KARMA: The Dark World | Preview
KARMA: The Dark World é um walking simulator, com elementos de terror e investigação, desenvolvido pela POLLARD STUDIO LLC e publicado pela Wired Productions junto da Gamera Games. Nele, acompanhamos o trampo de um agente itinerante, de um governo nada agradável, responsável por investigar tretas em qualquer lugar para onde for enviado.
Tive a oportunidade de jogar um tempinho, e irei contar para vocês em mais uma preview profética do Pizza Fria!
De olho na telinha
E cá estamos, leitores e leitoras, para mais uma prévia do Pizza Fria. Aquele momento no qual jogo um pouquinho de algum título supimpa que aparece por aí, enquanto tento prever seu fator de diversão e se irá valer nosso tempo em um futuro. De fato, não há momento melhor para aplicar meus poderes de previsão do futuro do que agora, não é mesmo?
Portanto, comecemos. Nosso jogo de hoje é o adorável KARMA: The Dark World, que chega com uma proposta bem interessante de envolver suspense, terror e investigações em um mundo decididamente Orwelliano. De fato, apostaria minha estátua em tamanho real do Sonic de que os desenvolvedores do jogo leram, amaram e se inspiraram muito em 1984 para construir o universo presente aqui.
E não falo isso como algo ruim, muito pelo contrário. O futuro distópico proposto por Orwell é solo fértil para jogos do estilo, sendo explorado por diversos games ao longo dos anos. Por exemplo, lembro de ter achado bem divertido o que fizeram com a temática em We Happy Few, e esse sentimento confortável me fez ficar de ouvido em pé quando li a proposta de nosso querido de hoje.

A prévia de KARMA: The Dark World começa com nosso protagonista, Daniel, chegando em um local para mais uma de suas investigações. Segundo seus superiores da corporação Leviathan, um funcionário insatisfeito quebrou uma regra sensível da organização, e precisa ser encontrado e apreendido o quanto antes for possível. Para isso, precisarão de nossos serviços especializados.
O que se segue é apenas uma palhinha do que, suponho, veremos no jogo completo. Podemos ter uma visão bem legal da sociedade opressiva e controladora do jogo, no qual todo pequeno passo do cidadão é controlado, cada pequeno desvio da cidadão é punido, e todo controle é exercido e reforçado com violência. Não podemos pensar, agir e nem respirar se não estiver dentro das diretrizes da Leviathan para aquele momento ou, fora disso, se um superior nos mandar. Que droga!
KARMA: The Dark World, ao que consegui ver até agora, realmente conseguiu pegar bem essa vibe. Além de contar com um visual meio retrofuturista, o título conseguiu construir muito bem uma atmosfera de opressão e controle, ao mesmo tempo em que começa a introduzir seus elementos de terror, controle e de aparente confusão na qual vive nosso protagonista.

Em se tratando de gameplay, KARMA: The Dark World vai no caminho dos simuladores de caminhada como Layers of Fear, por exemplo, no sentido de que andamos pelos cenários procurando por pistas e documentos que nos apontem para onde ir ou como resolver um determinado desafio que nos impede de continuar com a história.
Aqui, temos as possibilidades extras de utilizar teletelas, uns monitores grandões, para poder ver imagens do passado capturadas quando alguém quebrou as regras da firma. Por exemplo, podemos fazer uso disso para ver o código de uma máquina em um quadro na parede. Eu acho isso bem legal, e com certeza poderá abrir espaço para boas investigações na versão completa.
Os sons e visuais também me agradaram bastante, com um bom jogo de sombras e luz e, mais importante que tudo, um bom senso de estética que realmente consegue vender o universo que o jogo habita. Eu acho isso algo bem difícil de fazer, e acredito que KARMA: The Dark World está indo em uma direção muito promissora nesse aspecto.

O que esperar de KARMA: The Dark World?
Se eu fosse um homem de apostas, leitores e leitoras, diria que compensa colocar nossas fichas em KARMA: The Dark World. Ainda que a demo seja pequena, pude ter uma boa impressão do que o game tem para oferecer e, mais importante que tudo, do universo que ele pretende criar para nos acolher e prender durante sua duração.
Sou fascinado por obras que se inspirem nessa temática distópica, e acho que o título possui boas ideias narrativas e de mecânicas para poder criar algo bem legal em cima disso. Ainda que tenhamos muita água para passar embaixo da ponte, acredito que não seja emocionado demais de minha parte dizer que KARMA: The Dark World entrou em meu radar, e estou bem animado para saber o que ele nos reserva.
KARMA: The Dark World será lançado para PC, via Steam, PlayStation 5 e Xbox Series X|S, mas ainda não tem data de lançamento.
*Preview elaborada em um PC equipado com GeForce RTX, com código fornecido pela Wired Productions.