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Delta Force: uma nova era com jogabilidade cruzada e o Brasil como protagonista

Com mais de 25 milhões de pré-registros e uma estreia que rapidamente colocou o título no topo das lojas de aplicativos, Delta Force Mobile chega ao mercado com a missão de unir imersão, acessibilidade e profundidade tática em uma experiência de tiro em larga escala. Desenvolvido pela Team Jade e publicado pela Garena, conhecida globalmente por Free Fire, Delta Force não é apenas uma adaptação mobile de um clássico dos FPS, mas uma reimaginação moderna, desenhada para rodar com fluidez tanto no PC quanto no celular, via Android ou iOS, com progressão cruzada, combate 24v24 e um visual que impressiona.

Para entender os bastidores desse sucesso, conversamos com Julio Vieitez, Head de Distribuição da Garena Brasil durante a gamescom latam 2025. Nesta entrevista, eles comentam sobre os desafios técnicos da versão mobile, a estratégia para combater trapaças, a importância do Brasil para a comunidade do jogo e o que vem por aí nas próximas atualizações. Confira todos os detalhes deste bate-papo a seguir!

Comunidade brasileira lidera o sucesso global de Delta Force

Desde os primeiros momentos da campanha de pré-registro da versão mobile, o Brasil já despontava como um dos mercados mais engajados de Delta Force, e essa expectativa não apenas se confirmou como foi superada. “O Brasil é o número um global de jogadores”, revelou Vieitez. Segundo ele, além de liderar em número de registros antes do lançamento, o país também se tornou o principal mercado em volume de jogadores ativos, consolidando-se como peça central na estratégia de expansão do título.

Essa relevância tem impacto direto nas decisões de localização e presença de marca. A equipe fez questão de lançar o jogo com tradução completa para o português e confirmou que a dublagem integral em português foi finalizada recentemente. “Essa semana a gente terminou [a dublagem]… em breve a gente vai fazer as adaptações pra ela subir”, adiantou. Além disso, há um investimento crescente na comunidade local e em criadores de conteúdo brasileiros, além de movimentações iniciais para estruturar ações no cenário de eSports. “Estamos trabalhando bastante pra dar suporte aos desenvolvedores de conteúdo… e tem ainda a questão de esportes, que tá cedo, mas a gente já começou a trabalhar”.

Jogar onde quiser: a importância da progressão cruzada

Uma das maiores inovações do novo Delta Force é a progressão cruzada entre PC e mobile, permitindo ao jogador manter seu progresso em qualquer plataforma. Para os desenvolvedores, a vantagem vai além da praticidade. “Você gosta de jogar no PC, mas no final de semana viajou? Pode jogar uma partidinha ali no celular. E daqui a pouco vamos lançar o modo 3v3v3 no celular também”, adianta.

Além disso, o sistema ajuda a manter o ambiente competitivo saudável. “O jogo tem um bloqueio muito forte contra emulador. Quem quiser jogar no PC joga a versão dela. Assim, o mobile fica mais justo pra competir”. Com isso, o sistema de balanceamento fica mais justo para todos.

delta force mobile entrevista
Imagem: Pizza Fria

Segurança e combate aos hackers

Assim como em Free Fire, a Garena leva muito a sério a questão da segurança e combate a trapaças. Ao ser questionado sobre o que está sendo feito para evitar trapaças, ele explica: “A gente monitora muito a comunidade pra ver que tipo de hacker as pessoas estão procurando, o que estão usando”. Ao que tudo indica, a experiência anterior da Garena com jogos de tiro contribui para um monitoramento proativo.

Do lado mais técnico, o suporte da Team Jade (TiMi/Tencent) é fundamental. “Eles têm uma experiência muito grande e estão sendo bem ativos tanto na parte de combate ao hack quanto na parte de emulador”. Apesar do trabalho contínuo, Vieitez reconhece que a disputa é constante. “É sempre uma caça ao rato. Mas a gente vai continuar fazendo o nosso trabalho”, conclui, ao explicar a importância de se manter um cenário justo em ambas as versões de Delta Force.

Otimização impecável no mobile: batalhas 24v24 sem perda de performance

Uma das maiores surpresas para os jogadores foi descobrir que o jogo suporta batalhas 24 contra 24 no mobile, mantendo fluidez e gráficos impressionantes: “Acho que o desenvolvedor fez uma mágica ali”, brinca Vieitez sobre a otimização feita pela equipe de desenvolvimento. “O jogo tem um gráfico absurdo e, ao mesmo tempo, roda bem em celulares médios”, algo que acaba por deixar o título ainda mais acessível ao público.

Segundo Vieitez, a carga técnica é comparável a modos Battle Royale, onde a densidade de jogadores também é alta. “O trabalho técnico acaba sendo parecido. O desafio é equilibrar specs, FPS e demanda do jogo”. Ou seja, não há grandes diferenças, sendo a otimização um aspecto essencial para as versões de Delta Force.

Por fim, ele explica que, por enquanto, os resultados têm sido positivos. “Até agora, eles equilibraram bem, mas estão sempre tentando melhorar o FPS mantendo a jogabilidade boa”.

delta force mobile entrevista
Imagem: Pizza Fria

gamescom latam e novidades no radar

A presença de Delta Force na gamescom latam 2025 mostra o compromisso com o público latino-americano. O jogo terá um estande dedicado, ativações presenciais, brindes e showmatches, incluindo a participação de SkipNhO, embaixador da marca.

Além disso, há novidades a caminho: “As duas coisas mais próximas são a dublagem completa e o modo 3v3v3. Testamos e achamos muito legal. Vai ser uma forma mais rápida de jogar, com partidas mais dinâmicas — ideal pro público brasileiro”, conclui.

Sobre Delta Force

Na distinta linha do tempo de Delta Force, que se passa em 2035, jogadores assumirão o papel de um membro de elite da G.T.I., uma força tarefa fundada por Operadores Delta. A missão dos jogadores é chegar na misteriosa região de Ahsarah e investigar as atividades suspeitas da Corporação Haavk. Delta Force conta com uma experiência de jogo Premium, diversos modos de jogo e proporciona uma experiência imersiva de combate para os fãs do gênero com dois modos multiplayer clássicos dos FPS denominados Conquista e Zona de Risco, com execução impecável e monetização justa. 

No modo Conquista, os jogadores enfrentarão uma batalha de larga escala com 64 jogadores, no qual dois times de 32 jogadores se enfrentam por terra, ar e mar. Esquadrões de quatro jogadores precisam colaborar e usar diversos Operadores e veículos de combate para garantir a vitória. Zona de Risco, por outro lado, oferece um modo de extração no qual times de três jogadores precisam explorar o mapa, coletar recursos e chegar ao ponto de extração antes que o tempo acabe. Além disso, é possível optar pela Incursão, que conta com uma experiência PvE em diferentes mapas no modo Zona de Risco.

Em Delta Force, jogadores podem escolher entre quatro classes de Operadores: 

  • Assalto: Especialista em mobilidade e velocidade de mira
  • Engenheiro: Ideal para combates com veículos, capaz de consertar veículos aliados e destruir os veículos inimigos 
  • Suporte: Capaz de curar companheiros de equipe rapidamente enquanto ajudam o time a progredir na batalha
  • Reconhecimento: Mestres da inteligência, equipados com ferramentas que mostram a localização dos inimigos ou que prejudicam as comunicações

Álvaro Saluan

Historiador e cientista social de formação, é completamente apaixonado por videogames e escreve sobre o tema há uns bons anos. Vê os jogos para além do entretenimento, considerando todo o processo como uma grande e diversificada arte.