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The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered | Review

The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered é um RPG de ação em mundo aberto, lançado originalmente na era sombria conhecida como… 2006! Agora, com desenvolvimento da Bethesda Game Studios e Virtuos e publicado pela Bethesda Game Studios, o título surge das sombras em uma versão refeita desde a base, com visuais e mecânicas ajustadas para a nova era.

E aí, será que vale a pena viver essa aventura mais uma vez? É o que veremos agora, em mais uma análise adorável do Pizza Fria.

De volta ao oblívio

A vida, leitores e leitoras deste que pode ser conhecido como o site de videojogos com o nome mais saboroso da internet, é como uma caixa de chocolates. De fato, o menino Forrest Gump acertou em cheio ao notar que o futuro é incerto, e tudo pode acontecer. Podemos ter um dia feliz e acordar com a sorte ao nosso lado, ou podemos sair de casa e arrebentar a correia do chinelo. Ou, em outros momentos mais relevantes para nós, podemos descobrir que um clássico das antigas acabou de ganhar uma versão turbinada.

Todos os fãs de The Elder Scrolls sabem duas coisas: primeiro, que temos outros jogos além de Skyrim! E, segundo, que Oblivion é um dos mais legais da saga e foi responsável por introduzir uma galera nessa grande família feliz. Como eu mesmo, no caso, quando comecei a me aventurar por Cyrodill faz quase vinte anos. Caramba, como estou ficando velho.

De qualquer modo, agora chegou a hora de relembrar o passado com estilo! The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered chegou chegando, sem mais nem menos, com a proposta de trazer o jogo para uma nova era de gráficos aprimorados, correções de erros, melhorias de mecânicas e muito, muito mais. Mas, será que deu bom? É o que saberemos agora, minha gente.

The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered
Hora de ir lá buscar minha review. (Imagem: Divulgação)

História

The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered começa, como os jogos da série costumam começar, com nosso personagem preso em uma cela suja da imperial acusados de cometer um crime não especificado. No meu caso, decidi acreditar que meu boneco pegou cana por amar demais, pobre coitado. De todo modo, a santidade de nosso cárcere é abalada quando o imperador chega, com seus guardas, para passar por uma saída secreta que fica bem no lugar onde estamos.

Aproveitando da situação, decidimos seguir o regente para tentar terminar nossa pena antes da hora. Contudo, um grupo de assassinos consegue matar o imperador que tentamos (e falhamos miseravelmente em) proteger. Com seus últimos suspiros o monarca nos dá um talismã e uma missão de entregá-lo ao seu último herdeiro. E assim, com uma promessa e um sonho, saímos pelo mundo com um sonho e um objetivo em mente.

Essa é apenas a narrativa principal de The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered que, embora divertida, não representa nem metade do que o jogo tem para oferecer. Além dela, temos uma montanha de tramas paralelas envolvendo fações, deuses e, de quebra, todo conteúdo que era expansão na versão original. Isso faz com que o jogo seja muito rico no aspecto de história, além de ser muito recompensador de se desvendar e conquistar.

The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered
O total louco homem. (Imagem: Divulgação)

Jogabilidade

Em essência, The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered é um RPG de ação em primeira pessoa no qual exploramos um mapa consideravelmente grande, dividido entre interiores e exteriores, no qual realizamos diversas missões para diversas pessoas diferentes. Tudo isso enquanto lutamos e nos aprimoramos em uma variedade de especialidades diferentes.

Em se tratando de combate, podemos utilizar diversas armas e magias para causar dano aos nossos inimigos. Eu, por exemplo, saí no braço os diversos monstros que trombaram comigo usando uma espada enorme e uma boa quantidade de bolas de fogo. Outros podem focar unicamente em magia, ou então fazer a boa e velha build no arqueiro furtivo que derrubar todos com danos críticos do outro lado do mapa. A imaginação é o limite, leitores e leitoras.

Nosso boneco em The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered fica mais proficiente quanto mais fazemos algo, recompensando o jogador que se foca em algo enquanto o inventiva a aprender coisas novas. E isso é essencial, visto que nosso nível aumenta conforme vamos ganhando levels em cada uma das especialidades, sejam elas de armas, movimentação ou crafting. Essa progressão é uma das partes mais recompensadoras do jogo, seja quando ele saiu pela primeira vez ou nesta nova versão.

Contudo, o nível de cada uma das habilidades não nos impede de acessar nenhum conteúdo. Meu boneco, por exemplo, se tornou um ladrão mestre sendo tão gracioso quanto um boi em disparada numa loja de cerâmicas, e um mago supremo não sabendo fazer nada mais que o bom e velho fireball. Contudo, as recompensas para estas missões são melhores se as resolvermos de maneiras que necessitam de um maior domínio de cada especialidade.

