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Tokyo Clanpool | Review

Originalmente lançado em 2017 para o PS Vita, Tokyo Clanpool é um dungeon crawler com batalhas em turno e visuais de animações orientais. Em 19 de dezembro de 2024, o título finalmente recebeu localização para o inglês e agora também disponível para PC, via GOG.com, e Nintendo Switch.

Depois de tantos anos, será que valeu a pena relançar o jogo para o público ocidental? Vamos descobrir em mais uma análise do Pizza Fria!

História e visuais

Em Tokyo Clanpool, acompanhamos Natsume, integrante da equipe “Gin Dolls”, garotas que defendem Tóquio de ataques frequentes de criaturas. De repente uma torre emerge do céu, comunicando a todos que começariam uma guerra com a cidade em breve. Sem tempo a perder as Gin Dolls partem para descobrir mais sobre o que está acontecendo e impedir mais uma ameaça.

A narrativa é toda em formato de uma visual novel em 2D, e parcialmente animada. O tom da história de Tokyo Clanpool é o que se espera ao apenas de bater o olho no jogo: temos todos os estereótipos possíveis. Mesmo com um clima familiar constante durante toda sua campanha, a jornada completa não emplaca e é completamente focada no objetivo estabelecido no começo da campanha. Somando com a presença de uma boa dublagem, a narrativa é tranquila de se acompanhar, com poucas quebras de ritmo.

Os visuais de Tokyo Clanpool ainda se mantem com uma ótima qualidade, mesmo sete anos depois. O design dos monstros, chefes e das garotas são muito bem desenhados, com cores bastante chamativas e bonitas. Com seu aspecto visual sendo caprichada e agradável, ajuda a narrativa (que não apresenta reais surpresas) a não se tornar estafante.

Tokyo Clanpool
O jogo apresenta um completo sistema de progressão (Imagem: Reprodução/Higor Neto)

Combate e exploração

Tokyo Clanpool oferece uma grande quantidade de conteúdo antes mesmo de adentrarmos qualquer dungeon. Customização de visuais para as protagonistas, compra de acessórios, upgrades individuais e um sistema de criação de personagens de suporte muito similar as personas ou demônios dos RPGS da Atlus. Já dentro dos labirintos exploramos em primeira pessoa, procurando itens, passagens secretas e caminho para o próximo andar. No meio disso, nos deparamos com combates aleatórios ao longo de toda a jornada, cada vez mais frequentes até o desfecho.

O jogador possui um limite de mana por luta para usar seus golpes especiais, e o ritmo de luta é facil de entender, atacar usando a fraqueza, ou menor resistência do oponente. O diferencial fica na opção de União de alguma garota com suas parceiras, se transformando em um ser muito mais poderoso e com novos golpes por certo tempo. A variedade e utilidade de golpes do jogo são ótimas de fato, com uma progressão realmente recompensadora ao usar os golpes certos, ou melhorando os itens suficientemente para facilitar um encontro com chefes.

Essa variedade de opções vem as custas de uma UI intuitiva, além de que são tantos tutoriais nas primeiras horas que se torna bastante confuso. Não apenas o menu de combate não é suave de de navegar, todos os menus são poluído de informações. Isso resulta em um jogo que tem dificuldade em manter o jogador engajado.

Tokyo Clanpool
O menu de combate é confuso, assim (Imagem: Reprodução/Higor Neto)

Vale a pena comprar Tokyo Clanpool?

Mesmo com uma historia nada dedicada em trabalhar ou subverter seus clichês, é direta ao ponto e a competência visual e sonora ajudam a narrativa a seguir sem muitos problemas. Se conseguir superar a “barreira” que é a UI do jogo, e batalhas aleatórias não o incomodam, Tokyo Clanpool consegue te entreter ao longo de suas surpreendentes 30-40 horas de campanha.

Tokyo Clanpool está disponível para PC, via GOG.com, desde o dia 19 de dezembro, enquanto a versão para Nintendo Switch chegará ao ocidente em uma data posterior.

*Review elaborada em um PC equipado com GeForce RTX, com código fornecido pela eastasiasoft.

Tokyo Clanpool

BRL 199,50
6.5

História

5.0/10

Gameplay

6.5/10

Gráficos e Sons

7.4/10

Extras

7.2/10

Prós

  • Campanha extensa
  • Combate dinâmico
  • Visuais e sons agradáveis

Contras

  • Menus pouco intuitivos e poluídos
  • Histórias sem surpresas
  • Primeiras horas de gameplay lotadas de tutoriais
  • Sem legendas em PT-BR