Os 10 melhores The Legend of Zelda segundo Metacritic
The Legend of Zelda: Skyward Sword HD foi anunciado no mais recente Nintendo Direct e esse foi o gatilho para conferirmos quais dez títulos contam lendas de Zelda e são extremamente bem recebidos pela crítica com ajuda do site Metacritic como agregador de pontuações. Já sabe o que é que dizem sobre a voz do povo, né? Por isso, muito provavelmente seu capítulo favorito de The Legend of Zelda está nesta lista, mas… Em qual posição exatamente?
A franquia esboçada pelo lendário game designer Shigeru Miyamoto para a Nintendo é famosa por ser pioneira em diversas inovações de jogabilidade e conceitos revolucionários nos jogos eletrônicos. Não só isso: também é reconhecida por constantemente apresentar títulos de altíssima qualidade. Vamos lá!
The Legend of Zelda: The Minish Cap
Game Boy Advance (2005), Virtual Console (Wii U) |
Metacritic 89 🟢 |
Tendo vendido apenas 1.76 milhão de cópias, The Minish Cap só fica a frente de outro jogo na série principal, The Legend of Zelda: Tri Force Heroes, que vendeu 1.34 milhão de unidades no Nintendo 3DS. Por isso, este é o jogo com menos alcance nesta lista. Contudo, é uma verdadeira injustiça que tão pouca gente possa ter experimentado o excelente título lançado para Game Boy Advance em 2005.
Este é um dos raros jogos de Zelda cujo antagonista não é Ganon ou Ganondorf: o feiticeiro Vaati transforma a princesa Zelda em pedra e o rei de Hyrule envia Link em uma busca por localidades inéditas. Logo no começo, você encontrará um gorro mágico e falante chamado Minish Cap, cujo poder é encolher Link e levá-lo em uma aventura contra inimigos gigantes e repleta de passagens secretas.
The Legend of Zelda: Phantom Hourglass
Nintendo DS (2007), Virtual Console (Wii U) |
Metacritic 90 🟢 |
The Legend of Zelda: Phantom Hourglass muitas vezes tem a aparência de um protótipo, pois o jogo experimenta com as capacidades específicas do Nintendo DS: desenhar no mapa para traçar a rota de seu barco, soprar no microfone para forçar o vento, fechar o console para transferir a inscrição em uma tela à outra… Nem isso tira o brilho de uma experiência rica e divertida, bem única na franquia.
Além de Majora’s Mask, os jogos para Nintendo DS são praticamente os únicos que podem ser chamados como continuações diretas (neste caso, de The Wind Waker).
A verdade é que Phantom Hourglass e Spirit Tracks compõem duas metades de um mesmo todo, mas é o primeiro que guarda um lugar muito estimado na memória dos fãs.
Esta aventura começa quando um navio fantasma rapta Tetra, Link se encontra em uma ilha desconhecida. Phantom Hourglass apresentou amigos inesquecíveis na franquia, como a fada Ciela e o capitão Lineback.
The Legend of Zelda: A Link Between Worlds
Nintendo 3D (2013) |
Metacritic 91 🟢 |
The Legend of Zelda: A Link Between Worlds é um dos jogos mais estranhos até hoje em toda a franquia (excluindo, claro, aqueles para Philips CDi). Com seu conceito “meio remake, meio continuação” da obra-prima do Super Nintendo, A Link to the Past, A Link Between Worlds é tão excelente que leva a medalha de bronze no ranking do Metacritic para Nintendo 3DS e, pessoalmente, acredito que seja indispensável para todos os donos do console.
Como curiosidade, no Japão, A Link to the Past tem o título de A Triforça dos Deuses, enquanto A Link Between Worlds tem literalmente o nome de A Triforça dos Deuses 2. Este jogo traz a incrível mecânica de navegar entre mundos diferentes transformando-se em uma pintura de parede e explora uma Hyrule (e Lorule) com muito charme e visuais fantásticos.
Deixando de lado os muitos toques de remake e as similaridades, A Link Between Worlds é de fato uma continuação direta lançada 21 anos depois. Sua trama acontece seis gerações após os eventos de A Link to the Past e Link deve ir em busca dos Pingentes da Virtude e da Espada Mestra para derrotar o vilão Yuga. A revelação de Ravio, o mercador ambulante, vale uma jogada por si só.
The Legend of Zelda: Skyward Sword
Nintendo Wii (2011), Nintendo Switch (2021) |
Metacritic 93 🟢 |
The Legend of Zelda: Skyward Sword foi lançado no Nintendo Wii como parte da celebração para os 25 anos da série. Apesar de uma excelente recepção crítica à época, o jogo se tornou divisivo entre fãs com o passar dos anos. A adoração pelos belos visuais e pelas mecânicas inovadoras para a série (nem tanto para o cenário de jogos) se apagou e deu espaço às críticas dos problemas em design geral, alçando Skyward Sword ao patamar de um bom jogo, mas um The Legend of Zelda medíocre.