The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered
Mestre do gelo. (Imagem: Divulgação)

Outro aspecto maravilhoso de The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered, assim como costuma ser em outros jogos da série, é a liberdade dada ao jogador e a boa quantidade de conteúdo para se explorar e descobrir. Principalmente, ainda, levando em conta todo conteúdo adicionado por DLCs que já vem adicionado nesta versão. Todo cantinho do mapa guarda algo novo para encontrarmos, e o jogador que decidir encarar tudo que o jogo tem para oferecer irá encontrar uma boa quantidade de horas de diversão aqui.

E não são apenas missões bobas, de forma algumas. Algumas questlines envolvem diversos passos que nos levam por todo o mapa e expandem ainda mais as mecânicas já existentes, ao mesmo tempo em que recompensam o jogador com armas e equipamentos que conseguem, de fato, transformá-lo em uma força a ser reconhecida.

Contudo, também como é de praxe na franquia, The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered trouxe uma boa quantidade de bugs para a mesa. Ainda que o título corrija alguns dos existentes, muitos novos surgiram no lugar. Eu, por exemplo, tive de lidar com quests quebradas, portas que deveriam se abrir e não abriram (me fazendo precisar voltar para um save de horas atrás), personagens que deveriam aparecer e não apareceram, e por aí vai. Além disso, tive uma boa quantidade de stuttering e lag em alguns momentos mais caóticos do jogo.

Mas, por outro lado, a remasterização também trouxe uma boa quantidade de melhorias de qualidade de vida para a mesa. Agora é mais fácil saber onde vamos, certos cálculos de atributos mudaram para viabilizar novas builds, lugares antes inacessíveis sem mods foram disponibilizados, e por aí vai. Ainda que não tenha sido perfeito, é inegável que deixou o título mais completo e menos quebrado no geral.

The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered
O que me espera no horizonte? (Imagem: Divulgação)

Sons e visuais

Um dos grandes atrativos de The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered foi a reconstrução visual do jogo usando a Unreal Engine 5. Isso teve um bom efeito no geral, garantindo um mundo ainda mais vivo, vibrante e bonito de se ver. O trabalho feito aqui foi muito interessante, e realmente faz parecer que o título é algo novo e recente. Contudo, como os memes comprovaram, os modelos faciais dos personagens não ficaram tão legais e, em minha opinião, até menos agradáveis aos olhos do que o original.

A parte sonora sem manteve excelente, com uma sonoplastia de ponta e músicas que conseguem pontuar muito bem os diversos momentos do jogo. Seja em uma exploração tranquila ou uma luta contra trolls, pode ter certeza que terá algo legal tocando. Ah, e temos legendas em nosso idioma!

The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered
Refazendo armaduras e monstros para a nova era. (Imagem: Divulgação)

Vale a pena jogar The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered?

The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered, leitores e leitoras de meus olhos, realmente foi uma surpresa em nossas vidas. Mas do tipo interessante, como quando encontramos uma nota de cinco reais perdida em nossas calças logo na hora que temos aquela vontade absurda de comprar algum doce. Poderia ser mais, de fato, mas é o suficiente para nos alegrar.

Vejam bem, temos uma remasterização de um título que já era incrível e, agora, conta com visuais renovados e lindos de se ver. Além disso, a aventura continua fenomenal, a jogabilidade divertida e cheia de liberdade, a história interessante de acompanhar e o conteúdo vasto e recompensador. Salvo os bugs que são de lei, as quedas de frames e as caras bizarras dos personagens, o conjunto da obra agrada bem.

Sendo assim, gente bonita, The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered continua sendo um clássico atemporal e pedida obrigatória para todos que curtem tanto a série The Elder Scrolls quanto jogos de RPG no geral. Ainda que ele esteja longe da perfeição, o que temos é mais do que suficiente para garantir boas horas de diversão, independentemente do fato de ser sua primeira experiência ou não.

A nova versão do clássico RPG de 2006 foi lançada em abril deste ano para Xbox Series X|SPlayStation 5PC, via Steam, e também integra o catálogo do Xbox Game Pass.

*Review feita em um PC equipado com GeForce RTX, com código fornecido pela Bethesda.

The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered

BRL 264,90
8.4

História

8.0/10

Gameplay

8.0/10

Gráficos e Sons

7.5/10

Extras

10.0/10

Prós

  • Muito conteúdo para se descobrir e explorar
  • Boa sensação de progressão de habilidades e poder do personagem
  • Muitas tramas paralelas para se envolver, além da principal
  • Muitas melhorias de qualidade de vida
  • O mundo está mais lindo do que nunca

Contras

  • Os modelos faciais e expressões estão meio estranhos
  • Segue com uma boa quantidade de bugs
  • Framerate inconsistente

Matheus Jenevain

    Redator de idade não especificada e habilidade excepcional (segundo o próprio, acredite se quiser). Curte Metroidvanias, RPGs e jogos de luta. Reza toda noite, intensamente, para receber um remake de God Hand. Nunca foi atendido.