se resumia a decidir de enfrentávamos ou se corríamos dos infectados, e como deveríamos fazer nossa escolha. Cair em sacos de lixo, colchões e carros continua a melhor maneira para evitar a morte em quedas, mas Dying Light 2 dá um enorme passo rumo à evolução da franquia, inserindo mais movimentos e também uma árvore de habilidades focada somente em movimentos ágeis.

Naturalmente, o principal objetivo da Techland ao inserir o parkour na franquia foi permitir a verticalidade do jogo. E agora, com anos de infecção, foi preciso se reinventar. Assim ganhamos algumas novidades, que auxiliam e muito nas escaladas para os arranha-céus de Villedor. E a principal delas foi a inclusão do parapente.

Dying Light 2 Stay Human
O parapente é de grande utilidade ao explorar o verical mapa de Villedor (Imagem: Divulgação)

Mas você não vai voar infinitamente, nem vai conseguir se manter em uma beirada de prédio por muito tempo. Isso porque Dying Light 2 também ganhou um atributo chamado Vigor, que nada mais é do que seu fôlego. Ele é fundamental para lutar, escalar e voar com seu parapente. E como estamos em um universo onde toda escolha importa, você deve escolher entre aprimorar seu Vigor ou melhorar a Vitalidade, que permite aguentar mais dano, seja de quedas ou golpes. Obter essas melhorias vem através de Inibidores, que você deve encontrar em caixas espalhadas pelo mundo.

Soma-se a isso a enorme árvore de habilidades de Dying Light 2, que se divide em duas abas: Combate e Parkour. Lá, você vai poder definir por qual caminho seguir, distribuindo os pontos obtidos ao completar missões em qual habilidade você julga mais útil para o momento. Há algumas “clássicas”, que já fizeram parte do jogo original, como o Chute Aéreo ou o Deslizar sob obstáculos. Escolha sempre de acordo com o melhor uso que você pode pensar em dar no futuro.

Dying Light 2 Stay Human
A árvore de habilidades de Dying Light 2 completa, com o HUD oculto (Imagem: Divulgação)

Essa mudança ainda trouxe uma importante alteração no próprio combate de Dying Light 2, pois os elementos de parkour foram integrados aos duelos que o protagonista enfrenta. Por exemplo: defender e contra-atacar, saltando sobre inimigos e chutando outros, é uma opção agora. E também o Gancho, que foi muito nerfado e agora serve, basicamente, como um apoio de cordas, mas de uma forma inferior à vista em Uncharted: Legacy of Thieves Collection, pois não há como se mover verticalmente nele.

No entanto, a melhor adição ao gameplay de Dying Light 2 Stay Human foi a introdução de um elemento chamado Imunidade, que aumenta conforme você melhora o Vigor ou a Vitalidade. Como Aiden está infectado, ele precisa estar em constante contato com Luzes UV para atrasar a infecção, e esse elemento funciona como um cronômetro. Assim, nas missões noturnas, ou em ambientes fechados, você tem um tempo para cumpri-las, ou vai morrer. Encontrar Luzes UV ou a própria luz solar recupera a Imunidade, o que destaca ainda mais os elementos de sobrevivência do game.

Dying Light 2 Stay Human
As Luzes UV ganharam ainda mais importância em Dying Light 2 (Imagem: Divulgação)

Falando em noite, uma das principais mudanças na relação protagonista x infectado está nas Perseguições, que nada mais é quando os Infectados começam a correr atrás de vocês durante a noite. Elas são divididas em níveis, e, quanto mais alto, maiores os perigos. Achei a mudança interessante, pois a sensação que eu tive quando começa uma perseguição, sem armas de fogo, era de que eu precisava correr, não olhar pra trás e me esconder o mais rápido possível.

Mas as perseguições não começam de forma aleatória. Elas são convocadas por um novo tipo de infectado, chamado de Uivador, que grita ao te ver e “convoca” outros infectados para irem ao seu encontro. Lembra bem o slogan do primeiro jogo. Boa noite, boa sorte, né?