Seja como for, com Skyloft vazio e algumas convenções já obsoletas, The Legend of Zelda: Skyward Sword também guarda seus trunfos: a relação entre Zelda e Link ganha aqui sua melhor representação; Goose é um antagonista chato, porém carismático; e os controles por movimento, ainda que não sejam ideais, tentaram renovar o defasado combate dos jogos tridimensionais da série.
Não estaria na minha lista de dez melhores The Legend of Zelda, mas – como sempre – é indispensável jogar um título deste porte e o público terá a oportunidade de jogá-lo novamente no Nintendo Switch, com gráficos em alta definição e novos controles.
The Legend of Zelda: Skyward Sword HD será lançado no dia 16 de julho de 2021.
The Legend of Zelda: A Link to the Past
Super Nintendo (1992), Game Boy Advance (2002), Virtual Console (Wii, Wii U, Nintendo 3DS), Nintendo Switch Online |
Metacritic 95 🟢 |
É difícil não pensar em legado ao se falar de Super Nintendo. Diria até que é mais difícil que Dark Souls, Ninja Gaiden e Battletoads juntos em uma tentativa sem dano e com uma guitarra como controle. Muitos não viram ou nem mesmo entenderam a proposta de The Legend of Zelda: A Link to the Past no comecinho dos anos 1990. Contudo, hoje podemos ver facilmente a ambição e o escopo grandioso de um jogo desproporcionalmente belo, peculiar e enorme.
Talvez A Link to the Past sofra um pouco do mal de ser um produto à frente de seu tempo, pois, apesar de colher aclamação universal e ser inesquecível, parece que gerações mais novas passaram batidas e tiveram sua iniciação com The Legend of Zelda em Ocarina of Time. Nenhum resumo fará jus e, por isso, digo somente que A Link to the Past envelheceu fantasticamente bem e merece ser descoberto por todos (até mesmo revisitado)!
The Legend of Zelda: Majora’s Mask
Nintendo 64 (2000), Nintendo GameCube (Collector’s Edition), Nintendo 3DS (2015), Virtual Console (Wii, Wii U) |
Metacritic 95 🟢 |
[respira fundo para falar do Zelda favorito]
The Legend of Zelda: Majora’s Mask é considerado o filho esquisito da franquia. Existe a fala de lugar-comum sobre como o título é mais sombrio que os demais. E, por mais que exista uma pegada inegavelmente angustiante e sobre o julgamento final iminente, abaixo da superfície, Majora’s Mask é sobre encontrar forças em tempos difíceis, sobre manter a esperança e visão otimista para que o amanhã seja um dia melhor que o hoje, sobre batalhar e perseverar na construção do futuro.
O maior exemplo que posso dar para sustentar o argumento é o reecontro de Pamela com seu pai e o amanhecer do quarto dia.
Eu sei, eu sei… A discussão sobre como cada um interpreta uma mesma obra de arte (e como o significado da obra já não pertence ao artista) é infinita. Majora’s Mask foi feito aproveitando os recursos gráficos e sonoros de Ocarina of Time, liberando esforços do time de desenvolvedores e permitindo o foco na criação de conteúdo. O resultado é o eterno reviver da rotina dos três dias precedentes à “queda” da Lua sobre Termina.
O elenco de personagens sempre está ocupado e estão lutando ou preocupando-se com algo. Salvar do mundo é parte quase secundária já que nos tornamos próximos aos residentes de Clock Town e arredores. A maior tragédia é a lição final do jogo, praticamente análoga à vida (e não à morte, como muitos tentam ver), que apesar do otimismo, nunca teremos tempo de resolver todos os problemas e nem poderemos levar tudo aquilo que gostamos para o amanhecer de um novo dia.
[expira e fecha o resumo, poderia falar páginas sobre o jogo!]
PS: Junte-se à Operação Moonfall.
The Legend of Zelda: Twilight Princess
Nintendo GameCube (2006), Nintendo Wii (2006), Nintendo Wii U (2016) |
Metacritic 96 🟢 |
Verdade seja dita, Twilight Princess nasceu e teve os visuais que teve graças à pirraçada feita pelos “nintendistas” que odiaram a apresentação de The Wind Waker. A Nintendo ouviu o chilique e lançou transgeracionamente um The Legend of Zelda incrível, que aproveita ao máximo a força do GameCube, mas que deixa transparecer um pouco da falta de foco do projeto devido suas missões e sua jornada com péssimo ritmo de jogabilidade e de progressão.
Não me entenda mal: The Legend of Zelda: Twilight Princess carece de uma revisão final para avaliar os descompassos, mas ainda assim tem méritos suficientes para se distinguir. O combate com montaria foi uma evolução tamanha que apenas podemos sonhar como seria ter uma mecânica igual em Ocarina of Time e Majora’s Mask.
Dois pontos merecedores de destaque são a narrativa e os personagens. Midna é facilmente a pessoa com mais complexidade emocional entre todos The Legend of Zelda, uma companheira que enriquece a aventura. Na trama, Link é assolado por uma maldição remanescente do filme O Feitiço de Áquila, algo que poderia ser mais explorado. Mas todas as cenas de dueto e os aprendizados de um Hero’s Shade ultrapassam esse vazio.
