Pipistrello and the Cursed Yoyo | Review
Pipistrello and the Cursed Yoyo chega nesta quarta-feira, 28 de maio. Trata-se de um jogo independente de ação e aventura em plataforma para um jogador, desenvolvido pela Pocket Trap — estúdio paulistano responsável pelos títulos Dodgeball Academia e Ninjin: Clash of Carrots — e publicado pela PM Studios.
Nesta emocionante aventura em 2D com visão top-down, o jogador explora um vasto cenário urbano. Em Pipistrello and the Cursed Yoyo, é possível percorrer os quatro bairros da cidade de Nova Voltania, que somam mais de mil telas repletas de desafios e segredos. O game convida o jogador a se infiltrar nas corporações dos quatro chefões do crime, navegando por prédios labirínticos, resolvendo diversos quebra-cabeças e enfrentando uma grande variedade de inimigos.
Domine manobras e golpes especiais com o poderoso ioiô, colete mais de 40 bótons e desbloqueie melhorias ao longo da jornada. Ficou curioso para saber como ficou o primeiro Yoyovania? Então já sabe, né? Dá aquela pausa de cinco minutinhos, prepara um café coado bem quentinho e vem comigo em mais uma análise antecipada aqui no Pizza Fria!
Eletrizante aventura em Nova Voltania
Pipistrello and the Cursed Yoyo se passa em Nova Voltania, cidade onde está sediada a Indústria Pipistrello — uma companhia de geração de energia elétrica que domina uma tecnologia patenteada capaz de absorver energia derivada da Rosa Denquinelia Selvagem, tornando-se absoluta em seu setor.
A jornada tem início com Pippit, um jovem morcego convencido de ser o maior jogador de ioiô de todos os tempos, retornando à cidade após vencer um grande torneio. O morceguinho descolado sabe como aproveitar o dinheiro da família para se divertir e, ao chegar à mansão dos Pipistrello, parte em busca de sua tia, a Imperatriz do Monopólio de Energia, Madame Pipistrello. No entanto, logo percebe que algo está fora do lugar.
Após uma breve exploração inicial — que também serve como tutorial dos movimentos básicos — Pippit finalmente encontra sua tia. Mas antes que possam conversar, os dois são atacados por um grupo de ladrões que tenta aprisionar a alma de Madame Pipistrello em Mega Baterias. Em meio ao caos, o habilidoso morcego intervém com seu ioiô e, acidentalmente, aprisiona parte da alma da tia no próprio brinquedo.

A partir daí, com Madame Pipistrello parcialmente selada em seu ioiô e os criminosos à solta, Pippit parte em uma jornada pelas ruas de Nova Voltania, com objetivo de recuperar os quatro fragmentos restantes da alma de sua tia, salvar seu corpo e descobrir o que está por trás desse estranho plano — tudo isso enquanto enfrenta inimigos, resolve quebra-cabeças e prova, mais uma vez, que é o verdadeiro mestre do ioiô.
Jogabilidade simples, divertida e responsiva
Pipistrello and the Cursed Yoyo é um jogo em pixel art, com visão top-down — ou seja, como o próprio nome sugere, o jogador vê o cenário de cima, com foco na disposição dos ambientes e elementos. Esse estilo permite uma visão clara do mapa, facilitando o planejamento tático. Sem dúvidas, foi uma escolha sábia por parte dos desenvolvedores, já que o foco principal do game está na resolução de quebra-cabeças.
Dito isso, meus amigos, a jogabilidade de Pipistrello and the Cursed Yoyo é simples, divertida e bastante responsiva. Os comandos são fáceis de aprender, e o jogo apresenta novas habilidades de ataque e exploração conforme você avança. Sinceramente? Apesar de ser uma experiência para um jogador, o jogo me lembrou bastante o clássico Goof Troop (ou Pateta e Max, do Super Nintendo), especialmente no ritmo e no tipo de desafio apresentado.
Com diferentes áreas, Nova Voltania oferece quebra-cabeças inteligentes e desafiadores, garantindo várias horas de diversão fora da missão principal. Confesso que passei um bom tempo completando desafios, procurando fórmulas de bótons e Contêiners de Pétala para expandir a vida de Pippit. Além da campanha principal, o jogo conta com missões secundárias — nada muito difícil ou profundo, em sua maioria sendo tarefas simples, como encontrar um item ou conversar com algum personagem.

