Especial

O videogame perdeu para os jogos de celular? Entenda a jornada do console ao telefone

Desde que os smartphones ficaram mais acessíveis ao público comum, a indústria de videogames tem enfrentado questionamentos sobre sua relevância e o futuro dos consoles tradicionais nesse cenário.

Muito mais do que uma simples disputa por popularidade, essa transformação evidencia as mudanças nos hábitos de consumo, as preferências dos jogadores, e, acima de tudo, o avanço tecnológico que tem moldado novas formas de entretenimento.

No PC gamer ou consoles de videogame, há mais espaço para campanhas com narrativas profundas, como visto em “The Last of Us”.

Não se trata de afirmar que um formato é superior ao outro, mas sim de reconhecer a coexistência de duas soluções distintas que atendem às expectativas e necessidades de tipos diferentes de jogadores.

O console de videogame, por exemplo, tem o poder de unir amigos e famílias em torno de uma experiência compartilhada, como os divertidos confrontos em “Mario Party” ou as cooperações estratégicas em “It Takes Two”. Esses são momentos que cultivam memórias, onde a interação face a face adiciona uma camada extra de conexão entre os jogadores.

Por outro lado, os smartphones abriram portas para uma audiência mais vasta, incluindo competições online em títulos como “Clash Royale” e “Stumble Guys”, assim como chamou a atenção de jogadores casuais em quebra-cabeças como “Candy Crush” ou “Garden Escapes”. O setor de cassino mobile é outra área que se beneficiou desse crescimento.

E é certamente mais acessível jogar no smartphone, já que o próprio dispositivo é um bem de consumo, e boa parte dos apps são gratuitos. Tudo isso contrasta com o investimento necessário para adquirir um console de videogame e seus jogos. E já podemos ver a movimentação de empresas que buscam distribuir conteúdo de consoles clássicos em celulares. GTA Trilogy (compilado de jogos do Playstation e Xbox) aparece como um dos mais baixados da plataforma Netflix Games.

Essa transição do console para o mobile não é apenas uma questão de mudança de dispositivo, mas reflete também a evolução da própria indústria de jogos. Desenvolvedores já não pensam seus jogos exclusivamente para grandes telas, mas também para o formato de toque, aproveitando as capacidades específicas dos dispositivos móveis para criar experiências únicas. A potência dos smartphones atuais, muitas vezes, equipara-se à dos consoles de entrada, tornando a linha entre um jogo “mobile” e um jogo “de console” cada vez mais difusa.

Em relação ao modo como a comunidade se comporta ao consumo de informações, há semelhanças. Da mesma forma que as antigas revistas com dicas de games eram procuradas na década de 90, hoje em dia os apostadores também buscam estratégias e novidades em mídia especializada, como o Metacritic (agregador de resenhas), canais no YouTube e guias de jogos de cassino.

Ao refletir sobre se o videogame perdeu para o mobile gaming, talvez a questão mais acertada seja reconhecer como esses dois universos têm encontrado formas de coexistir e se complementar.

Onde essa aventura nos levará, ainda é incerto. No entanto, uma coisa é clara: a paixão por games continua a evoluir, assim como as plataformas através das quais exploramos novos mundos, enfrentamos desafios e fazemos novas conexões.

Pizza Fria

    Perfil criado para postagens de textos colaborativos. Quer aparecer no Pizza Fria? Entre em contato conosco!