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Monster Hunter Rise | Review

Monster Hunter Rise apresenta novas presas recitando um haikai, um estilo de poemas curtos tradicional do Japão. Em bom português, é mais fácil descrever o jogo com um ditado popular: se correr, o bicho pega; se ficar, o bicho come!

Lançado exclusivamente para Nintendo Switch, o título traz muita ação, aventura e RPG, colocando jogadores no papel de caçadores dos monstros que rondam a aldeia Kamura.

Monster Hunter Rise, desenvolvido e publicado pela Capcom, foi lançado em 26 de março de 2021 e já passou das 7 milhões de cópias vendidas. O sucesso é justificado: apesar de complexo, o jogo é extremamente viciante graças a sua forte motivação para juntar até quatro amigos pela internet e defender o lar de criaturas enormes. O jogo deve deixar de ser exclusivo no console da Nintendo durante o primeiro semestre do ano que vem, já que a Capcom planeja uma versão para PC.

Monster Hunter Rise: o que você precisa saber

Monster Hunter Rise é o sexto jogo na série principal de Monster Hunter da Capcom – o lançamento anterior foi Monster Hunter World (2018) para PlayStation 4, Xbox One e Windows. O jogo combina elementos de ação, aventura, exploração e RPG de uma maneira complexa e, ao mesmo tempo, entretida. Quem nunca jogou um título da série pode jogar tranquilo, pois cada jogo Monster Hunter é independente um do outro.

O resultado final provém de várias boas escolhas técnicas e cortes gráficos certeiros dos time de desenvolvedores, que usaram o RE Engine, o motor de jogo dos recentes títulos Resident Evil, adaptado para o console híbrido.

Obviamente, o Switch não tem os mesmos recursos de consoles mais modernos e parrudos, como ray tracing e outros tratamentos de ponta. Ainda assim, o RE Engine opera um pequeno milagre associado à técnica dos artistas. As concessões visuais foram certeiras. Aliás, foram mais do que no alvo: em movimento, a percepção visual faz de MHR um dos mais belos jogos rodando no Nintendo Switch.

A canção do menu principal já deixará jogadores boquiabertos. (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)
A canção do menu principal já deixará todos boquiabertos. (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)

Seja jogando na TV, seja jogando em modo portátil, MHR roda a estáveis 30 quadros por segundo, alternando apenas entre resoluções resoluções – 1344×756 quando atracado, 960×540 no modo portátil.

A façanha técnica da Capcom reforça a importância dos visuais, já que o caçador visitará ambientes muito diferentes uns dos outros e habitat ricos em biodiversidade. A fidelidade gráfica alcançada por MHR retrata um mundo crível e divertido de se explorar. O que impõe uma nova margem de qualidade no Switch.

Mas, por que tanto detalhe pra caçar essas criaturas mesmo?

Jogar Monster Hunter Rise com amigos é sem igual! (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)
Jogar Monster Hunter Rise com amigos é sem igual! (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)

A história de Kamura: uma aldeia de presas ou de caçadores?

Ao começar, o seu caçador será avisado de sua promoção a caçador pela Guilda da aldeia Kamura.

O lugar é um dos mais bonitos a agraciar o Switch, retratando uma mistura inspirada pela arquitetura das vilas do Japão feudal e pelos monstros do folclore japonês. Kamura, suas construções e objetos naturais enfatizam a fusão do homem com a natureza, criando um lugar onde se vive em harmonia.

Contudo a serenidade está ameaçada, pois o líder de Kamura, o ancião Fugen, avista um monstro desconhecido sobrevoando a aldeia. Ele também alerta sobre um fenômeno conhecido como Frenesi (Rampage), uma desgraça ocorrida há 50 anos na qual monstros atacaram o vilarejo em hordas furiosas.

A vila de Kamura é um dos locais mais detalhados que vi no Switch até hoje. (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)
A aldeia de Kamura é um dos locais mais detalhados que vi no Switch até hoje. (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)

O aldeão líder então adverte o caçador para estar preparado para um possível retorno do Frenesi. Como? Promovendo a caça aos mais de 70 tipos de monstros habitantes das redondezas. Isso considerando só os monstros grandes! Há muitas espécies entre monstros pequenos, grandes, Apex e Dragões Anciões, além dos pequenos seres da vida autóctone.

