POCO X7 Pro e HyperOS: explorando o novo sistema operacional
A Xiaomi trouxe uma grande mudança para seus dispositivos ao substituir a MIUI pelo HyperOS, seu novo sistema operacional baseado no Android. O POCO X7 Pro chega já com a versão 2.0 do sistema, prometendo mais fluidez, menos bloatware e melhor otimização para desempenho e bateria. Mas como é a experiência real de uso para alguém que vem de outro ecossistema? Essa é minha primeira vez usando um smartphone da Xiaomi, e essas são minhas impressões!
Interface e navegação
A interface do HyperOS tem um design mais limpo em comparação com a MIUI. A Xiaomi claramente se inspirou em outras interfaces modernas, trazendo um sistema que lembra bastante o iOS em alguns aspectos.
O que me chamou atenção logo de cara?
- Fluidez nos gestos: A transição entre aplicativos é rápida, sem engasgos ou delays perceptíveis.
- Central de Controle remodelada: Se parece muito com a do iPhone, com blocos organizados de Wi-Fi, Bluetooth, brilho da tela e mais atalhos.
- Multitarefas eficiente: Alternar entre apps é bem intuitivo ao arrastar a tela de baixo pra cima, trocar de aplicativo arrastando para o lado, além da possibilidade de dividir a tela com dois aplicativos ajuda bastante na produtividade.
- Botões clássicos: Para aqueles mais familiarizados com Android e/ou dispositivos Samsung, é possível ativar os clássicos botões na parte inferior da tela.
- Animações e transições: Achei tudo bem responsivo, sem efeitos exagerados que atrapalhem a usabilidade.

Personalização e temas
Para quem não gostou da aparência padrão, o HyperOS traz um leque enorme de personalização. Entre as opções, destaque para:
- Mudança de pacotes de ícones sem precisar instalar launchers, com os temas.
- Ajuste da cor do sistema baseado no papel de parede.
- Widgets dinâmicos e possibilidade de redimensionar.
- Configuração de Always-On Display com vários estilos e animações.

Aplicativos nativos e bloatware
Um dos grandes problemas históricos de dispositivos Android, em geral, é a quantidade excessiva de apps pré-instalados, os chamados bloatware. No HyperOS, ainda existem alguns aplicativos que não contam com muita utilidade, ou com funções reduzidas, e que não podem ser desinstalados por padrão. O Navegador Mi, o Centro de Conteúdos e o App Mall, por exemplo, são problemas, já que são ativados ao arrastar a tela de baixo pra cima na página inicial e não podem ser desativados, mesmo que o Navegador Mi não seja o navegador padrão. Por outro lado, o HyperOS traz uma nova gestão de permissões para apps, que facilita o controle de dados sensíveis.

Recursos de Inteligência Artificial
O HyperOS 2.0 aposta bastante em IA para otimizar o uso do celular. Para utilizá-los, você precisa criar uma conta na Xiaomi e estar conectado à internet. Alguns dos recursos que testei incluem:
- Expansão de imagens: O sistema consegue completar partes de uma foto que foram cortadas.
- Remoção de objetos e pessoas: Funciona bem na maioria das situações, embora não seja perfeito.
- Transcrição de texto em imagens: Útil para copiar textos de fotos e documentos.
- Ajustes automáticos na galeria: Edições automáticas de brilho, contraste e nitidez nas imagens.


O “borrado” na parte inferior da foto é um recurso natural do blog, que existe para visibilidade da legenda.
Gerenciamento de bateria e desempenho
Um dos pontos mais elogiados do HyperOS é sua otimização de consumo de bateria. No POCO X7 Pro, que tem 6.000 mAh, o sistema permite:
- Perfis de energia: Alternar entre modos de economia, balanceado e alto desempenho.
- Proteção de carga: Para manter a saúde da bateria, é possível interromper o carregamento aos 80%.
- Monitoramento de uso: Estatísticas detalhadas de consumo por aplicativo.
- Carga rápida: Em menos de uma hora, é possível ter a carga completa da bateria do POCO X7 Pro.


Um sistema maduro e promissor
Minha experiência com o HyperOS até agora tem sido muito positiva. O sistema está fluido, bem organizado e com várias opções avançadas que melhoram a usabilidade. Na opinião de alguém que vem do iOS, a curva de aprendizado é bem suave, e para quem já usava Android, acredito que a interface é bastante intuitiva. Ainda existem pontos a melhorar, como a presença de alguns apps pré-instalados e as propagandas em algumas partes do sistema, mas nada que comprometa a experiência.
No próximo artigo, vamos aprofundar ainda mais a análise do HyperOS, explorando o desempenho do POCO X7 Pro em jogos!
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*Texto produzido com telefone cedido por empréstimo pela Xiaomi.