The Legend of Zelda: The Wind Waker
Nintendo GameCube (2003), Nintendo Wii U (2013) |
Metacritic 96 🟢 |
Quem viveu nos tempos do anúncio de The Wind Waker (olha a idade aparecendo!) sabe que a estrondosa reprovação dos visuais foi mais alta do que o sussuro que foram os elogios. Não acredita? Confira este artigo do Zelda Dungeon com comentários feitos após a revelação.
O tempo, contudo, provou como a direção artística de The Wind Waker foi certeira: jogue-o em um GameCube em 2021 e você verá visuais coloridos e bem trabalhados como de um desenho animado matinal.
Como a arte de The Legend of Zelda: The Wind Waker é um tópico tão forte, falar de sua estética acaba desviando a atenção de outros pontos no qual o jogo se destaca: o grande oceano, com todas suas ilhas sobre uma Hyrule submersa, é um feito técnico incrível e proporciona uma jornada gigante e emocionante.
Minha aposta é que ainda veremos o relançamento de The Legend of Zelda: The Wind Waker HD, a versão de Nintendo Wii U com melhorias e missões reeditadas, no Nintendo Switch em algum momento de 2021, assim como Twilight Princess HD.
The Legend of Zelda: Breath of the Wild
Nintendo Wii U (2017), Nintendo Switch (2017) |
Metacritic 97 🟢 |
The Legend of Zelda: Breath of the Wild… poderia ter salvado o Wii U? É o responsável imediato pela ótima largada do Nintendo Switch e pelo seu consequente sucesso?
Breath of the Wild certamente não salvou o Nintendo Wii U e… não acredito que sua ausência sacrificaria o Switch… Seja como for, o jogo ficou em desenvolvimento por anos, sendo adiado algumas vezes. A espera valeu muito a pena, já que Breath of the Wild repensou muitas convenções e tradições da série, revolucionando-a de maneira comparável com seu salto às três dimensões.
Para mim, Breath of the Wild é um desses jogos que definem uma década ou uma geração, portanto, se você deixou de jogá-lo, você tem uma dívida com sua vida nos games para os 2010s (inclua Dark Souls e Red Dead Redemption). O jogo marcou não só a transição de The Legend of Zelda para o formato de mundo aberto, mas uma revolução para o gênero.
Quantos jogos você pode dizer que, além de reinventarem sua franquia inteira, reinventam um gênero inteiro? Bem… 👇
The Legend of Zelda: Ocarina of Time
Nintendo 64 (1998), Nintendo GameCube (Collector’s Edition), Nintendo 3DS (2011), Virtual Console (Wii, Wii U) |
Metacritic 99 🟢 |
Joguei A Link to the Past antes de Ocarina of Time, porém não dei a devida atenção – talvez por ser muito novo e não entender o todo ou talvez pelo domínio ainda inicial do inglês. Às vésperas do Natal de 1998, meu irmão e eu, com um pouco de sorte, conseguimos alugar esse jogo que varria críticas perfeitas e elogios de todos.
Como era uma semana de festas, alugamos também Star Wars: Rogue Squadron, ligado apenas para conferirmos a abertura: nos primeiros minutos de The Legend of Zelda: Ocarina of Time, o retângulo da tevê de tubo ficou pequeno e a floresta Kokiri parecia tomar a sala. Foi um desses raros momentos sublimes de quando transcedemos em algo que nos chama muito a atenção.
Eu disse, alguns parágrafos acima, que Breath of the Wild reciclou a franquia e o gênero de mundo aberto… Pois bem: The Legend of Zelda: Ocarina of Time levou Zelda pela primeira vez às três dimensões e serviu de molde e de inspiração para virtualmente todo e qualquer jogo de aventura e fantasia tridimensional que surgiu desde então. Talvez só Super Mario 64 e Super Mario Bros. tenham definido mais regras na indústria.
Tentei contar minha experiência para fugir dos números das vendas e do clichê do legado, coisas já recontadas milhares de vezes. Você se lembra quando foi fisgado por este clássico? Do ponto sem retorno e de quando percebeu que se tratava de um jogo especial?
Uma lista pessoal
Bom, o intuito inicial era seguir a lista do Metacritic, mas aproveito para deixar os meus favoritos ordenados. Em outra hora eu conto o porquê!
Por enquanto, vale pensar positivamente e que não existe um definitivamente ou universalmente melhor – tenha em mente uma discussão saudável e fale sobre as impressões passadas pelo seu título The Legend of Zelda favorito. O que o faz único? O que você consegue perceber nele que a maioria das pessoas ignora ou deixa de ver?
- Majora’s Mask 3D
- Breath of the Wild
- Wind Waker HD
- A Link to the Past
- Ocarina of Time 3D
- A Link Between Worlds
- Phantom Hourglass
- Link’s Awakening
- Oracle of Ages e Oracle of Seasons
- Twilight Princess