É só deixar a vila para ver monstros gigantes rondando, por exemplo, as ruínas tomadas pela selva, as cavernas de um vulcão ativo cheio de lava e as montanhas cobertas de neves. Algumas das criaturas lembram os dinossauros fantásticos e híbridos de Jurassic World, enquanto outras são mais abstratas e dignas da imaginação de uma mente surrealista.

O Frenesi parece se confirmar e uma besta gigante conhecida como Magnamalo, a mais perversa de todas, é a principal ameaça à Kamura.

Homenageie seus pets de verdade com os seus companheiros em Monster Hunter Rise. (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)
Homenageie seus pets de verdade com os seus companheiros em Monster Hunter Rise. (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)

Missões diferentes daquelas da vila correm em paralelo quando jogamos com amigos, no modo Hub. Isso acontece porque caçadores têm duas classificações: um ranking para a história da vila, jogando sozinho; outro ranking para quando se joga em parceria.

Ambos os tipos de missões podem ser refeitos quantas vezes necessário, limitadas pelo sistema de progressão, o famoso cap. Por isso, vale a pena concluir o modo solo (uma sequência de Missões Urgentes) para ter crescimento de níveis ilimitado como caçador, indicado pela sigla HR de Hunter Rank.

Se a história carece de profundidade por um lado, por outro ela faz o bastante para motivar a ação da caçada. A narrativa é simples, funcional e, sobretudo, traz a sensação de um perigo real e imediato.

A rica mitologia dos monstros em MHR podem ser lidas pelas muitas páginas enciclopédicas dos menus ou vistas durante as curtas e belas animações poéticas, em formato de haikai, como disse no começo.

Toda cacaçada começa com um haikai do alvo. Se pudesse escrever um para o jogo seria: se ficar o bicho come, se correr o bicho pega. (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)
Toda cacaçada começa com um haikai, um poema japonês, sobre o alvo. No Brasil seria: se ficar, o bicho come; se correr, o bicho pega. (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)

Jogabilidade: você se acostuma com o tempo!

Já de cara, MHR apresenta um sistema avançado para criar o personagem. Defina o sexo, cor de pele, expressões faciais, alguns detalhes e…. depois de um tempinho, crie seus mascotes: um amicão (Palamute) um amigato (Palicoe).

O amicão é uma novidade de Rise. Sempre presente e um ótimo meio de deslocamento, pois se move com mais velocidade e poupa vigor do caçador.

A dupla forma excelentes aliados cujas funções são definidas pelo jogador. O amigato só aparece quando jogamos sem companhia de outros caçadores e você decide qual papel o mascote deve servir: Quer um amigato médico ou combativo? Ele deve recolher itens pelo caminho? Você também tem que confeccionar armas e armaduras para Palamutes e Palicoes.

[hihihi] (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)
[hihihi] (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)

Tutoriais para que te quero

Mas antes de partir em aventuras, muitas aulas e tutoriais para aprender tudo! Tudo mesmo! A quantidade intimida um pouco, mas vale a pena.

Agora vamos ao que interessa: a carga inicial de tutoriais é imensa… É muito volume textual e muita coisa para aprender e entender!

É meio como estudar História Mundial Contemporânea e História do Brasil ao mesmo tempo: impossível digerir por completo o conteúdo em uma única sessão.

Você precisa aprender sistemas complexos, lembrar de vários detalhes, recursos, ícones e opções. Sobretudo, você precisa entender como todas essas coisas operam em conjunto.

Poucas vezes vi um jogo tão intimidador quanto MHR no quesito complexidade.

Olha que tenho duas observações: (1) a maioria de jogadores que jogou outros Monster Hunter diz que Monster Hunter Rise é jogo mais acessível da franquia; (2) recentemente joguei Disgaea 6: Defiance of Destiny, uma verdadeira mistureba “difícil de aprender, mas recompensadora e divertida”, com uma infinidade de subsistemas e minúcias.

Não desista! Este foi meu primeiro Monster Hunter, já que passei a oportunidade de jogar no Wii, no 3DS e no Xbox One. A persistência se pagará com dezenas de horas de diversão.