O sistema de dificuldade em Pipistrello and the Cursed Yoyo é diferente e bastante interessante. Em vez do clássico modo fácil, médio ou difícil, o jogo permite que você personalize a dificuldade na aba de configurações. É possível adicionar vida extra e pontos de botons ao morcego, multiplicar o dano causado e recebido, ajustar a taxa de rosas e dinheiro deixados pelos inimigos (ou perdidos ao morrer) e até mesmo desligar o dano de queda. Essa abordagem flexível é uma adição muito bem-vinda, especialmente para quem gosta de ajustar a experiência conforme o seu estilo de jogo.
Ajuda sempre muito bem-vinda!
Assim como o Batman tem Alfred como seu fiel ajudante, em Pipistrello and the Cursed Yoyo temos os membros da família Pipistrello — mais especificamente Pepita e o chefe de desenvolvimento das Indústrias Pipistrello, Primo Pippo. Pepita é responsável por desenvolver as habilidades do morceguinho. Ao conversar com ela, você escolhe qual melhoria deseja adquirir e, logo de cara, já sai com ela equipada. No entanto, há um porém: você fica em dívida com Pepita, o que gera um efeito negativo temporário em sua jornada, até que consiga juntar dinheiro suficiente para quitá-la.
Entendeu? Pode até não parecer, mas é um sistema simples e desafiador. Por exemplo, a melhoria chamada Bolso de Morcego custa a Pippit 1200 moedas. Porém, como Pepita tem germofobia, ela se recusa a aceitar dinheiro diretamente. Em vez disso, uma parte da grana coletada a partir do momento em que você aceita a melhoria vai automaticamente para ela. Enquanto estiver em dívida, o poder de ataque de Pippit é reduzido em 1 ponto. E esse é só um exemplo — o jogo conta com 26 diferentes melhorias, cada uma com sua própria condição e impacto na jogabilidade.

Já o cientista Pipos é o responsável por usar os projetos encontrados ao longo do jogo para construir bótons — pequenos adornos que concedem vantagens como vida extra, aumento de dano ou até a habilidade de ver a barra de vida dos inimigos. Cada bóton oferece um efeito específico ao morceguinho, e ainda é possível refiná-los, reduzindo a quantidade de pontos de bótons, BP, necessária para poderem ser equipados. É um sistema que incentiva a exploração e a personalização do personagem, dando ao jogador liberdade para ajustar o estilo de combate conforme sua preferência.
Audiovisual de Pipistrello and the Cursed Yoyo
Pipistrello and the Cursed Yoyo transporta o jogador ao mágico mundo dos 16-bits, trazendo uma deliciosa sensação de nostalgia com seus gráficos pixelados e uma paleta de cores agradável, que destaca muito bem os sprites de Pippit, dos inimigos e dos diversos cenários do game. O game conta também com filtros de tela como LCD, Pixels Perfeitos, console 3D, escala de Pixel e tipo de fonte. Além disso, a trilha sonora é diversificada, com efeitos sonoros agradáveis que tornam essa nossa crocante aventura ainda mais saborosa.

Por fim — e isso é algo que nunca deixo de destacar nas minhas análises — Pipistrello and the Cursed Yoyo está totalmente localizado em português do Brasil, com diálogos descontraídos e até mesmo recheados de gírias em alguns momentos. Essa escolha aproxima ainda mais o público brasileiro da experiência e demonstra um cuidado especial com a nossa comunidade.
Vale a pena jogar Pipistrello and the Cursed Yoyo?
Sem dúvidas, Pipistrello and the Cursed Yoyo é um grande jogo — e sim, vale muito a pena jogar! Em tempos de games cada vez mais complexos, com mapas gigantescos e mecânicas que às vezes nos deixam perdidos, Pipistrello and the Cursed Yoyo aposta em um estilo lindo e uma jogabilidade extremamente prazerosa. E se você achou que o game agradaria apenas a velha guarda, está muito enganado: com seus quebra-cabeças criativos e desafiadores, ele é a pedida ideal para qualquer jogador apaixonado por boas experiências.
Ah, e como se tudo isso já não fosse motivo suficiente para dar uma chance ao morceguinho, vale lembrar que você mesmo pode testá-lo: uma demo gratuita pode ser baixada para PC e PlayStation.
Pipistrello and the Cursed Yoyo chega nesta quarta-feira, 28 de maio, para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox Series X|S, Nintendo Switch e PC, via Steam e Epic Games Store.
*Review elaborada em um PlayStation 5, com código fornecido pela Pocket Trap e PM Studios.