Dying Light 2 Stay Human
Olá, velho amigo! Os temíveis Voláteis estão de volta em Dying Light 2 (Imagem: Divulgação)

Sobrevivendo em Villedor

Para sobreviver em Villedor, você precisa de recursos. E, não, você não precisará encontrar comida ou água, afinal, não é um jogo de sobrevivência no sentido mais literal dos jogos. Mas precisará executar muitas tarefas que vão tornar sua vida na cidade bem mais fácil. Elas são chamadas de Atividades, que recompensam os jogadores conforme a progressão. E elas são muitas, muitas mesmo, que garantem muitas horas de jogo.

Cada “?” do mapa de Dying Light 2 guarda um segredo. Ele pode ser um Acampamento de Bandidos, uma Zona de Segurança Inativa, um Moinho de Vento, um Centro de Pesquisa ou uma Anomalia do EGS (porque não é mais GRU em PT-BR, Techland?). O meu preferido foi enfrentar as Anomalias, por dois motivos. Primeiro porque elas aparecem só à noite, o que aumenta o grau de desafio. Segundo porque é bem interessante ver as bizarrices criadas pela evolução do vírus. Mas os complecionistas ainda vão encontrar desafios de Parkour e Combate, lojas, comboios e entregas aéreas para serem saqueadas, prometendo loots incríveis, além de monumentos.

Dying Light 2 Stay Human
Correr não é uma opção (Imagem: Divulgação)

Eu também achei um que a Techland utilizou uma técnica bastante curiosa em Dying Light 2 na limitação das dimensões do mapa. Embora ele tenha muita profundidade, e pareça quase interminável ao chegarmos na “borda” deles, eles são limitados por uma espécie de ácido, que chegou à cidade durante o bombardeio que ocorreu no começo da infecção. Ao entrar em contato com o ácido, nossa Imunidade cai rapidamente, e somos mortos, mesmo na luz do dia. Uma integração interessante, que ficou bem natural na forma como foi implementada.

Por fim, cumprir missões e ganhar experiência nos farão subir de nível. Como em um bom RPG, eles são indicativos do que é preciso para andar no distrito com alguma “tranquilidade”, marcada pelo equipamento que você tem. Você pode equipar Máscaras, Luvas, Blusas, Braçadeiras, Calças e Tênis, que podem formar conjuntos (dando um ganho extra) e melhorando sua Armadura. As armas também contam com níveis, e é preciso gastar recursos para melhorar Consumíveis e Acessórios nos Mestres Artesões do jogo, o que afeta diretamente a janela de criação de itens.

Dying Light 2 Stay Human
Noites traiçoeiras em Dying Light 2 (Imagem: Divulgação)

Infectado?

Bom, se tudo o que eu falei de Dying Light 2 até agora eram coisas que eu considero positivas, também é importante pontuar sobre os problemas do jogo. Apesar de ser um jogo bonito visualmente, com uma ambientação espetacular, houve uma certa “preguiça” da equipe de desenvolvedores ao reaproveitar certos assets do jogo.

Para começar, vários encontros com os Renegados parecem um eterno replay, pois estes NPCs parecem compartilhar do mesmo asset de personagem: um careca embaixo da máscara – essa sim, diferente. O problema é se você quebrá-la, pois aí parece que eu estava lutando com um grupo de sete irmãos gêmeos, usando a mesma roupa, mas com armas diferentes.

Dying Light 2 Stay Human
Dying Light 2 parece compartilhar de muitos ambientes similares (Imagem: Divulgação)

Outros lugares que parecem um Ctrl C + Ctrl V são as estações de metrô, que são o meio de transporte usado para Viagem Rápida. Apesar de, no ambiente exterior, elas parecem bem diferentes, após concluirmos o objetivo, é preciso ligar a energia e é nessa parte subterrânea delas que parece um projeto de engenharia reaproveitado, pois todos os lugares são extremamente similares.