Imagine um tutorial para cada submenu. Aqui tem. (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)
Imagine um tutorial para cada submenu. Aqui tem. (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)

De homens e monstros

Com algumas lições aprendidas, é hora de explorar os arredores de Kamura, onde monstros pequenos costumam andar em bandos e os monstros grandes serão os alvos principais da maioria das missões.

Todos rondam habitat específicos e de acordo com suas características. Eu já disse que o mundo de Monster Hunter Rise é crível? Já sim!

A variedade de espécies surpreende e a Capcom já incluiu mais animais por meio de atualizações. Atualmente são 72 espécies únicas, com golpes específicos e animações dedicadas. Mais de uma dezena dessas espécies é estreante na franquia.

Ficar de costas para um monstro não é uma boa ideia. Mesmo se estiver montando uma criatura. (Imagem:Reprodução/Nintendo Switch)
Ficar de costas para um monstro não é uma boa ideia. Mesmo se estiver montando uma criatura. (Imagem:Reprodução/Nintendo Switch)

Todas as criaturas têm fraquezas individuais, obrigando caçadores a estudarem seu objetivo antes de caçar.

Você definitivamente não quer encarar um Tigrex da mesma maneira que encararia um Anokosom. Menos ainda como encararia um Magnamalo.

Pelos ambientes encontraremos itens naturais que vão desde teias de aranha até variedades de cogumelos. Encontraremos ainda ossadas perdidas, ervas, insetos…

Absolutamente todo e qualquer item servirá um propósito; a maioria será misturada para forjar melhores armaduras e armamento e para criar poções e antídotos. Por isso, explorar todos os cantos será crucial para ter sucesso na perseguição.

A galera encarna o Légolas, o Link, o Dante, quem você quiser no modo online.... (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)
A galera encarna o Légolas, o Link, o Dante, quem você quiser no modo online…. (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)

E para ajudar na movimentação, MHR introduz uma ferramenta inédita, o Wirebug (Cabinseto em português). Os insetinhos luminosos ajudam no deslocamento pela geografia do mundo e funciona como um hookshot: lance-os e seja puxado. É incrível, rápido e divertido.

Acertar a direção em um espaço tridimensional não é tão fácil no começo, mas o Wirebug é indispensável. Logo, logo você se vai estar acostumado a ter uma opção de fuga rápida da batalha ou a começar um combo aterrorizante, combinando o gatilho esquerdo com um de outros três botões.

Utilizar bem o Wirebug significa descobrir toda a verticalidade deste mundo incrível feito pela Capcom. O recurso é tão legal (e resistente) que permite montar os monstros e usá-los em combate contra outros monstros rivais, criando verdadeiras batalhas épicas de um filme de King Kong ou Godzilla. Ao montar uma criatura, procure outra de grande porte no minimapa e coloque-os para brigar.

É obrigatório tornar-se um mestre na arte de lançar o Wirebug (e de ser deixar puxar) para alcançar todos os cantos das regiões montanhosas ao redor de Kamura. As animações de ataques aéreos começarão uma exclamação mais ou menos como, “Que que é isso, hein!” e a satisfação será garantida.

O detalhamento dos monstros é fascinante e todos têm seus golpes únicos e fraquezas específicas. (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)
O detalhamento dos monstros é fascinante e todos têm seus golpes únicos e fraquezas específicas. (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)

Temos que pegar todos (para termos equipamentos melhores)!

Alguns dos equipamentos no inventário são as armadilhas e as bombas sedativas, pois, além de caçá-los (isto é, matá-los), você terá a oportunidade de capturá-los. “Basta” cansar o animal e ficar atento aos sinais de cansaço: eles começam a mancar ou a babar. Daí o caçador deve plantar a armadilha e, assim que o monstro cair nela, lançar bombas sedativas.

Soa fácil? Nem sempre é.

Capturar monstros é uma opção frequentemente desejável e sempre mais elegante. Além do planejamento necessário, a captura garante abundância recursos raros únicos e termina a caçada mais cedo. Uma vantagem adicional é finalizar monstros difíceis sem se prolongar na batalha.

E estou falando de recursos e recursos sem dizer o óbvio: MHR é um jogo baseado em loot, ou seja, em garimpar mais e mais itens sempre para criar mais e mais equipamento que fica melhor com o passar dos níveis.

