Volante RMS RSR | Review
Se, assim como eu, é fã de automobilismo virtual e já sonhou em poder ter um volante épico, digno dos protótipos mais insanos de Le Mans, o volante RMS RSR é perfeito para você. Feito sob encomenda, de maneira artesanal, com acabamento de primeira e um visual que parece saído direto do simulador oficial da FIA WEC, o volante RMS RSR entrega uma combinação poderosa de imersão, personalização e precisão. Mas pera lá: ele não é feito para qualquer um. Este é um equipamento pensado especificamente para quem leva o sim racing a sério, seja na base humilde do G29 ou em um direct drive premium.
Nesta análise completa, eu apresentarei mais detalhes do volante por dentro e por fora, analisando cada botão, cada encoder e cada curva do acabamento em alumínio. E sim, a gente testou tudo com muuuuita calma, com suor nas mãos ao longo de muitas corridas, LED piscando no limite da rotação e um sorriso de canto a cada downshift. Confira mais detalhes abaixo!

Primeiras impressões ao abrir a caixa
Na boa, quando tirei o volante RMS RSR da caixa pela primeira vez, a reação foi de total surpresa. Mesmo vindo em uma caixa de papelão simples, o modelo é muito bem protegido, o que nos dá uma baita segurança. Ele vem acompanhado de uma cartela de adesivos bem bacana, que permite personalizar os botões com ícones e funções como rádio, pit limiter, TC, ABS, ERS, DRS e por aí vai. Só essa liberdade estética já deixa clara a proposta do volante, de se moldar aos nossos gostos, funcionando como uma verdadeira extensão dos nossos braços nas pistas.
Outra coisa impressionante é a construção do RMS RSR. A peça central, o “plate”, é feita em alumínio de 3mm, bem usinado e com recortes muito limpos, além de contar com partes de fibra de carbono. Segundo o desenvolvedor do modelo, ainda há o que melhorar. Porém, no modelo em questão, não há rebarbas, folgas ou partes soltas, sendo ele muito limpo. As manoplas são revestidas em courvin texturizado, que simula bem a pegada de um volante de carro de corrida real. Mesmo em sessões longas de jogo, o grip se mantém confortável e firme, sem aquela sensação de que você está segurando uma borracha mole ou um plástico extremamente rígido, tal como em volantes baratos.

Visualmente, ele entrega um impacto imediato. Cara, é uma verdadeira nave na sua frente, cheia de luzes e efeitos. O formato GTE do RMS RSR é inspirado no volante do Porsche 911 RSR, com aquele visual de corrida agressivo, funcional, sem firulas. E o mais legal: a tela de 4,3 polegadas da Vocore, bem no centro, domina o painel com um brilho forte, nítido e uma leitura excelente. É claro, esse aspecto é mais opcional, mas acabei optando por essa versão por gostar de ver cada detalhe do carro, deixando a tela limpa só com aspectos da pista e outros gráficos como a telemetria. E o mais legal de tudo, é que o volante é totalmente customizável pelo SimHub!
Realismo máximo e muita qualidade
Se tem uma coisa que diferencia o RMS RSR de outros volantes que já testei, é o nível de feedback visual que ele oferece. Além da já mencionada tela Vocore, customizável via SimHub, que pode exibir desde o painel do carro até informações de tempo de volta e muito mais, o volante também vem com nada menos que 16 LEDs RGB WS2812, dispostos estrategicamente para funcionar como barra de RPM e alertas de bandeiras. E acredite, isso faz muita diferença, nos facilitando muito o processo de leitura das coisas que estão ocorrendo, sem perder a atenção da pista.
Esses LEDs também são completamente customizáveis pelo SimHub, que nos permite uma infinidade de escolhas. Dá para configurar as cores, as animações e até o comportamento com base em dados de corrida. Quer que a barra de RPM vá do azul ao vermelho? Que o LED esquerdo pisque verde quando o DRS estiver ativado? Ou que todos explodam em amarelo em caso de safety car? Tudo isso é possível! Além disso, o volante tem 11 botões iluminados RGB, que também podem ser configurados individualmente com funções específicas, e com cores que nos auxiliam na identificação rápida durante a corrida. Aqui, uso as cores espelhadas, com funções diversas.

