Sackboy: A Big Adventure | Review
Após longos anos sem notícias de um dos grandes mascotes da PlayStation, a Sumo Digital finalmente nos agraciou com Sackboy: A Big Adventure, um novo jogo da franquia LittleBigPlanet que foi um dos grandes sucessos lançados para o PlayStation 3. Entretanto algumas mudanças e inovações aconteceram em relação a LittleBigPlanet: anteriormente, o game tinha um grande foco na criação de fases construídas pelos próprios jogadores, no estilo Dreams lançado em 2020, já em Sackboy: A Big Adventure a proposta mudou, porém aquela essência divertida e cheia de bons momentos continua a mesma.
Sackboy: A Big Adventure foi um dos games de lançamento para o PlayStation 5, o novo console da Sony, juntamente com Demon’s Souls e Marvel’s Spider-Man: Miles Morales. No entanto, ele também ganhou uma versão para PlayStation 4, possibilitando assim o acesso para mais jogadores. Curioso para saber o que nós do Pizza Fria achamos do game? Vem com a gente em mais uma review!
Uma grande aventura
Sackboy: A Big Adventure se passa no Artemundo, um reino cheio de paz repleto de imaginações e milhares de ideias das mais diversas. Nele vivem os adoráveis Sackianos, que são pequenas criaturas extremamente carismáticas que só pensam em brincar e criar algo divertido para os seus amigos. Entretanto, Vex um espírito malígno ataca o Artemundo e acaba capturando todos os Sackianos, os forçando a trabalhar em um projeto para espalhar o caos e a tristeza por todo o universo. Porém durante esse ataque, nosso herói conhecido só por Sackboy consegue escapar, e agora têm a difícil missão de deter Vex, salvar o universo e seus amigos.
A partir disso, controlaremos Sackboy na jornada de se tornar o “Cavalheiro Tricotado”, e nessa jornada, teremos diversos desafios até a batalha final. O jogo conta com mais de 50 fases dentro de 5 planetas, além de diversas batalhas contra mini-chefes, onde nosso objetivo principal é encontrar as “Esferas dos Sonhadores” que possibilita a progressão para o chefe de cada mundo, então já fica a dica: jogue com atenção e recolha o máximo de Esferas que conseguir.
Sendo bastante sincero, o enredo de Sackboy: A Big Adventure é muito simples, desde sua premissa inicial até o seu desenvolvimento final. Não há nada nele que seja especial ou muito interessante. Todavia, não chega a ser ruim, tendo em vista que o jogo é infantil em diversos aspectos e sua proposta é outra e não temos muito o que cobrar da história, afinal, ela literalmente cumpre o seu papel para nos apresentar o real brilho contido no jogo. Pode-se dizer, que a história é apenas um pano de fundo para de fato termos uma aventura muito bonita, bem dirigida e além de tudo divertida.
Um gameplay simples e divertido
Um dos fatores mais importantes em jogos de plataforma é sua jogabilidade. Gosto de pensar que jogos desse estilo precisam cumprir no mínimo três requisitos: ser funcional, fluido e divertido. E felizmente Sackboy: A Big Adventure abrange esses três pontos cruciais que acredito serem importantes para jogos de plataforma. Os controles são simples, temos botões para pular, bater, rolar e algumas ações extras como mergulhar. Temos também algumas skills que possibilita o progresso em algumas fases, como um gancho para alcançar algumas plataformas, uma arma de teleporte e afins. E vale ressaltar que tudo isso é quase orgânico, e não traz consigo uma dificuldade em entender os comandos.
Sackboy: A Big Adventure tem um gameplay inovador dentro da franquia, mas não é algo novo na indústria. E não pense que isso seja algo ruim, muito pelo contrário, o game é bem divertido e com uma jogabilidade sustentável que irá agradar a “gregos e troianos”. Por ser um jogo infantil, Sackboy: A Big Adventure não contém uma dificuldade elevada. Ele é relativamente fácil até, mas tem lá seus momentos de dificuldade que não chega a ser um Crash Bandicoot 4: It’s About Time, mas ainda sim é desafiador em algumas partes.
