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Warlander | Review

Warlander é um jogo online gratuito, focado no multiplayer em terceira pessoa, inserido em um ambiente medieval. Ele combina características presentes em populares MOBAs e também em battle royales, apresentando uma proposta ambiciosa repleta de acertos e erros.

Mas será que vale a pena se aventurar nesse universo medieval repleto de batalhas? Descubra em mais uma análise do Pizza Fria!

Onde tudo começa 

Desde o início, Warlander direciona o jogador com um tutorial breve e intuitivo. A movimentação é fluida, e os comandos para ataque corpo a corpo, defesa, quebra de defesa e tiro com besta são extremamente responsivos. A quebra de defesa possibilita um acerto crítico, ampliando o dano no adversário. O guerreiro alterna entre uma arma para combates mais próximos e uma besta para ataques à distância, liberando uma sequência de flechas. No entanto, ao optar pela besta, a vulnerabilidade aumenta, visto que o uso do escudo é restringido. Danos mais intensos podem significar uma ameaça real, e o tutorial ainda ensina a resgatar aliados.

“Distorcer”, uma habilidade que funciona como um teletransporte, é essencial para a movimentação pelo mapa. Usando-a, o guerreiro se desloca para uma torre controlada por aliados, otimizando seu tempo. Esse recurso se mostra vital durante as partidas multiplayer, em que o caos se manifesta no jogo. Em meio a batalhas com diversos adversários online, todos utilizando habilidades que afetam o cenário, “distorcer” se torna estratégico. Há também um objetivo central claro, que envolve a conquista de torres. Sejam elas neutras ou pertencentes à equipe adversária, ao permanecer próximo delas por um tempo determinado, o domínio passa a ser seu, a menos que haja intervenção do time rival.

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Warlander apresenta até 100 jogadores divididos em cinco exércitos (Imagem: Divulgação)

Warlander não se limita a habilidades e ataques variados: a estratégia de construção é vital para acessar territórios inimigos. Pontos específicos do mapa exibem um indicador de construção, ideais para bloquear o acesso ao castelo usando o ariete contra o portão da fortaleza adversária. Uma tática frequentemente empregada por mim foi a construção de escadas, permitindo entrar nas fortalezas pela lateral — uma excelente estratégia stealth para flanquear oponentes concentrados na defesa frontal.

O ariete se move lentamente e é vulnerável a muitos danos durante as partidas, exigindo uso estratégico. Ele precisa ser defendido, reforçado e posicionado para atacar o portão conforme a tática escolhida pelo jogador. Na maioria das vezes, concentrei-me em movimentá-lo pelo mapa enquanto aliados defendiam esse recurso até a entrada da fortaleza. A ideia de construir em plena batalha harmoniza-se com a ambientação do jogo, ampliando as opções táticas e acertando em sua proposta.

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O ariete é um artifício importante no game (Imagem: Divulgação)

A seleção de personagens e seu deck de acesso rápido são cruciais para o desfecho da batalha. O deck permite alternar rapidamente entre até cinco personagens. Seja guerreiro, clériga ou mago, montamos nossa equipe pronta para o combate. Nesse deck, o personagem de maior ranque só é liberado na batalha ao acumular Pontos de Valor, elevando assim seu nível.

A eficácia do equipamento varia de acordo com os atributos designados. Neste contexto, os cristais de aura modificam as vantagens de um item. A estética do item pode ser personalizada com skins adquiridas no passe de temporada, na loja in-game ou em eventos específicos. Personalizando itens, adaptamos as habilidades do personagem, incluindo armaduras, armas e talentos. Quanto maior o total de PP de um item, mais eficaz ele é, mas nunca ultrapassando o limite de PP do personagem.

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A força do seu personagem é customizável (Imagem: Divulgação)

O “Indicador de Comandante” ressalta o personagem que guiará o esquadrão, sinalizando objetivos específicos. Aqueles que amam personalizações estéticas podem se decepcionar, pois as alterações de avatar se limitam a rosto, penteado, voz, cor de armadura e emblema. Visuais cosméticos são relevantes? Sim, entusiastas de Fortnite reconhecem o valor de uma boa skin.

Em resumo, Warlander apresenta um apelo robusto à competitividade online, incorporando elementos de títulos renomados. A Toylogic não se intimidou frente à competição, apostando em um gênero que, para muitos, parece saturado. O jogo traz ideias e conteúdos louváveis, mas falha ao não manter jogadores engajados por períodos extensos. A combinação de diferentes elementos e gêneros pode confundir jogadores casuais, afastando novatos que podem se sentir perdidos entre as nuances das classes.

image 24 4 Warlander

Uma experiência caótica em Warlander

À medida que avançamos em Warlander, nos vemos envolvidos em partidas com exércitos distintos, cada um composto por um número específico de jogadores. O mapa se desdobra em várias ramificações, interligadas por estradas e atalhos, todos convergindo para o objetivo principal: destruir o núcleo na base inimiga. Estratégias e manobras, como o uso da escada mencionado anteriormente, tornam-se cruciais à medida que o campo de batalha se torna um pandemônio e aliados são atacados de todos os lados. A ação é ininterrupta, com adversários emergindo a todo momento, seja empregando habilidades especiais ou entrando na briga de forma audaciosa e imprudente.

