Remnant II: The Awakened King | Review

Remnant II: The Awakened King é a mais nova DLC lançada para, acreditem se quiserem, Remnant II. Desenvolvido pela Gunfire Games e publicado pela Gearbox Publishing, o conteúdo extra nos leva para novas aventuras no bioma de Losomn, disponível no título original.

E aí, será que vale a pena revisitar o título? É o que veremos agora, em mais uma análise do Pizza Fria.

Vilarejos e castelos

Saudações, leitores e leitoras do multiverso. Estamos aqui reunidos, mais um dia, para duas tarefas de suma importância. Primeira, saudar o nome desse adorável websítio nomeado em homenagem a um alimento que, como a vingança, se torna mais saboroso ao ser provado frio. Clássico! Segundo, para falarmos de Remnant II: The Awakened King, o mais novo DLC de Remnant II. Em minha análise, dei a nota de 8.6 citando:

Ao fim e ao cabo, caros e caras, curti meu tempo com Remnant II e acredito que seja um sucessor de respeito ao título original, expandindo onde era possível e mantendo o padrão de qualidade proposto no começo. A jogabilidade agradável somada ao fator rejogabilidade carrega boa parte da experiência nas costas, e compensa com folga qualquer ponto que ele venha a falhar. Por isso, posso recomendar tranquilamente.

Eu do passado

Para esse novo capítulo da saga, a desenvolvedora nos prometeu um novo arquétipo (ou classe), novos conteúdos de história e masmorras no bioma de Losomn, mais itens e algumas armas cabulosas, alguns novos inimigos e mais chefes para enfrentar. O conteúdo pode ser acessado ou com a geração procedural já realizada quando jogamos o título naturalmente, ou através de uma experiência mais guiada através do modo aventura. Essa última foi minha escolhida, e também é sugerida pelos desenvolvedores para aproveitar melhor os novos mapas e tramas sem precisar contar com a sorte.

Remnant II: The Awakened King
Olha o bicho vindo. (Imagem: Divulgação)

História

Remnant II: The Awakened King começa com nosso herói chegando em um dos novos mapas, a costa de Losomn. O bioma original já contava com um vilarejo dilapidado cheio de gente maluca louca para nos encher de chumbo, mas a DLC o amplia com novas zonas, documentos para achar e alguns novos NPCs. A trama por trás da aventura trata do Rei Legítimo, que desperta de seu sono doidão de vingança na mente e pronto pra descontar sua raiva em tudo e todos. Além disso, todo esse rolê serve como uma amarra para completar algumas aventuras que se iniciam na campanha original do jogo,

Uma coisa muito interessante que fizeram aqui, e eu curto muito, foi utilizar o cenário para contar histórias, mais do que apenas animações ou personagens conversando. As ruas de Losomn nos fazem ter uma ideia dos efeitos do despertar do rei, e de um evento de fusão de mundos que também ocorre no local. Essa narrativa mais a estética dos cenários me fez lembrar de Bloodborne, outra joia rara que utiliza desse artifício muito bem.

Para aproveitamento real, sugiro jogar a primeira vez no modo singleplayer, para poder parar e apreciar a coisa. Como muito é contado através de nossas experiências visuais, ter que acelerar porque nosso time só quer ir atrás de loot é meio complicado, não é mesmo? Por fim, achei a duração da trama boa, ainda que pudesse ser um pouco mais longa.

Remnant II: The Awakened King
Vai dar bom, confia. (Imagem: Divulgação)

Jogabilidade

Para Remnant II: The Awakened King, vou me ater mais ao que a DLC traz de novo. Para meus resmungos acerca do como o jogo funciona, é só dar uma olhadinha lá na review original. Bom, para começar, devo dizer que achei o arquétipo novo bom demais. Inclusive, larguei meu boneco original para focar completamente nele.

Chamado de Ritualista, ele é focado em aplicar status negativos no inimigo, potencializando o estrago feito através do uso das novas armas e equipamentos fornecidos pela DLC, bem como daquelas que já possuíamos no jogo original. Utilizar a magia dele, mais a espingarda de fogo, é uma belezura. Basta um combo para ver a vida do inimigo descer mais rápido que meu saldo bancário em dia de pagamento de boleto. Basta juntar com outro arquétipo que compense a fragilidade da classe e ser feliz para sempre.