Como já havia citado, Sackboy: A Big Adventure tem algumas batalhas contra mini-chefes que são extremamente divertidas e bem pensadas até, chega a ser prazerosa a sensação de batalhar contra eles. O único ponto que me incomodou relacionado não só a esses mini-chefes, mas também nas lutas contra o Vex, é sua dificuldade, que por mais legal que seja ainda são Boss Fights fáceis até para crianças.
Já para finalizar essa parte dedicada ao gameplay, não posso deixar de citar o que pra mim foi o maior problema em Sackboy: A Big Adventure que é a sua ausência de profundidade nos pulos. Por diversos momentos, o jogo te passa uma falsa sensação de que você vai acertar o pulo ou pegar o item, e pela noção de profundidade ser bem fraca, você acaba errando o que seria sua ação, gerando assim uma frustração muito grande. Em fases de perseguição, em que é preciso reflexo para pegar os itens e desviar dos obstáculos em rápida velocidade, esse problema acaba aparecendo ainda mais. Contudo o saldo geral é bem positivo.
O real brilho em Sackboy: A Big Adventure
Sackboy: A Big Adventure traz consigo qualidades em diversos aspectos, mas com certeza a sua trilha sonora é de longe o seu maior trunfo. A sensação de experenciar esse game é a mesma de estar jogando um musical, é algo simplesmente e incrível de se ver. As fases respondem perfeitamente ao ritmo das músicas, todos os cenários e desafios são pensados de acordo com a composição tema da fase, tudo acontece de forma natural a ponto de brilhar os olhos, e, de verdade, isso não é um exagero da minha parte.
O game conta com diversas músicas licenciadas como a Fly me to the Moon do Frank Sinatra, a Let’s Dance do David Bowie, entre outras que prefiro não comentar pois VALE DEMAIS o fator surpresa. É realmente intrigante o tanto de músicas licenciadas contidas em Sackboy: A Big Adventure, além de diversas soundtracks exclusivas do jogo.
Algumas fases em Sackboy: A Big Adventure são tão melódicas a ponto de jogarmos quase que dançando no sofá de casa, e isso se dá também a excelente direção artística do jogo, além de seus belos gráficos coloridos e repletos de personalidade.
Algumas surpresas extras
Sackboy: A Big Adventure é um jogo muito divertido de se jogar sozinho, porém fica ainda melhor se jogar em co-op. O game possibilita um modo multiplayer que pode ser jogado online ou local, contendo algumas fases que só podem ser acessadas apenas em co-op. A duração do jogo gira em torno de 9 horas, tendo pra mim o tamanho ideal, talvez se fosse maior ele ficaria um pouco massivo e cansativo. Sackboy: A Big Adventure conta também com uma localização totalmente em português, e com uma ótima qualidade em sua dublagem.
Outra questão muito bem trabalhada também são as skins disponíveis para o seu Sackboy, que podem ser compradas utilizando moedas do próprio jogo ou as encontradas durante as fases. São diversas possibilidades de personalização dentro do game, além de muitas delas serem referências a outros jogos, cantores como Elvis Presley ou até mesmo bandas de rock como Kiss. É realmente muito divertido ficar acumulando moedas para gastar com roupas na loja para o seu Sackboy.
Vale a pena comprar Sackboy: A Big Adventure?
Após toda essa apresentação sobre Sackboy: A Big Adventure, talvez você esteja se questionando se o jogo é realmente só para crianças, e posso afirmar com tranquilidade que não. Ele é um game que conta com um visual, de fato infantil, mas não significa que isso seja ruim, pelo contrário, ele é muito divertido e com certeza vale tirar um tempo para jogá-lo. Mesmo que você não curta jogos de plataforma, acredito que o game ao menos irá te divertir, ainda mais se for jogado em co-op. Minha experiência foi em um Playstation 4 Slim, e não tive nenhum problema de performance, além do game estar muito bem otimizado.
Entretanto tenho uma ressalva a essa recomendação, por melhor que o jogo seja ainda vejo seu preço muito acima do ideal: atualmente ele custa R$ 299,90 estando disponível para PlayStation 4 e PlayStation 5. Acredito que em um futuro próximo a Sony deva colocar Sackboy: A Big Adventure em promoção, e caso você tenha possibilidade ele está mais que recomendado. Ao menos, a compra do jogo para PS4, dá acesso à versão da nova geração.
*Review elaborada em um PlayStation 4 Slim, com código fornecido pela Sony.