Pequenas torres dispersas pelo mapa, quando conquistadas, servem como pontos de renascimento, permitindo ao jogador retornar à ação poucos segundos após ser derrotado. Warlander destaca-se ao introduzir variáveis imprevisíveis nas batalhas, oferecendo múltiplas abordagens mediante a presença de portões, muralhas e outras fortificações. A escolha entre atacar ou defender pode influenciar a dinâmica do jogo, enquanto ferramentas como catapultas e balistas adicionam camadas extras de estratégia.

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Com até 100 jogadores ao mesmo tempo, muita coisa acontece de forma simultânea (Imagem: Divulgação)

Escolha sua classe em Warlander

Warlander oferece três classes distintas: guerreiro, mago e clériga. O guerreiro é a linha de frente, atuando como um tanque robusto e alternando entre defesa e ataque. A clériga, por sua vez, atua como suporte, possuindo habilidades vitais de cura. O mago é especializado em ataques à distância de alto dano, porém vulnerável em combate corpo a corpo.

Para mim, o mago emerge como uma escolha ideal devido ao seu potencial de dano e mobilidade. As habilidades da clériga incluem cura, dispersão, hino de guerra, muralha e acelerador, combinadas com um martelo de batalha e um protocanhão revolver. O guerreiro, por outro lado, possui habilidades como barreira, corte impulsionado, grito de guerra, bomba potente e esmagar, armado com uma espada longa e uma besta de assalto.

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A escolha da classe define a linha de gameplay do jogo (Imagem: Divulgação)

O deck de personagens é uma ferramenta estratégica que pode inclinar o estilo de jogo para ofensivo, defensivo ou equilibrado. Naturalmente, por ser um jogo multiplayer, jogar sozinho pode ser desafiador, especialmente quando se encontra em um grupo descoordenado. No entanto, com habilidades corretas, um deck bem montado e estratégias acertadas, é possível navegar pelos desafios do jogo. Se enfrenta muitos danos e derrotas, talvez seja hora de repensar a abordagem: o mago não está dando certo? O guerreiro pode ser uma alternativa. Prefere um estilo de suporte? A clériga é sua melhor escolha.

Sons e visuais de Warlander

Apesar de Warlander colocar grande ênfase na ação e na experiência multiplayer, é perceptível que a parte gráfica foi comprometida, apresentando-se por vezes rudimentar. Há momentos em que os efeitos visuais destacam-se no cenário caótico, mas inconsistências como serrilhados e animações simplórias das vegetações são reminiscências de gerações anteriores de jogos. A escolha por elementos visuais com estilo cartunesco também parece deslocada. Em contraste, a trilha sonora é uma presença robusta, conduzindo e reforçando a natureza frenética do jogo.

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O estilo castunesco não combina muito com a proposta de Warlander (Imagem: Divulgação)

Vale a pena jogar Warlander?

Caros leitores, Warlander é uma experiência que merece atenção, porém, não sem algumas advertências. Sendo gratuito, o jogo é uma empreitada audaciosa da Toylogic, que combina diferentes gêneros e introduz mecânicas distintas. Contudo, o jogo carece de uma personalidade marcante, resultando numa experiência que, apesar de divertida, acaba se mostrando superficial.

Se você conseguir ignorar suas falhas, Warlander certamente oferece diversão por algumas horas. O título tem potencial e uma abordagem fresca, mas sofre em sua execução. Ao ponderar todos os aspectos, é difícil não perceber suas limitações. Dominar seus intricados mecanismos não é tarefa para todos, o que pode dissuadir jogadores casuais. Portanto, se busca uma experiência duradoura e profunda, talvez Warlander não atenda a todas as expectativas.

Warlander foi lançado para PC, via Steam, em janeiro deste ano, e chegou para PlayStation 5 e Xbox Series X|S em maio. O game é free-to-play e conta com crossplay entre as plataformas.

*Review elaborada em um PlayStation 5, com código fornecido pela Plaion.

Warlander

Free-to-play
5.8

História

4.0/10

Gameplay

7.0/10

Sons e Visuais

6.0/10

Extras

6.0/10

Prós

  • Excelente mistura de gêneros em partidas caóticas e divertidas
  • Habilidades são um destaque
  • Ótimo sistema de progressão
  • As animações em momentos de caos são impressionantes
  • Localizado em PT-BR

Contras

  • Dificuldade ao implementar recursos e gerenciar habilidades para novatos
  • Falta de equilíbrio entre as classes
  • Design limitado
  • Poucas classes

Vanessa Lopes

Gamer raiz, assoprava cartuchos e executava jogos no MS-DOS. Carioca que ama dias chuvosos, gostaria de ser paulista e morar na terra da garoa. Cria conteúdos sobre jogos, tenta dominar dados, porém, super noob em Power BI.