Completando o arsenal, temos quatro encoders frontais (perfeitos para ajustar ABS, TC, mistura de combustível e diferencial em tempo real), além de quatro encoders laterais, que podem ser usados para navegação de menus ou ajustes mais finos durante a corrida. E, sim, há também um switch direcional (ou D-pad, se preferir), que facilita muito a navegação nos menus e comandos rápidos como troca de página na HUD ou seleção de opções no pit stop. Portanto, o RMS RSR é pensado em cada detalhe, sendo extremamente prático para quem quer largar o teclado e o mouse de lado.
Marcha e embreagem: firmeza e precisão com estilo e customização
O sistema de troca de marchas do RMS RSR é extremamente gostoso de sentir, sobretudo se comparado a um modesto volante G29. As alavancas são grandes, acessíveis e usam um retorno magnético que garante aquela sensação de clique e mecânica a cada troca de marcha, algo que remete bastante à experiência de um carro de corrida real. E o retorno magnético é muito bem calibrado. Não é leve demais nem pesado ao ponto de atrapalhar em corridas mais longas.
A embreagem, por sua vez, usa um sensor Hall, o que significa leitura precisa, suave e duradoura, sem desgaste mecânico com o tempo. E ela não tem clique, vale ressaltar. Isso é especialmente útil para quem corre em GTs ou fórmulas e quer fazer largadas com embreagem dupla ou controlar melhor a saída de curvas em baixas rotações. Mas, como muitos jogadores, eu também acabo nem usando muito o botão, sendo somente essencial para largadas em corridas de F1. Nos meus testes, o tempo de resposta da embreagem foi imediato. Excelente!

E a compatibilidade?
Outro ponto muito positivo do volante RMS RSR é compatível com praticamente todas as bases disponíveis para PC, incluindo os populares Logitech G29, Thrustmaster T300 e também os sistemas direct drive mais parrudos, como Simucube, Moza e similares. O conector USB fornecido é universal, e basta plugar no PC para começar a configurar via SimHub e dentro do próprio jogo, tal como um joystick.
Porém, aqui vai um alerta dado pelo fabricante: se você usa base da Fanatec, saiba que o volante só vai funcionar com o adaptador oficial da marca. E, como muitos sabem, esse adaptador é bem caro. A culpa, é claro, não é da RMS, mas da própria política de conectividade da Fanatec, que fecha seu ecossistema como uma fortaleza. Ainda assim, com o adaptador certo, o volante funciona perfeitamente. Por fim, vale mencionar também que o volante não é compatível com consoles, então se você joga exclusivamente em PS4, PS5 ou Xbox, infelizmente essa belezinha não é pra você, pelo menos não por enquanto.

Conforto, qualidade e durabilidade
Nas mãos, o RMS RSR é leve o suficiente para não cansar em corridas longas, mas robusto o bastante para transmitir confiança, pesando cerca de 1,4kgs com o espaçador. O courvin texturizado tem excelente aderência e não causa desconforto mesmo em sessões de três, quatro horas. A distribuição de peso é boa, e todos os botões e encoders estão bem posicionados para facilitar o acesso mesmo durante manobras intensas. E o mais importante: mesmo com fio, ele funciona bem e sem agarrar em outras partes do cockpit.
A construção artesanal, ao contrário do que muitos poderiam pensar, não compromete em nada na questão da qualidade, pelo contrário. Cada volante parece feito com extremo cuidado, e isso transparece nos detalhes. No entanto, para alguns a garantia de 3 meses pode parecer curta, especialmente para um produto sob encomenda, mas a confiabilidade geral do fabricante, bem como seu excelente atendimento, inspira muita segurança. E, como percebi ao longo de boas horas de jogo, é um modelo feito para durar!

Vale a pena adquirir o RMS RSR?
O RMS RSR é mais do que um mero acessório bonito e cheio de luzes. Para quem é fã de automobilismo virtual, ele é uma peça de altíssima performance. Seja pela tela Vocore de altíssima resolução, pelos botões RGB totalmente customizáveis, pela resposta tátil precisa ou pela sensação realista das alavancas de marcha, o volante entrega uma experiência de simulação digna de cockpit profissional. O toque nele durante longas corridas não deixa a mão suada, sendo bem firme e agradável.
Não é o volante mais em conta do mercado, é verdade, custando cerca de R$ 3300,00. Mas o que ele oferece em qualidade, imersão e suporte justifica cada centavo, especialmente se você busca um equipamento que eleva a experiência de sim racing a outro nível. Honestamente, ele não deve nada a modelos de marcas consagradas como Fanatec, Simagic ou Moza. E isso é surpreendente!
Assim, para quem é fã de endurance, fórmulas ou só quer um ótimo volante, o RMS RSR é uma ótima escolha, sendo um tipo de upgrade que não só melhora a pilotagem, mas também te deixa bobo sempre que for jogar. No fim das contas, o que importa é se sentir no cockpit, mesmo estando no seu PC.
Volante RMS RSR
R$ 3.300,00Prós
- Variedade de botões para customizar
- Suporte do fabricante é excelente e muito explicativo
- Construção é muito bem feita, de qualidade
- Tela de 4,3" é um grande destaque
- Totalmente compatível com o SimHub
Contras
- Bases Fanatec exigem adaptação cara
- Preço alto no mercado nacional
- Limitado apenas para uso em PCs