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Momodora: Moonlit Farewell | Review

Momodora: Moonlit Farewell é um adorável metroidvania, de produção nacional, desenvolvido pela Bombservice e publicado pela PLAYISM. Nele, acompanhamos as aventuras, e desventuras, de uma corajosa sacerdotisa em busca de uma solução para um mal que assola a vila em que vive. Ah, o bom e velho conto da heroína.

E aí, será que vale a pena acompanhar ? É o que veremos agora, em mais uma análise, simplesmente sensacional, do Pizza Fria!

Por quem os sinos dobram ?

Título de um influente livro escrito por Ernest Hemingway, de uma música cantada por Raul Seixas e, em sua versão inglesa, de um som pauleira do Metallica. Esse jargão se conecta ao título de hoje apenas por se tratarem de sinos, e seus eventuais badalares, mas não podia deixar de usar a oportunidade para sugerir três belas peças artísticas para que apreciam. Quem disse que Pizza Fria também não era um espaço cultural ?

Seguindo o baile, hoje trago para vocês uma série de resmungos e devaneios, vulgarmente conhecido como minhas reviews, acerca de um joguinho bem interessante que, além de tudo, é produto nacional. Do Brasil para o mundo! E agora, descendo pela passarela, temos Momodora: Moonlit Farewell, banhado pela lua e seguido por uma bela procissão de gatos e coelhos fofinhos.

Lembro-me de ter jogado o primeiro jogo da série, ao menos creio que o fosse, e achei uma experiência bem leve e divertida. Agora, chegamos ao final da saga Momodora com a promessa de uma jogabilidade ainda mais sofisticada e refinada, entregando o que há de melhor nos metroidvanias. E aí, será que conseguiram? Venham comigo, amados e amadas, e iremos descobrir.

Momodora: Moonlit Farewell
A bênção, sacerdotisa. (Imagem: Divulgação)

História

Momodora: Moonlit Farewell conta as aventuras de Momo Reinol, uma sacerdotisa boa de briga que precisa resolver um problema bem simples. Coisa pouca, bobeirinha. Nada além de dar um jeito em um monte de demônios que começaram a invadir sua vila, e redondezas, após o badalar misterioso, e nada agradável, de um certo sino.

Além disso, a presente situação coloca em risco a Árvore Sagrada de Luna, que dá vida e auxilia na restauração, e manutenção, do povo da vila de nossa protagonista. Por isso, então, Momo sai pulando, batendo e flechando tudo que encontra pela frente, ao mesmo tempo que faz amigos e aprende mais sobre os tais sinos e as forças sinistras que os controlam.

Analisada como um todo, a trama de Momodora: Moonlit Farewell é bem simples, tanto nas motivações que a colocam em curso quanto em seu desenvolvimento. Contudo, Momo e companhia fazem com que ela se eleve, em muito pela forma como foram escritas e como as personagens interagem umas com as outras. Eu curti bastante, e realmente acredito que isso faz com que a trama vá além de uma simples obrigação contratual.

Momodora: Moonlit Farewell
Momo e suas aventuras. (Imagem: Divulgação)

Jogabilidade

Momodora: Moonlit Farewell , em sua essência, é um metroidvania clássico. Assim, iremos lutar com muitos inimigos enquanto pulamos e esquivamos de armadilhas para cá e para lá. Além disso, sempre estaremos encontrando uma arma ou habilidade que nos permitirá acessar novos lugares do mapa ou, em certos momentos, liberar novas rotas por onde já passamos.

Começando pela exploração e plataforma, o jogo entrega uma experiência bem legal. Os controles são bem responsivos e precisos, e nenhuma de minhas mortes foi causada por Momo se recusando a fazer o que foi pedido. Andar pelo mapa também é legal, principalmente quando liberamos novos lugares, mas achei que ouve um excesso de backtracking em certos momentos.

Mas isso até que nem foi problema, visto que sempre há algum segredo para encontrar. Momodora: Moonlit Farewell marca todas as salas que passamos, e com algo a se encontrar, com um “?”, e sempre há bons motivos para revisitar. Todos os upgrades de nossa heroína, como aumento de ataque e vida, são encontrados pelas salas, e não com aumento de níveis e experiência. Portanto, explorar é essencial e, mais que tudo, bem divertido.