Até junho de 2021, Monster Hunter Rise tinha mais que 70 monstrões e a Capcom promete mais a caminho. (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)
Até junho de 2021, Monster Hunter Rise tinha mais que 70 monstrões e a Capcom promete mais a caminho. (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)

Arsenal monstruoso

O principal chamariz do arsenal são as 14 categorias armas disponíveis.

Essas categorias mudam o comportamento do personagem na batalha, requerem aprendizados próprios de cada estilo e exigem mudanças estratégicas para abordar criaturas. Some a isso que você precisa experimentar as combinações de armaduras feitas com a couraça de diferentes criaturas. (Bom, você também pode colar pela internet)

Definir seu estilo de jogo pode até demorar um pouquinho.

“Será que eu jogo melhor com Lâminas Duplas ou com Arco?”, é uma pergunta pertinente por que você precisa traçar uma estratégia para atacar a longa ou a curta distância. Esse aprendizado se torna um processo natural com o passar do tempo.

Dominar mais e mais “artes do combate” é imprescindível e divertido, claro, uma vez que é gratificante deferir uma sequência de golpes sem ser tocado e se sentir muito útil em uma caçada com amigos.

Wirebug (Cabinseto) é a grande inclusão para deslocar-se pelos belos cenários e explorar a verticalidade do mundo. (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)
Wirebug (Cabinseto) é a grande inclusão para deslocar-se pelos belos cenários e explorar a verticalidade do mundo. (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)

A arte da caça social

Por falar em caçada com amigos, o melhor aspecto de MHR está sem dúvida nenhuma em seu componente social.

Associe dominar o armamento com jogar entre amigos e você tem uma receita inflamável para retornar constantemente a um jogo cheio de conteúdo. Em outras palavras: Monster Hunter Rise é viciante; Monster Hunter Rise é mais viciante ainda com amigos.

Em Kamura, o carteiro Senri gerencia as funções online, com opções muito avançadas em relação ao padrão visto no Switch. O jogador pode delimitar seu lobby por diversos filtros, incluindo nível do caçador, idioma no jogo e até senha. O sistema para encontrar partidas funciona bem: jogadores aparecem rapidamente e nunca está vazio.

Cadê vocês, timeeee?!?! Time? Timeeee? (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)
Cadê vocês, timeeee?!?! Time? Timeeee? (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)

Vou reforçar: o ideal é fechar todas Missões Urgentes para liberar o limite de nível, o famoso cap. É depois do nível 8 que MHR realmente começa: jogue online e ganhe pontos para evoluir; quanto mais difíceis as missões, mais pontos para avançar.

O que você ganha com isso? Certos níveis liberam mais conteúdo e demonstram o progresso geral do jogador.

Um exemplo: no nível 20, serão liberados uma caçada ao monstro Apex Arzuros, novas missões, além de novas armaduras e decorações. É aí que começa o ciclo vicioso de MHR.

Nem a discrepância de níveis entre jogadores impede a diversão, já que refazer uma caçada fácil com um personagem superpoderoso traz a sensação para a qual os videogames foram feitos: empoderamento para superar desafios.

Vá à caça, limpe os monstros vencidos, volta à vila, faça armaduras e armas melhores. Repita. (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)
Vá à caça, limpe os monstros vencidos, volta à vila, faça armaduras e armas melhores. Repita. (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)

Muito mais a oferecer

Com atualizações prometidas pela Capcom e conteúdo que dificilmente será explorado por completo pela maioria dos jogadores, MHR é por si só uma monstruosidade de jogo. Eu não estava esperando ter ficado tão envolvido e viciado.

Jogadores brasileiros podem agradecer a atenção do trabalho massivo de tradução: Monster Hunter Rise tem todos os textos em português do Brasil (vamos passar a chamá-lo de brasileiro de uma vez?).

Kamura e adjacências contam com missões secundárias à escolha do jogador, mais de uma moeda, fauna e flora ricas para coleta e estudos, além de uma variedade enorme de estilos de combate. Sem falar das missões dedicadas dos modos solo e multijogador.

A sensação de colocar a armadilha e de capturar um monstro difícil com sucesso é impagável. (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)
A sensação de colocar a armadilha e de capturar um monstro difícil com sucesso é impagável. (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)

Infelizmente, a limitação é de uma só pessoa poder jogar no console por vez, mas caçadores podem reunir-se em uma rede local ou pela internet.

