Mulheres inspiradoras na indústria dos jogos

Quando pensamos em mulheres na indústria dos jogos, geralmente pensamos na ideia de que a mulher é sempre excluída e rejeitada como criadora e desenvolvedora de games eletrônicos. No entanto, nesse 8 de março, data conhecida como o Dia Internacional da Mulher, trago para vocês algumas mulheres pioneiras e certamente inspiradoras para todas nós – brancas, negras, cis e trans –, que sonham com um futuro criando jogos. É importante deixarmos registrado que além da nossa luta para um ambiente mais justo e menos sexista dentro dos jogos, as mulheres também têm belas histórias para contar dentro dos jogos.

Roberta Williams

Mulheres Inspiradoras na Indústria dos Jogos
Especial 8 de Março | Mulheres Inspiradoras na Indústria dos Jogos (Imagem: Divulgação)

Nascida em 1953, essa game designer pioneira foi a criadora da Sierra On-Line junto do marido Ken Williams, que lançaram em 1980, para PC, o primeiro jogo de aventura com gráficos da história, Mystery House. Logo depois veio King’s Quest, seu jogo mais famoso – e que deu início a uma franquia que durou mais de 30 anos, com seu último jogo lançado em 2016.

Poucas pessoas podem dizer que criaram um gênero de jogos, e Roberta definitivamente trabalhou para conquistar esse privilégio e um legado que dura até hoje e vai superar a nossa existência, com jogos de aventura que cada vez apresentam gráficos mais incríveis, histórias cada vez mais elaboradas e todos eles têm esse elemento em comum: existem graças ao trabalho incrível de Roberta Williams.

Amy Hennig

Mulheres Inspiradoras na Indústria dos Jogos
Especial 8 de Março | Mulheres Inspiradoras na Indústria dos Jogos (Imagem: Divulgação)

E por falar em aventura, uma das maiores diretoras e roteiristas dos jogos não pode faltar! Amy Henning, nascida em 1964, começou a sua carreira na Nintendo, passou pela Crystal Dynamics onde trabalhou na série Legacy of Kain, para em seguida alçar níveis ainda maiores na Naughty Dog, onde trabalhou em Jak & Daxter e, claro, criou a amada série de jogos de aventura Uncharted!

É praticamente impossível falarmos de game design e roteiros para jogos sem mencionarmos Henning, e com uma carreira que não podemos chamar de algo que menos que “avassaladora”, com certeza inspira mulheres de todas as idades que sonham e lutam para alcançar um lugar de prestígio nos jogos da mesma forma que Amy.

Jay-Ann Lopez

Mulheres Inspiradoras na Indústria dos Jogos
Especial 8 de Março | Mulheres Inspiradoras na Indústria dos Jogos (Imagem: Divulgação)

Com um grupo no Facebook, Jay-Ann começou uma revolução na criação de conteúdo de jogos com o Black Girl Gamers, um coletivo com mais de 8000 mulheres negras de todo o mundo que se tornou um poderoso agente de mudança de paradigma dentro da indústria dos jogos. Além de ser a CEO do Black Girl Gamers, Jay-Ann Lopez também oferece consultorias de jogos e é apresentadora no GTV, da Ubisoft.

Bryanna Nasck

Mulheres Inspiradoras na Indústria dos Jogos
Especial 8 de Março | Mulheres Inspiradoras na Indústria dos Jogos (Imagem: Twitter)

Aqui no Brasil também temos mulheres fantásticas nos jogos como a Bryanna, que é uma streamer com mais de 50 mil seguidores nas suas redes e é a criadora do TropiCaos, organização e E-Sports e entretenimento eletrônico, que oferece espaço para mais mulheres das formas mais diversas possíveis, além de homens cis e trans, de todas as raças.

Uma homenagem à todas nós, mulheres

Essa lista é apenas uma pequena fração de todas as mulheres inspiradoras e corajosas do infinito universo dos jogos, uma forma singela de homenagear todas que deixaram e ainda deixam a sua marca e a esperança de que é possível vivermos em um ambiente saudável para compartilhamos o nosso amor em comum: os jogos!

A luta é constante e incansável, mas que essa singela lista sirva de respiro para quando as coisas estiverem difíceis: pense nessas mulheres e acredite, você, mulher, também nos dá tanto orgulho quanto elas nos dão!

Feliz 8 de março! Feliz Dia Internacional da Mulher!

Flávia "Cassiopeia"

    A publicidade a escolheu, mas ela não escolheu a publicidade. Preferiu os jogos, principalmente aqueles que enchem os olhos e divertem por horas a fio. Gosta muito de piadinhas que ninguém entende e é uma das poucas donas de um PS Vita no Brasil, de acordo com as próprias estatísticas. Atualmente joga no que as pessoas ao seu redor chamam de "PC da NASA" mas nenhum foguete foi lançado do seu quintal até o momento.