Falando em melhoria de personagens, outra forma de deixar Momo mais apelona é através do uso de sinetes. Eles podem ser encontrados pelas salas ou criados por uma amiga nossa, e realmente podem dar uma boa vantagem na hora de bater de frente com os monstrões. Temos um limite de cinco por vez, ao máximo, e eles concedem benefícios como aumentar o dano das flechas, bater mais forte quando estamos para morrer, nos dão companheirinhos ajudantes e por aí vai.

Momodora: Moonlit Farewell
Vários sinos pequeninos. (Imagem: Divulgação)

O combate de Momodora: Moonlit Farewell é bem divertido e responsivo, ainda que não seja muito desafiador ou elaborado. Em suma, temos um botão para atacar, um para pular, curar, rolar e lançar flechas. Nenhum inimigo é super complexo de enfrentar, e o jogo pode ser terminado sem grandes dificuldades. O que não quer dizer, contudo, que as mecânicas sejam funcionais. O sistema de sinos, junto das habilidades de exploração, dão um certo nível de customização e possibilidade de construção de builds.

Resumindo, o game é bom de jogar, tanto no combate quanto na exploração. Os controles são precisos, e andar pelo mapa é tão legal quanto tranquilo. O lado B disso, entretanto, é que boa parte do desafio se perde, ainda que joguemos em dificuldades mais altas. Certas habilidades quebram com facilidade muitos inimigos, ao que percebi. Contudo, não chega a ser um grande problema.

Momodora: Moonlit Farewell
Cai dentro! (Imagem: Divulgação)

Sons e visuais

Momodora: Moonlit Farewell tem visuais espetaculares, com cenários e sprites muito bem desenhados, coloridos e animados. O título é um deleite visual, sendo um dos mais bonitos no estilo pixelizado que vi recentemente. Ainda que os mapas não sejam enormes, temos uma boa variedade de temáticas, e nunca ficamos enjoados. Realmente fantástico.

A trilha sonora também não deixa a peteca cair, com efeitos bem gravados e músicas que embalam muito bem a experiência. Principalmente, devo adicionar, aquelas mais tranquilas e serenas. Boas para embalar o estudo ou momentos de maior concentração, devo adicionar. Agradaram demais.

Momodora: Moonlit Farewell
Alá o bichão. (Imagem: Divulgação)

Vale a pena comprar Momodora: Moonlit Farewell?

É isso aí que vocês leram, caros e caras. Será que Momodora: Moonlit Farewell vale a pena, em um mundo de cada vez mais correria e menos diñeros ? Bom, vamos relembrar o que falamos até o momento para tentar chegar ao grande veredito final, por tantos esperado e desejado. Estão prontos ? Então, bora colocar esse bloco na rua.

De positivo, Momodora: Moonlit Farewell entrega uma jogabilidade sólida, tão agradável de controlar quanto assistir. O título possui boas mecânicas, as aplica com sucesso e, ainda, recompensa o jogador curioso que vasculha cada cantinho. De negativo, cito apenas certa facilidade demasiada em alguns pontos, e que o combate poderia ser um pouco mais bem explorado.

Mas, nada muda o fato de que Momodora: Moonlit Farewell é um jogaço. Que, inclusive, pode ser um excelente primeiro metroidvania para aqueles que ainda não conhecem o gênero. Mas, não pensem que ele não vale a pena para os mais velhos de guarda. Há muito aqui, e bem executado, para agradar todos os públicos. Super recomendo.

Já disponível para PC, via Steam, Momodora: Moonlit Farewell chega para Nintendo Switch, PlayStation 5 e Xbox Series X|S em 6 de fevereiro de 2025.

*Review elaborada em um PC equipado com uma Geforce RTX, com código fornecido pela PLAYISM.

Momodora: Moonlit Farewell

BRL 52,49
9

História

8.0/10

Gameplay

9.0/10

Gráficos e Sons

10.0/10

Extras

9.0/10

Prós

  • Lindo e ver e ouvir
  • Jogabilidade precisa e divertida
  • Boa exploração, recompensando o jogador curioso
  • Marcar as salas com segredos usando o "?" é uma mão na roda
  • SIstema de sinos adiciona uma boa camada de customização

Contras

  • Poderia ser mais desafiador
  • Combate poderia ser um pouco mais bem desenvolvido

Matheus Jenevain

    Redator de idade não especificada e habilidade excepcional (segundo o próprio, acredite se quiser). Curte Metroidvanias, RPGs e jogos de luta. Reza toda noite, intensamente, para receber um remake de God Hand. Nunca foi atendido.