Por fim, Dying Light 2 também padece dos mesmos problemas que o original passou em seu lançamento: muitos bugs visuais, que chegam até a ser engraçados, é verdade. Infectados voadores, ou se movendo alucinadamente após mortos, inimigos caindo dentro de paredes, infectados iguais e etc. Nada que chegou a atrapalhar muito a experiência, mas preciso ressaltar que no último boss do jogo, eu tive um bug em que ele acabou preso em um objeto do cenário, e precisei reiniciar o combate.

Extras

Dying Light 2, assim como o original, também chega ao Brasil totalmente localizado em português do Brasil. E é uma dublagem que merece muitos elogios, principalmente de Aiden e Waltz, um dos antagonistas, que passam uma segurança de que o dublador estava, de fato, vendo a cena. Além disso, é importante ressaltar que o jogo conta com tecnologia de sincronia labial em português, que embora não funcione com 100% de precisão, é bem interessante de se ver.

Outro fator que merece atenção é como que o jogo se portou muito bem no PlayStation 5, em Modo Desempenho. Não notei quedas nos FPS e observei que não há tanta perda de qualidade gráfica se comparado ao Modo Resolução. De toda forma, uma análise técnica do Digital Foundry deverá nos passar os dados exatos em breve.

Dying Light 2 Stay Human
Todos os NPCs de Dying Light 2 contam com sincronia labial em português (Imagem: Divulgação)

Um outro destaque que preciso falar é que não tive a oportunidade de testar o modo cooperativo no período pré-lançamento, pois a Techland nos informou que ele ainda precisava de ajustes e não estava totalmente funcional. Inclusive, a empresa confirmou que vai lançar um Patch Day One, com correções, e espero que algumas das que citei acima sejam corrigidas.

Vale a pena comprar Dying Light 2 Stay Human?

Dito tudo isso, você já imagina o meu veredito para Dying Light 2 Stay Human. Como um fã do primeiro jogo, eu tinha uma expectativa bem alta e estou feliz em confirmar que elas foram atendidas. A sequência supera o original em todos os aspectos, e entrega uma experiência rica, com uma enorme e profunda linha narrativa, uma ambientação espetacular e um ótimo gameplay, apesar de ainda contar com bugs. Se eu tinha qualquer ressalva quantos aos elementos de RPG, que mudaram totalmente o formato do primeiro jogo, elas foram esquecidas logo nas primeiras horas de jogo.

Além disso, Dying Light 2 promete ser mais um daqueles jogos “sem fim”. A Techland já confirmou duas DLCs de história, e suporte contínuo ao jogo pelos próximos cinco anos. Se consideramos que o primeiro Dying Light foi lançado em 2015 e segue recebendo conteúdo até hoje, sabemos que não ficaremos “órfãos” de novidades tão cedo quanto ao novo lançamento.

Dying Light 2 Stay Human será lançado na próxima sexta-feira, 4 de fevereiro, para PlayStation 4, PlayStation 5Xbox One, Xbox Series X|S e PC, via Steam. O título conta com upgrade gratuito para a nova geração de consoles, tanto na versão física, quanto na versão digital.

*Review elaborada em um PlayStation 5, com código fornecido pela Techland.

Dying Light 2 Stay Human

+ R$ 249,00
9

História

10.0/10

Gráficos e Sons

8.5/10

Gameplay

8.5/10

Extras

9.0/10

Prós

  • Escolhas que realmente importam
  • Grande linha narrativa
  • Gameplay aprimorado e mais realista
  • Muito conteúdo
  • Localizado em PT-BR

Contras

  • Bugs visuais
  • Muitos assets iguais

Lucas Soares

Jornalista e fã de videogames desde criança. Já teve Mega Drive, Game Boy Color, PS1, PS2, PS3, PS4, PSVR, PS Vita, Nintendo 3DS e agora tem "só" um PS5, um Nintendo Switch e um PC Gamer. Para ele, o melhor jogo da história é Chrono Trigger, mas Metal Gear Solid 3, Final Fantasy X, The Last of Us Part II e Red Dead Redemption 2 completam o Top-5.