As armas e armadura novas também possuem um visual bem legal, complementando muito bem o que há de novo e ficando bem dentro da estética geral do DLC. Quanto aos mapas, eles se encaixam tão bem que parecem já estarem lá desde o começo. Achei isso muito bom, ainda mais levando em conta o fator aleatório utilizado pelo jogo na hora de montar os mapas e áreas pelas quais iremos passar.

Deste lado, acho que Remnant II: The Awakened King conseguiu entregar bem. Contudo, ele pode parecer consideravelmente menor se jogado nas dificuldades mais baixas, principalmente se já tiver um personagem todo montado e equipado. Nesse caso, subir em alguns pontos o desafio do jogo pode ser uma boa para poder fazer a aventura durar mais, e ser mais desafiadora.

Remnant II: The Awakened King
O ritualista é brabo demais. (Imagem: Divulgação)

Remnant II: The Awakened King também adiciona novos inimigos e chefes ao jogo. Os primeiros são bons para dar uma variedade, principalmente nos mapas que já existiam. Contudo, alguns servem mais para frustrar do que para melhorar a experiência. Temos alguns nos esgotos que são de encher a paciência, rápidos, com muita vida, dano de longe e, geralmente, bem do lado de quedas que podem nos matar. Lamentável.

Já os chefes são bem legais, em minha opinião. A primeira que enfrentei foi bem divertida, com mecânicas simples a ponto de não ser tão irritante, mas desafiadora o suficiente para poder me manter o ligado. O chefão final é bem legal e imponente, divertido tanto de enfrentar quanto de ver. Novamente, subir a dificuldade faz os combates serem ainda mais emocionantes.

Remnant II: The Awakened King
Convidativo. (Imagem: Divulgação)

Sons e Visuais

Remnant II: The Awakened King adiciona alguns cenários bem legais, incrementando muito a atmosfera já interessante de Losomn. Aquele ar vitoriano destruído, com suas ruas cinzentas e cheias de entulho, conseguem nos colocar no clima sem dificuldade nenhuma. O tempo chuvoso também ajuda muito e, diferente do que acreditava, não foi taxativo na performance do jogo. A trilha sonora ainda segue boa, mas acredito que eu tenha ficado mais impressionado pelas coisas que estavam acontecendo na tela, naquele momento.

Remnant II: The Awakened King
Oh, dia feliz. (Imagem: Divulgação)

Vale a pena jogar Remnant II: The Awakened King?

E não é o que nos perguntamos, leitoras e leitores? Remnant II: The Awakened King vale a pena? Bom, para começar é preciso saber que ele não faz mudanças na estrutura de Remnant II, mas sim adiciona novidades. Além disso, é importante manter em mente que a maior parte do conteúdo é melhor explorado quando feito sozinho e em maior dificuldade. Dito isto, vamos lá.

Pelo lado positivo, temos um arquétipo muito divertido de usar, acompanhado de boas armas e itens. Os novos cenários e masmorras são divertidos de explorar, e os novos chefes são desafiadores. Além disso, achei a exposição da trama bem feita e de maneira atmosférica. Do negativo, quem não quiser jogar num modo mais difícil pode achar a DLC curta demais, e alguns dos novos inimigos são um porre.

Ao fim e ao cabo, eu acredito que Remnant II: The Awakened King é uma DLC de sucesso para Remnant II, oferecendo ainda mais do que já gostava e me dando novos motivos para jogar. Acredito que seu aproveitamento vá variar pelo quanto que curtiu o jogo base mas, de todo modo, acredito que valha a pena experimentar.

Remnant II: The Awakened King está disponível para PC, via Steam e Epic Games Store, PlayStation 5 e Xbox Series X|S.

*Review elaborada em um PC equipado com uma GeForce RTX, com código fornecido pela Gearbox Publishing.

Remnant II: The Awakened King

+ R$ 35,99
8.6

História

8.0/10

Sons e Visuais

9.0/10

Jogabilidade

8.5/10

Extras

9.0/10

Prós

  • Arquétipo novo é muito legal de usar
  • Novos chefes são desafiadores
  • Armas e itens novos valem a pena
  • Novas áreas casam bem com o bioma já existente
  • Cenários atmosféricos

Contras

  • Pode ser curto, dependendo da dificuldade
  • Alguns novos inimigos são irritantes

Matheus Jenevain

Redator de idade não especificada e habilidade excepcional (segundo o próprio, acredite se quiser). Curte Metroidvanias, RPGs e jogos de luta. Reza toda noite, intensamente, para receber um remake de God Hand. Nunca foi atendido.