Death Stranding 2: como Kojima e equipe deram vida ao novo jogo
A Kojima Productions lançou nesta última quinta-feira, 26, Death Stranding 2: On the Beach, game exclusivo para PlayStation 5. Com isso, a equipe da PlayStation.Blog bateu um papo com nomes de peso que participaram diretamente da produção dessa continuação que promete ser tão ousada quanto o primeiro capítulo da jornada de Sam Porter Bridges. A conversa contou com Yoji Shinkawa, Hiroaki Yoshiike, Takayuki Uchida e Akio Sakamoto. O time compartilhou insights valiosos sobre os avanços técnicos, decisões criativas e as novas emoções que o game quer despertar em cada jogador. Spoiler: tem muita coisa para prestar atenção no jogo, desde os picos nevados até os novos combates bem mais afiados. Confira a matéria!
A evolução da Decima Engine e o poder do PS5 Pro
Uma das grandes mudanças de Death Stranding 2 começa nos bastidores: o domínio da Decima Engine, desenvolvida pela Guerrilla Games. No primeiro jogo, a equipe ainda estava se familiarizando com a engine, o que limitou algumas ambições técnicas. Agora, com uma base sólida e mais experiência, o time conseguiu extrair muito mais do motor gráfico.
Segundo Akio Sakamoto, o ciclo de dia e noite foi uma das grandes adições possibilitadas pelo novo domínio da tecnologia. Isso significa que a ambientação do jogo muda conforme o horário, com transições suaves de luz, sombra e atmosfera, algo que promete dar outra vida às caminhadas por campos abertos, cidades destruídas e, claro, pelas montanhas nevadas.
Confira nossa review de Death Stranding 2: On the Beach!
E se você vai jogar no PS5 Pro, a experiência pode ser ainda mais fluida. Uchida explica que o console consegue manter 60fps mesmo em resolução próxima ao modo gráfico mais exigente, garantindo aquele equilíbrio entre visual bonito e performance sólida que faz diferença em um jogo onde o terreno e a imersão são protagonistas.
Combate mais direto, fluido e visceral
Death Stranding nunca foi conhecido pelo combate como ponto central, mas a continuação está levando isso a outro nível. Hiroaki Yoshiike contou que o foco foi tornar tudo mais intuitivo, sem perder a identidade do jogo. No primeiro título, você precisava mudar a munição dependendo do tipo de inimigo, algo que fazia sentido narrativamente, mas dificultava a fluidez. Isso foi ajustado.
Agora, os confrontos são mais dinâmicos, com melhorias no sistema de tiro e efeitos de câmera lenta que tornam os momentos de tensão ainda mais cinematográficos. A ideia não é transformar Sam num super soldado cheio de poses, mas sim destacar ações realistas que respeitam suas limitações físicas. Afinal, ele continua sendo um entregador.

Montanhas, nevascas e muita emoção
Se você achava as escaladas do primeiro jogo um verdadeiro teste de paciência, prepare-se para repetir a dose, mas de forma ainda mais intensa. Uchida destacou que as montanhas nevadas estão de volta, mais detalhadas e desafiadoras. O que muda? A rota escolhida pelo jogador vai interferir diretamente na experiência. Subidas arriscadas podem render paisagens de tirar o fôlego, enquanto caminhos mais seguros talvez não tenham o mesmo impacto visual.
É um ótimo exemplo de como o design de fases se mistura com a proposta narrativa do jogo, convidando o jogador a refletir sobre esforço, recompensa e persistência. Nada mais Kojima do que isso.
Um mergulho nas emoções com escaneamento 4D
Outro destaque técnico de Death Stranding 2 está na expressividade dos personagens. Uchida explica que o estúdio utilizou escaneamento em 4D para capturar até os menores movimentos musculares e expressões faciais dos atores. Isso fez com que as cenas ganhassem muito mais autenticidade, com sentimentos mais palpáveis e convincentes.
Para um jogo que se propõe a contar uma história profunda sobre conexões humanas e isolamento, essa tecnologia faz toda a diferença. O resultado? Protagonistas e coadjuvantes mais vivos do que nunca e, possivelmente, algumas lágrimas escorrendo na sua cara no meio da madrugada.
Design de mechs com alma e história
Se você pirou com os visuais bizarros do primeiro game, saiba que Death Stranding 2 vai além. Yoji Shinkawa revelou que criar o Ghost Mech foi um verdadeiro desafio, não apenas pelo design, mas por toda a história que veio junto com ele. Afinal, não se trata só de colocar um robô gigante na tela: cada criatura, inimigo ou equipamento no jogo carrega consigo um passado, uma função e uma estética que dialoga com o universo de Kojima.
Death Stranding 2: On the Beach: 20 dicas para não passar aperto
E não são só os inimigos que ganharam atenção. As novas armas, por exemplo, foram pensadas com uma lógica interessante: elas são parte da carga. Isso mesmo, as armas foram desenhadas para se dobrar e se transformarem em caixas, que podem ser carregadas como qualquer outro suprimento. É uma sacada que mistura gameplay, narrativa e design visual, como só Hideo Kojima gosta de fazer.

O impacto da colaboração criativa
Durante a entrevista, Uchida compartilhou um momento curioso do início da produção: uma conversa casual nos corredores acabou se transformando em uma verdadeira sessão de brainstorming quando Kojima apareceu. A partir daí, ideias foram surgindo em alta velocidade, como se a criatividade estivesse sendo materializada em tempo real. É o tipo de momento que mostra como a Kojima Productions é movida por um espírito colaborativo intenso, com liberdade para experimentar até encontrar a fórmula certa.
Um mundo interconectado pela experiência
Yoshiike finalizou a entrevista falando sobre o sistema SSS (Social Strand System), que retorna em Death Stranding 2 com mais profundidade. Para ele, cada jogador encontrará conexões de maneira diferente, e essas experiências únicas são o que tornam o jogo tão especial. A ideia não é impor um caminho ou uma solução, mas permitir que cada um crie sua própria história, dentro de um universo vasto, estranho e absolutamente fascinante.
Sobre Death Stranding 2: On the Beach
Em Death Stranding 2: On the Beach, os jogadores assumem novamente o papel de Sam Bridges, embarcando em uma missão para conectar a humanidade em um mundo pós-apocalíptico. A jornada inclui desafios como inimigos sobrenaturais, obstáculos naturais e a exploração de um ambiente dinâmico.
O título mantém a mecânica de multijogador assíncrono, permitindo que as ações de outros jogadores influenciem o mundo compartilhado, semelhante ao título original. Além disso, Death Stranding 2 contará com um elenco renomado e o design de personagens e robôs assinados por Yoji Shinkawa, ex-artista da série Metal Gear.