Um aspecto muito positivo além da beleza é que ela vem sem o custo pesado de telas de carregamento (os famosos loadings). Você transita livremente e sem interrupções.

O som é outro componente que merece elogios: não só MHR conta com vozes em inglês e em japonês, mas tem todo um idioma original próprio e falado! O tema de combate contra uma criatura gigante é empolgante e coloca jogadores no espírito da batalha!

Ah, por fim, os amiibos (qualquer um que você tenha) servem para ganhar até três bilhetes na loteria do mercador diariamente.

Monte outras criaturas para lutar contra o seu alvo e enfraquecê-lo. (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)
Monte outras criaturas para lutar contra o seu alvo e enfraquecê-lo. (Imagem: Reprodução/Nintendo Switch)

Vale a pena jogar Monster Hunter Rise?

Pra mim, que demorei a entrar na franquia mesmo querendo fazê-lo desde o comecinho dos 2010, MHR se tornou um jogo mais bem descrito como a mistura de Dark Souls com Animais Fantásticos e onde habitam e pitadas de Destiny. Claro, é a minha bagagem.

Só que Rise é muito mais do que isso. O tempo passado com o jogo faz dos ícones confusos imagens conhecidas e costumeiras, graciosamente revelando segredos e comandos mais avançados que instigam o retorno por mais exploração.

Fechei a jornada de Monster Hunter Rise com 35 horas passadas no relógio do jogo. Muito provavelmente é possível terminar essas missões abaixo das 20 horas, mas as distrações com o caçadas pela internet e o garimpo de itens me impediram (de um jeito bom) de fazê-lo antes. Pretendo voltar e voltar jogando com irmão, amigos, com desconhecidos, até dominar a Long Sword, minha arma de escolha, e ter uma armadura de primeira linha!

Por R$ 249,90 em formato digital pela Loja Nintendo, esta obra fantástica da Capcom tem muito a oferecer por um dos melhores custos-benefícios no Switch. Você já conhece o mundo de Monster Hunter? Se não, a versão de demonstração de MHR está implorando para ser baixada, especialmente se puder tirar proveito do componente online e se tiver amigos para jogar!

Por enquanto, Monster Hunter Rise é exclusivo do Nintendo Switch e oferece um ótimo custo-benefício. (Imagem: Divulgação/Nintendo)
Por enquanto, Monster Hunter Rise é exclusivo do Nintendo Switch e oferece um ótimo custo-benefício. (Imagem: Divulgação/Nintendo)

Ficha técnica de Monster Hunter Rise

Nintendo Switch, PC (Windows, programado para 2022)8.1 GB
Desenvolvido por CapcomAção, Aventura, RPG
Publicado por Capcomaté 4 jogadores em rede
Traduzido ao português do Brasil 🇧🇷12 anos

Joguei Monster Hunter Rise no Nintendo Switch com o console quase sempre atracado na doca, mas o jogo se comportou igualmente bem nas ocasiões com modo portátil.

Onde comprar Monster Hunter Rise?

  • para Nintendo Switch
    • digital por R$ 249,90 pela Loja Nintendo
    • físico por preço variável no varejo

*Review elaborada com código fornecido pela Nintendo.

Monster Hunter Rise

R$ 249,90
9.4

Diversão

9.0/10

Gráficos

9.5/10

Som

9.0/10

Conteúdo

9.5/10

Replay e multijogador

10.0/10

Prós

  • Gráficos incríveis no Nintendo Switch
  • Viciante, principalmente ao jogar em grupo
  • Replay infinito: vasto conteúdo pós-jogo somado às atualizações gratuitas
  • Diversidade de estilos e mais de 70 espécies para caçar
  • Em português do Brasil

Contras

  • Tutoriais intimidam *qualquer* um!
  • Mecânicas exigem tempo do jogador para serem dominadas
  • Animação picotada de monstros distantes
  • Ocupa muito espaço, principalmente com atualizações constantes

Carlos Maestre

Jornalista que passou a pesquisar acessibilidade digital pela constante necessidade de inverter o eixo Y - desde GoldenEye 007. Cresceu com a Nintendo e fã da (atual) Microsoft, quer a velha Rare de volta. Além de achar divertido caçar conquistas, sofrerá uma intervenção a qualquer instante por culpa de Stardew Valley.